Letras e traços de esperança





Encerrando a 22ª edição, o Concurso Artístico e Literário de Natal, promovido pelo jornal O Progresso, apresenta os vencedores e demais selecionados em mais esta publicação especial de final de ano. Ao longo dessas tantas edições, foram somados 42.333 trabalhos, divididos entre desenhos e redações.

Certamente, diante desse volume, o certame se destaca como um dos mais significativos – senão o maior – entre as iniciativas a promover as produções artísticas na história da cidade – e isto inteiramente por iniciativa privada, com apoio de empresas locais, sem qualquer patrocínio público.

Somente em 2016, houve 1.653 inscrições, segmentadas entre as escolas públicas, privadas e a Apae. Elas representam a soma de 1.563 desenhos e 90 redações. Entre esses, 68 desenhos oriundos da Apae e 11 desclassificações (7 desenhos e 4 redações).

Ao todo, cerca de 50 instituições de ensino receberam convite. As escolas públicas e particulares tiveram a chance de estimular seus alunos a trabalhar o tema “Tatuí no Natal”, nas duas modalidades.

Os vencedores em cada grupo de anos foram premiados com R$ 250. A iniciativa concedeu um total de R$ 2.500. O valor foi dividido entre os primeiros colocados do 1º e 2º anos; 3º; 4º e 5º; 6º e 7º; e 8º e 9º.

As entregas foram realizadas pelos patrocinadores da iniciativa. São parceiros do concurso em 2016: Colégio Objetivo (que premiou dois vencedores), Imobiliária Simões, Paulo Motos, Sempre Bella, Palácio do Sorvete, CCAA, Prudente Fórmulas, Plenna Estética e Maricota.

Direcionado a alunos do ensino fundamental de escolas públicas e particulares, o certame cultural manteve pelo quinto ano consecutivo as inscrições de estudantes da Escola de Educação Especial “Wanderley Bocchi”, mantida pela Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais).

Neste ano, contudo, a instituição que trabalha com crianças “especiais” não participou com redações – conforme havia ocorrido em edições anteriores -, uma vez que os alunos aptos para tanto, graças a uma readequação do ensino, foram encaminhados à rede convencional.

Por conta dessa mudança, houve também uma reclassificação das premiações. Com o excedente de um prêmio, que seria destinado às redações da Apae, o jornal entendeu por bem aproveitar a oportunidade para reconhecer os alunos que mais participaram em meio a um mesmo ano letivo.

Assim, entre todos, os alunos do 3º ano foram os que mais apresentaram inscrições, somando 299 desenhos, exatamente. Portanto, foi destinado um prêmio exclusivo a esses estudantes – os quais, até então, disputavam junto aos do 1º e 2º ano.

Na modalidade “redação”, os estudantes puderam escrever em qualquer estilo literário, desde que respeitando o tema do concurso. Já na modalidade “desenho”, os trabalhos tiveram de ser produzidos em papel sulfite, no tamanho A4 (21 cm X 29 cm), em qualquer estilo artístico e seguindo o tema.

A comissão julgadora, como de costume, esteve formada por professores e artistas plásticos. No total, dez jurados avaliaram os trabalhos.

Os alunos da Escola de Educação Especial “Wanderley Bocchi” tiveram desenhos julgados pela artista plástica Carmelina Monteiro.

Para a avaliação dos trabalhos dos demais estudantes, compuseram o corpo de jurados os artistas plásticos Mingo Jacob e Ivan Gonçalves, o cenógrafo e professor do Conservatório Jaime Pinheiro e o publicitário Fábio Antunes dos Santos (em desenho).

As escolhas das redações ficaram a cargo da jornalista e gerente de comunicação do Conservatório, Deise Juliana de Oliveira Voigt, e das professoras Cimira Cameron, Almira Porciúncula e Leila Salum Menezes da Silva.

O concurso teve preparativos iniciados em agosto. Além dos prêmios, os vencedores, agora, têm os trabalhos publicados nesta edição especial de Natal, que circula no dia 25 de dezembro.

Como reiterado a cada ano pelo jornal, mais que ilustrar páginas de uma edição comemorativa, o objetivo do concurso é dar a chance de as crianças se interessarem pela literatura e pela arte, ao mesmo tempo em que podem se sensibilizar com o tema, que lembra o nascimento de Jesus, muito além da distribuição de presentes.

Por sua vez, aos professores, o certame rende reconhecimento, uma vez que conta com a colaboração deles para acontecer. Os educadores trabalham com os estudantes a temática do concurso dentro de suas respectivas disciplinas e, quando há as publicações, eles recebem o crédito junto aos alunos.

Finalmente, como tem acontecido durante todos estes anos, o leitor do jornal tem em mãos não somente as tradicionais mensagens de Natal. Na prática, recebe um presente de final de ano, literalmente, escrito e desenhado por crianças, ainda as mais sensibilizadas pelo “espírito do Natal”. Que essa magia toque a todos e inspire algo que todos merecem e esperam: um ano muito melhor, mais produtivo e feliz!