No meio desta semana, reportagem anunciou que está previsto para julho o final das obras da Praça do Esporte – CEU (Centro de Artes e Esportes Unificados) de Tatuí. O espaço, que fica na vila Juca Menezes, tem 3.000 metros quadrados, os quais abrigarão dois edifícios multiuso.
O término estava previsto para março, porém, de acordo com o secretário do Esporte, Lazer e Juventude, Miguel Lopes Cardoso Junior, a empresa responsável pela obra, Imprej Engenharia, atrasou a finalização. Contudo, ainda não há data prevista para o início das atividades no CEU.
Conforme Cardoso Junior, o espaço contará com quadra poliesportiva coberta, pista de skate, equipamentos de ginástica, “playground”, pista de caminhada, biblioteca, telecentro, auditório e local para instalação do Cras (Centro de Referência de Assistência Social).
De acordo com o governo federal, o objetivo desse modelo de centro é integrar, em um mesmo local, programas e ações culturais, práticas esportivas e de lazer, formação e qualificação para o mercado de trabalho, serviços socioassistenciais, políticas de prevenção à violência e inclusão digital, para “promover a cidadania”.
Segundo Cardoso Junior, servidores da Prefeitura, da área de esportes, cultura e social, já se reuniram com moradores do entorno da Praça do Esporte, para apurar quais atividades seriam interessantes.
Para o secretário, é importante que as pessoas conscientizem-se de que o espaço será destinado à população. “Portanto, é necessário que os moradores cuidem e preservem a praça”.
Para facilitar o contato entre moradores e servidores dos setores responsáveis pela Praça do Esporte, foram definidos alguns líderes de bairros do entorno, para a “ligação” entre os envolvidos.
“A ideia é envolver ao máximo a comunidade, tanto em ajudar a cuidar da praça, como com sugestões, reuniões, pois é um espaço voltado e aberto para o público. A população vai ajudar no gerenciamento do espaço, tanto na área de esportes, como social e cultural”, ressaltou o secretário.
Depois da inauguração da Praça do Esporte, as modalidades esportivas, culturais e sociais serão definidas por ele, Jorge Rizek, diretor de Cultura e Desenvolvimento Turístico, e Márcio Fernandes de Oliveira, diretor de Bem-Estar Social e Cidadania.
Para Cardoso Junior, é importante que haja, sempre, comunicação entre a sociedade e os responsáveis pelo CEU, “pois facilitará a viabilização e implantação de atividades solicitadas por moradores”.
Além de atividades específicas, frequentadores poderão utilizar todas as áreas do local: “Vai ser aberto à população. No projeto, está definido que não pode ser fechado. Tem lugar para deixar bicicleta, fazer caminhada, tem a pista de skate, tudo aberto”, afirmou Cardoso Junior.
O secretário observou que todos os espaços dentro da Praça do Esporte, quando não estiverem sendo utilizados para aulas, estarão disponíveis aos frequentadores, mediante agendamento. Não há definição de horário de funcionamento, mas o intuito é que fique aberto até às 21h.
Haverá um profissional responsável por cada área específica do CEU. “Fizemos um ‘esqueleto’ de contratação que vem pronto do Ministério (da Cultura), onde temos que determinar, por exemplo, um professor de educação física para acompanhar aula, um bibliotecário, operadores. Cada área terá um profissional específico”, contou Cardoso Junior.
O diretor do Bem-Estar Social e Cidadania, Oliveira, será responsável por identificar o que a população precisa na área social, para contemplar os frequentadores com atividades relacionadas.
Até o momento, foram feitos somente estudos para definir roteiros. “Por enquanto, fizemos divulgação e palestras em alguns bairros, para identificar líderes da comunidade e levantar questionários, para auxiliar no gerenciamento”, ressaltou o secretário.
“A gente pode estar desenvolvendo um novo polo, um espaço em que a gente consiga atender essa demanda de pessoas na área desportiva e, também, na área de entretenimento”, comentou o secretário.
Segundo Cardoso Junior, o objetivo da implantação do CEU na cidade é unir o lazer, esporte, social e cultura, além de proporcionar um local aberto para a prática de atividades dessas áreas.
Certamente, esse novo espaço será um dos destaques positivos do ano na cidade, a qual reflete, claramente, o que acontece no país: dificuldades em praticamente todas as áreas, pelo desaquecimento da economia.
Com menos dinheiro, menos possibilidade de investimentos e, consequentemente, de desenvolvimento. Portanto, a Praça do Esporte será um privilégio de Tatuí.
É importante lembrar, neste sentido, o fato de que os espaços públicos somente são preservados – e não depredados – quando compreendidos pela população como um patrimônio dela. Ou seja, pode ser algo ainda mais digno de satisfação se, exatamente, a população vier a sentir-se, efetivamente, responsável pelo zelo da praça. Esse o desafio a partir da inauguração.
