PM intensifica patrulha e roubos e furtos a celular caem no municí­pio





A Polícia Militar intensificou o policiamento em função de registros de ocorrências, no centro, entre os meses de maio e junho. Neste mês, o número de roubos de celulares caiu. Quem informa é o capitão Kleber Vieira Pinto, comandante da 2ª Companhia.

A O Progresso, o oficial explicou que o comando está “atento às elevações de índices de criminalidade”. Em Tatuí, nesse período, a PM registrou aumento de crimes de roubo e furto a celulares, principalmente na região central.

Nos dois últimos meses, a corporação contabilizou 26 ocorrências de furtos e roubos a aparelhos de telefonia. Os crimes eram cometidos por dois menores, identificados pelo serviço de inteligência da PM. Um deles está apreendido desde junho. “O segundo deve ser custodiado à Justiça nos próximos dias”, antecipou.

Durante as investigações, os PMs apuraram que os adolescentes agiam em um perímetro específico. “Eles praticavam crimes no espaço que ia da estação ferroviária até a rodoviária, na avenida Firmo Vieira de Camargo”, contou Kleber.

Conforme o capitão, a dupla também fez vítimas em trecho da rua São Bento, na altura do Conservatório, até a praça Cesário Mota (Junqueira). Os crimes eram praticados sempre mediante ameaça de arma branca (canivete ou faca), ou com menção de armamento (com a mão sob a blusa).

A equipe policial encontrou parte dos aparelhos em uma loja do terminal rodoviário. Na ocasião, o proprietário do local chegou a ser detido. Os policiais desconfiavam de que o comerciante sabia da procedência dos celulares.

Com a ação, Kleber informou que a corporação conseguiu reduzir os casos para zero. Também por conta do aumento do policiamento e com a maximização do serviço de inteligência, a PM registrou diminuição de furtos a estabelecimentos comerciais.

Isso aconteceu a partir da prisão de um homem, apontado como responsável pela maioria dos crimes. Conforme o capitão, o suspeito estava “aterrorizando os comerciantes”.

“Para as pessoas terem uma ideia, de janeiro a junho, nós o detivemos por quatro vezes. Ele permaneceu por pouco tempo e conseguiu liberdade provisória”.

Na quinta vez, para evitar a saída, o oficial precisou encaminhar uma espécie de “dossiê” para os juízes criminais da comarca. Kleber relatou o histórico de passagens para tentar mantê-lo encarcerado.

“Deu certo. Conversei com o advogado dele, que me disse que o pedido de liberdade apresentado não havia sido aceito pelos juízes”, comentou o oficial.

O capitão citou o episódio com intuito de ilustrar a realidade enfrentada pelos policiais. Também disse que, em Tatuí, os crimes não têm uma região específica para ocorrerem com mais ou menos incidência, como os de estupro. Na cidade, até este mês, o comandante disse que houve seis casos desse crime.

Segundo ele, os números estão ligados à mudança na lei de crimes sexuais. Desde 2009, a legislação prevê que não só atos sexuais consumados sejam considerados estupro, mas os que fazem menção. Por conta disso, Kleber avalia que houve aumento nos registros não só na cidade, mas no país todo.

Nesse caso em específico, o oficial argumentou que a PM não tem como evitar ou prevenir. Conforme o capitão, em geral, os crimes de estupro são cometidos por pessoas com distúrbios mentais, problemas psicológicos ou outras desordens.

Diferentemente, ocorre com os crimes de roubos e furtos, que estão sendo combatidos pela equipe, por meio de operações. De acordo com o comandante, esse tipo de ação poderia ganhar “um incremento” com a chegada de novos policiais, por meio de convênio de atividade delegada a ser estabelecido com o município.

Kleber defende que a corporação poderia dobrar o número de viaturas em policiamento circulando. Até mesmo, enviar mais policiais para uma região específica da cidade. A atribuição do patrulhamento ficaria a cargo do Executivo.

“Por isso que se chama atividade delegada. O município é quem vai delegar para onde quer que o policiamento dê mais atenção, com custo pequeno”, comentou.

O modelo foi encaminhado pelo comando ao prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu. Em entrevista nesta semana, o gestor disse que, no momento, não há dotação orçamentária para que o acordo possa ser viabilizado.