Especialista em oncologia cirúrgica passa a atender na clínica Casa Corpo

Neste mês de janeiro, o cirurgião oncológico Angelo Scaldini Salomão passou a atender em consultório particular, na clínica Casa Corpo, localizada à avenida Coronel Firmo Vieira de Camargo, 856, centro de Tatuí.

O médico é o único cirurgião da área oncológica em atuação na cidade. Ele começou a trabalhar em Tatuí no ano passado, no ambulatório da Unimed, atendendo a pacientes do plano de saúde, e abriu o consultório na Casa Corpo em meados de janeiro, a convite do cirurgião plástico Ivan Machado.

“Aqui é muito bem estruturado, consigo receber os pacientes no consultório e, se precisar, ainda tenho a possibilidade de realizar pequenas cirurgias no centro cirúrgico da própria clínica, que é preparado para pequenos procedimentos”, conta o cirurgião.

Natural de Ribeirão Preto, graduou-se em 2008 pela Famema (Faculdade de Medicina de Marília), fez dois anos de residência em cirurgia geral no Hospital Municipal “Dr. Mario Gatti”, em Campinas, e três anos de especialização em cirurgia oncológica, no hospital AC Camargo Câncer Center – conhecido como o maior hospital do câncer da América Latina.

Depois da residência médica, em 2014, o profissional passou a atender em Itapetininga, onde atuou até 2020. Atualmente, ainda atende pelo Sistema Único de Saúde, na Unidade do Câncer da Santa Casa de Misericórdia de Itapeva – referência para toda a região sudoeste paulista.

Apesar da especialidade em cirurgia, Dr. Angelo destaca que o atendimento do cirurgião oncológico abrange consultas preventivas, rastreio da doença, diagnóstico, cirurgias, pós-cirurgia e acompanhamento do tratamento, seja ele curativo ou paliativo.

“Como minha especialidade é abrangente, atendo desde o paciente que quer fazer exames para a prevenção até a avaliação de alguma lesão suspeita, ou por encaminhamento de outro profissional, que indica a consulta com especialista”, informa.

Conforme o médico, o diferencial do tratamento com um cirurgião oncológico é que, pela formação, ele tem o conhecimento detalhado de diversas áreas.

Também é especializado em avaliar o estágio da doença, estabelecer o planejamento terapêutico para cada caso e a atuação multidisciplinar de todas as equipes envolvidas no tratamento do paciente, em cada uma das etapas.

“É uma área que consigo trabalhar com diversas especialidades: mama, ginecologia (útero, vagina, colo de útero, ovário); a parte gastrointestinal (estomago, esôfago, pâncreas, intestino); proctologia (reto, ânus); urologia (rim, próstata, bexiga); tumores de pele, sarcomas (lesões musculoesqueléticas), entre outras áreas”, detalha.

Tudo isso pode aumentar as chances de sucesso do tratamento. Alguns trabalhos científicos já demonstraram que o cirurgião oncológico é fator prognóstico para o câncer. Ou seja, quando pacientes com neoplasia maligna são operados pelo especialista, as chances de cura aumentam.

“Tive tias e parentes que faleceram em decorrência do câncer, e sempre tive vontade de trabalhar com a oncologia. É uma área desafiante, gosto de trabalhar com este lado mais humano, acompanhar o tratamento e amenizar a dor do paciente. Tudo isso me fez escolher essa área”, conta o cirurgião.

“Uma das coisas pelas quais escolhi a oncologia é poder ter uma visão geral do paciente. O ginecologista vai pedir o rastreio para o colo de útero, o gastro vai pedir o rastreio do câncer colorretal, o mastologista vai pedir radiografia para a mama. Eu consigo ter uma visão global”, exemplifica.

No tratamento do câncer, a cirurgia oncológica segue protocolos próprios, que aumentam a chance de cura do paciente. Dr. Angelo explica que a parte cirúrgica depende do tipo e estadiamento do câncer, mas pode ter indicação única.

Segundo o cirurgião, tumores ainda pequenos e descobertos muito no início podem ser curados completamente no procedimento cirúrgico, sem necessidade de quimioterapia ou radioterapia.

O cirurgião aponta que 80% dos casos de câncer precisam de intervenção cirúrgica. Há cirurgias com intenção curativa e, também, as paliativas, quando não há chance de cura. “Neste caso, o objetivo é aumentar a sobrevida e a qualidade de vida do paciente”, observou.

“Depois da retirada do tumor, também faço o acompanhamento do paciente para o resto da vida, ou o tempo necessário para considerar o paciente curado – uma média de cinco anos pelo menos”, informa.

De acordo com o médico, mesmo depois da operação, pode haver retorno da doença. Por isso, ele ressalta ser importante o acompanhamento do paciente em tratamento, com consultas e exames frequentes.

Esse cuidado, aponta, não é só para o monitoramento do que já foi operado, mas para se efetivar o rastreio de outros tipos de câncer que podem ocorrer.

“Como tenho essa visão global, se operei um paciente com câncer ginecológico, chegou à idade de fazer o rastreio de câncer de mama, vou pedir mamografia; chegou à idade de fazer rastreio de câncer intestinal, vou pedir colonoscopia; se o paciente é tabagista, vou pedir tomografia de pulmão, e assim por diante”, detalha.

Para finalizar, o oncologista aponta que, como toda doença, alguns tipos de cânceres têm cura e outros, não. Segundo ele, tudo depende essencialmente do tipo de tumor (retirado maligno) e do estágio em que se encontra no momento do diagnóstico.

As possibilidades de cura estão diretamente relacionadas com o tempo em que o tumor é detectado no paciente. “Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, mais chances de o tratamento dar certo”, enfatiza.

O atendimento no consultório ocorre uma vez por semana, conforme a necessidade do paciente e agenda do profissional.


Dr. ANGELO SCALDINI SALOMÃO
Cirurgião Oncológico
(15) 3305.1727 | Av. Firmo Vieira de Camargo, 856 – Tatuí/SP