Defesa Civil entrega relatório sobre estragos causados por tempestade





A Defesa Civil de Tatuí enviou à Casa Militar do governo do Estado e ao governo federal relatório detalhado dos estragos do temporal que castigou Tatuí na sexta-feira da semana passada, 3. A forte chuva alagou bairros e levou lama e destruição para casas e repartições públicas nos bairros Vale da Lua, Jardim Thomaz Guedes e vila Dr. Laurindo.

Em soma preliminar apresentada pelo secretário municipal de Obras e Infraestrutura, Marco Luís Rezende, os danos da tempestade somam R$ 2 milhões em prejuízo. O titular se comprometeu, ainda, a apresentar o relatório à imprensa.

A Prefeitura retomou nesta semana as obras na ponte do Marapé, sobre o ribeirão do Manduca. Em fevereiro, a administração rompeu o contrato com a empresa CVT Construtora, Incorporadora e Serviços Gerais, que havia sido contratada para realizar a obra.

Segundo laudo do engenheiro responsável pela fiscalização, João Batista de Camargo, desde outubro de 2016, a obra estava “sem produção” (paralisada). A empresa, com sede na região de Campinas, realizou apenas 26,85% das obras e recebeu por isso, na gestão passada, o valor de R$ 224.696,72.

Após o rompimento do contrato, a administração procurou a empresa segunda colocada na licitação realizada para a obra, Rone Engenharia, Construções e Comércio. A companhia aceitou concluir a ponte pelo saldo existente do convênio firmado entre a Prefeitura e o governo do Estado, de aproximadamente R$ 600 mil.

O contrato com a nova empresa, sediada em Jaú, foi assinado na segunda-feira, 6. Na semana anterior, a construtora já havia realizado testes e sondagens no solo no ribeirão do Manduca.

A empresa instalou o canteiro de obras no mesmo dia, e, na terça-feira, 7, as obras tiveram início efetivamente. O prazo de execução, de acordo com a Prefeitura, é de 120 dias.

Queda há um ano

A queda da ponte do Marapé completou um ano na sexta-feira, 10. Há 12 meses, o acesso veio abaixo após fortes chuvas. Em 1o de julho, as obras foram iniciadas, a partir de convênio celebrado entre os governos estadual e local.

Na época, o valor do contrato somou R$ 825 mil, com R$ 252 mil de contrapartida dos cofres municipais. A obra tinha previsão de conclusão de quatro meses e teve somente um quarto da construção concluído até este mês.

Ao assumir o mandato, em janeiro, a prefeita Maria José Vieira de Camargo determinou vistorias para apurar o “estado de abandono da ponte”. Com o laudo e orientação jurídica, pediu o rompimento do contrato com a empresa.

Orientada pela Casa Civil do governo do Estado, decidiu seguir com a licitação vigente e oferecer a obra para a segunda empresa colocada na concorrência, pelo saldo ainda existente do convênio.

Segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura, a administração está trabalhando para reconstruir outras três pontes sobre o ribeirão do Manduca, também prejudicadas pelas chuvas deste início de ano. Desde o dia 5 de janeiro, Tatuí está em estado de emergência, situação reconhecida pelos governos federal e estadual.

Desde então, contatos foram feitos em Brasília, com o Ministério da Integração Nacional, com apoio e supervisão da Casa Civil. Tatuí busca R$ 2.688.014,58 em recursos para construir três pontes.

A ponte com valor de reconstrução mais alto fica na rua Maria Aparecida Santi, no Jardim Junqueira, orçada em R$ 1.318.014,58. Outros acessos são: na rua João Batista de Campos, na entrada do Bosques do Junqueira, ao valor de R$ 670 mil; e na rua Jornalista Júlio de Mesquita Filho, no Jardim Paulista, por R$ 700 mil. Apesar da urgência, a administração municipal ainda aguarda a assinatura do convênio para poder realizar as obras.