Da reportagem
O relatório divulgado pelo Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito) na sexta-feira, 19, com dados referentes ao mês de agosto, aponta não ter ocorrido nenhuma morte por acidente de trânsito no oitavo mês do ano em Tatuí.
O índice é o melhor para o mês desde 2015, quando teve início a série histórica do estudo. Segundo a pesquisa, no ano passado, a cidade registrou três mortes por acidentes de trânsito em agosto.
Os três acidentes de 2020 ocorreram no perímetro urbano e vitimaram homens: um pedestre de 40 anos, morto em atropelamento; um motorista de automóvel de 63 anos, vítima de choque com outro veículo; e um motociclista de 27 anos.
O número de agosto 2020 foi 200% maior que o somado no mesmo mês de 2019, quando o município fechou com apenas um óbito por acidente de trânsito, sendo a vítima fatal um motociclista de 66 anos.
Ainda no mesmo mês, foram contabilizadas seis mortes em 2018, duas em 2017, duas em 2016 e duas em 2015. Nos seis anos mais recentes, morreram mais homens (87,5%) que mulheres (12,5%). As principais causas foram colisão e atropelamento.
Já no comparativo do acumulado dos oito primeiros meses deste ano, o Infosiga aponta quatro mortes a menos por acidente de trânsito em relação ao mesmo período de 2020, passando de 13 para nove fatalidades (30,76%).
O mês de agosto foi o segundo deste ano com número de mortes por acidente zerado. O primeiro foi abril. Nos três primeiros meses, a cidade registrou consecutivos aumentos na comparação com 2020: de zero para um em janeiro, de um para dois em fevereiro e de um para dois em março.
Em maio, o número de fatalidades permaneceu equivalente ao ano passado, com um acidente no quinto mês de 2020 e um em 2021. Em junho, as fatalidades subiram de uma para duas e, em julho, caíram de cinco para uma.
Neste ano, o primeiro acidente ocorreu na manhã do dia 28 de janeiro, vitimando um motociclista de 43 anos. A vítima colidiu a moto na traseira de um caminhão, no quilômetro 109 da rodovia Antônio Romano Schincariol (SP-127).
Em fevereiro, mais dois acidentes fatais aconteceram. As duas vítimas estavam na direção e eram do sexo masculino: um deles, de 21 anos, condutor de motocicleta, falecido em acidente na rua 11 de Agosto, na tarde do dia 7; e um motorista de automóvel de 66 anos, morto em acidente na rodovia SP-127, na noite do dia 27.
Em março, outras duas pessoas perderam a vida em acidentes. Na manhã do dia 10, um motociclista de 52 anos morreu ao colidir com um automóvel no quilômetro 21,3 da SP-141. Já no dia 12, um pedestre de 71 morreu atropelado por um carro no quilômetro 141 da SP-127.
Em abril, não aconteceram mortes no trânsito. No quinto mês, ocorreu a morte de um motociclista de 28 anos, na noite de 14 de maio, uma sexta-feira, no quilômetro 37,7 da SP-141.
No mês de junho, o trânsito vitimou mais dois homens, ambos condutores de carros, sendo um de 61 anos e um jovem de 29, falecido em colisão com um caminhão.
Em julho, houve uma vítima fatal neste ano, um motociclista de 29 anos, identificado como João Paulo Fernandes Leite. Ele colidiu com a traseira de um caminhão na rodovia Antonio Romano Schincariol (SP-127), próximo ao fórum, por volta das 7h15 do dia 2 de julho.
Em 2020, não houve morte em janeiro. A primeira fatalidade foi registrada no dia 18 de fevereiro, com a morte de um motociclista de 22 anos. Segundo o Infosiga, o jovem morreu ao colidir a moto com um carro, na rua Rui Barbosa.
Em março do ano passado, mais um motociclista perdeu a vida, no dia 8. O jovem de 19 anos morreu em uma colisão envolvendo a moto em que estava e um caminhão, no quilômetro 36 da SP-141.
No quarto mês de 2020, um idoso de 71 anos foi vítima fatal de atropelamento, dia 21. O acidente ocorreu na avenida Vice-Prefeito Pompeo Reali. Em maio, um acidente ocorrido no dia 14 vitimou outro pedestre (a idade não foi informada). O homem foi atropelado enquanto estava cruzando o quilômetro 105,95 da SP-127.
No mês de junho do ano passado, o condutor de um carro, de 28 anos, morreu em uma colisão traseira com outro carro, e, em julho do ano passado, três motociclistas e dois condutores de automóvel perderam a vida em acidentes de trânsito, sendo três homens e duas mulheres, na faixa etária de 25 a 64 anos.
Nos dois anos, ocorreram mais mortes com motocicletas. Conforme o levantamento do Infosiga, as fatalidades envolvendo motociclistas representam 50% do total de acidentes dos oito primeiros meses de 2020 e 2021.
Em seguida, aparecem os acidentes com automóveis, com 31,80% das fatalidades, e atropelamentos de pedestres, que representam 18,20% do total de acidentes de trânsito nos oito primeiros meses dos dois anos.
Os dados do Infosiga são atualizados mensalmente pela Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e Corpo de Bombeiros. As corporações encaminham dados do SioPM (Sistema de Informações Operacionais da PM), que soma os acionamentos de viaturas para atendimentos.
Não fatais
Ainda de acordo com o Infosiga, em agosto deste ano, o número de acidentes não fatais também apresentou queda na comparação com o mesmo período de 2020, passando de 61 para 57 registros.
No oitavo mês, os casos não fatais foram registrados nas noites de sexta-feira (seis), manhãs de terça-feira (cinco), tardes de sábado (cinco), noites de domingo (quatro), noites de terça-feira (quatro), manhãs de domingo (três), manhãs de segunda-feira (três), manhãs de sexta-feira (três), noites de sábado (três) e tardes de domingo (três). Outros 18 não tiveram as datas especificadas pelo sistema.
Os índices de acidentes sem vítimas mostram que as colisões representaram a maior parte do número de registros em agosto deste ano: somente nesta categoria, foram 26 casos, 45,61% do total.
Os indicadores de “outros tipos” de acidentes (capotamento, tombamento e quedas) representaram 14,03% dos acidentes sem vítimas fatais no oitavo mês do ano, com oito registros.
O choque (ocasião na qual um dos veículos ou objeto atingido não está em movimento) 5101aparece em seguida na posição das causas de acidente de agosto, com quatro ocorrências (7,01%).
Na quarta posição das maiores causas de acidente do mês, aparecem os atropelamentos, com duas ocorrências – o que representa 3,5% do total no período. Outros 17 acidentes não tiveram as causas definidas
A maior parte (82,46%) das ocorrências não fatais ocorreu dentro do perímetro urbano. Nas rodovias, os registros de acidentes sem mortes representam 17,54% dos casos sem vítimas fatais.