Trânsito faz menos vítimas fatais em 2018

Sinalização das vias contribui para redução de acidentes, afirma DMU (foto: divulgação)

O número de mortes causadas por acidentes de trânsito em Tatuí teve queda de 17,2% na comparação entre 2018 e 2017, segundo relatório divulgado na segunda-feira, 21, pelo Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito (Infosiga).

De acordo com o diretor do Departamento de Mobilidade Urbana, Yustrich Azevedo Silva, campanhas educativas, mudanças no trânsito e a fiscalização “intensiva” contribuíram para a redução de mortes no trânsito. No ano passado, houve 24 mortes; em 2017, foram 29.

“O ponto mais importante é a fiscalização mais intensa. Essa é uma das principais ações, e tem sido reforçada pelos nossos agentes no trânsito diário. Além disso, estamos trabalhando com uma engenharia de tráfego e sinalização viária, que melhora o fluxo de veículos e, consequentemente, reduz os acidentes”, declarou o diretor.

Nos 12 meses, as mortes contabilizam vítimas que se envolveram em ocorrências tanto no perímetro urbano – dentro do município – como nas rodovias, que estão fora da zona urbana, mas no limite territorial.

A vítima mais jovem tinha um ano de idade e era passageira de um automóvel. O acidente foi registrado em setembro. Já o mais velho morreu com 66 anos, no mês de outubro. O homem, que era pedestre, foi atropelado por uma motocicleta ao tentar atravessar uma rodovia.

Conforme as estatísticas do sistema de informações, nos dois anos, morreram mais homens que mulheres vítimas do trânsito. Dos 24 óbitos em 2018, apenas um vitimou uma mulher. A vítima tinha 48 anos e foi atropelada por ônibus no largo do Mercado Municipal “Nilzo Vanni”, na área central.

Já em 2017, três das 29 pessoas que faleceram em decorrência de acidentes envolvendo veículos leves, motocicletas, ônibus, caminhões e atropelamentos eram mulheres.

As vítimas do ano passado pertenciam a nove faixas etárias, com predominância de óbitos nas pessoas com idades entre 18 e 39 anos. Nos 12 meses de 2018, o Infosiga registrou 12 mortes nessa faixa etária.

Os demais acidentes do ano passado vitimaram pessoas com idades entre 0 e 17 anos (três mortes), 40 e 44 (uma), 45 e 49 (duas), 50 e 54 (duas), 55 e 59 (uma), 65 e 69 (duas) e não identificada (uma).

De acordo com o Infosiga, oito das 24 pessoas que perderam a vida em 2018 envolveram-se em acidentes com motocicleta (66,6%). As ocorrências envolvendo automóvel se equivaleram com mortes de pedestres, com seis óbitos em cada classificação. Dois ocupavam caminhão e dois perderam a vida em ocorrência com bicicleta.

Em 2017, os acidentes com automóveis fizeram maior número de vítimas fatais. Foram 12, com carros. Outras seis perderam a vida em acidentes com motocicleta, um com caminhão, uma de bicicleta e oito estavam a pé.

As colisões vitimaram mais pessoas nos dois anos, com 12 óbitos de janeiro a dezembro e dez no mesmo período do ano passado.

“Quando a gente fala em colisão, estamos falando de batidas frontais, traseiras e laterais. A maior quantidade de acidentes que acontece é em cruzamentos, ou seja, colisões laterais, o que exige maior atenção do motorista”, comentou o diretor.

O número de mortes por choque (ocasião na qual um dos veículos ou objeto atingido não está em movimento) teve dois casos no ano passado e dois em 2017.

No ano passado, uma pessoa morreu em acidente “não especificado”, aqueles nos quais não há o registro do tipo de ocorrência. Em 2017, três óbitos foram incluídos nessa classificação.

Os dados do Infosiga são atualizados mensalmente pela Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e Corpo de Bombeiros. As corporações encaminham informações do SioPM (Sistema de Informações Operacionais da PM), que reúne dados de acionamento de viaturas para atendimento.

Silva destacou que campanhas informativas e educativas foram realizadas em 2018 e continuarão acontecendo como prevenção, para conscientizar o motorista e, assim, minimizar o número de acidentes.

“A educação visa mudança no comportamento, além de uma melhora no trânsito e na percepção do condutor e do pedestre nas ações do dia a dia. São ações realizadas em vias públicas e em escolas municipais, com palestras orientativas que ocorrem durante todo o ano”, salientou.

Conforme Silva, o departamento ainda aguarda a liberação de resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) para definir a programação das campanhas educativas. Contudo, adiantou que duas ações serão iniciadas ainda no primeiro semestre.

Uma delas prevê distribuição de panfletos e palestra sobre o uso correto das faixas de pedestre, com a intenção de “buscar conscientizar os condutores sobre o respeito às faixas e à preferencial”.

“Vamos fazer uma campanha maciça em cima disso, para que condutor respeite a faixa de pedestres, dando preferência para ele e, com isso, evitar colisões traseiras e atropelamentos”.

A segunda campanha visa orientar os motoristas sobre o uso correto das rotatórias. “Muitas pessoas não respeitam quem está transitando pelas rotatórias, e é muito importante a gente falar e reafirmar que a preferencial é de quem está passando pela rotatória”, ressaltou.

Além destas ações, o DMU pretende dar seguimento às campanhas de orientação em escolas e empresas.

“Queremos orientar o condutor e os pedestres a serem gentis. Gentileza gera gentileza. Se você for gentil para o outro condutor ou para o pedestre, reciprocamente, ele será também para você”, concluiu.

No estado

Ainda segundo o Infosiga, no estado de São Paulo, houve redução de 3,5% no número de acidentes com vítimas fatais. No ano passado, houve 5.459 mortes, enquanto que, em 2017, foram 5.658.

Em 2018, os índices registrados pelo Sistema de Informações recuaram em nove das 16 regiões administrativas do estado, enquanto Franca e Itapeva tiveram o mesmo número de fatalidades de 2017.

Houve redução nas regiões metropolitanas da capital, Barretos, Campinas, Marília, Presidente Prudente, Registro, Ribeirão Preto, São José dos Campos, São José do Rio Preto e Sorocaba.

Os aumentos ocorreram nas regiões de Araçatuba, Bauru, central e Santos. A maior parte das fatalidades (50,7%) ocorreu em vias municipais. Em 2018, 2.766 ocorrências foram registradas nos municípios, redução de 12,6% na comparação com o ano retrasado (3.164 óbitos).