Solicitação de Caps é elaborada neste mês

Tatuí deverá instalar, até o final do ano, o Caps (Centro de Apoio Psicossocial). O projeto foi aprovado pelo Comad (Conselho Municipal Antidrogas) e a solicitação de instalação da unidade será enviada ainda este mês ao conselho gestor, de Itapetininga.

O serviço é uma das modalidades da Raps (Rede de Apoio Psicossocial), formada pelo Caps 1, 2, 3, Caps AD (álcool e droga), Capsi (infanto-juvenil) e SRT (serviços de residências terapêuticas), disponibilizada pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

 

Para os serviços serem instalados, é considerado o número de habitantes do município. Tatuí encaixa-se entre os de 70 mil a 200 mil habitantes, em que Caps 2 e Caps AD podem ser aderidos.

 

O Caps é um serviço que presta atendimento médico-psicológico e terapêutico. Ele realiza acompanhamento diário, visando à reintegração do paciente psiquiátrico à sociedade.

 

“Uma realidade, hoje, é que estão desinternando os pacientes, estão acabando os hospitais psiquiátricos. Então, é necessária uma rede de apoio, que é o Caps”, afirmou o secretário da Saúde, José Luiz Barusso.

 

A região à qual Tatuí pertence é formada por 13 municípios e sediada em Itapetininga. “A nossa região está um pouco atrasada, porque tínhamos a facilidade de ter muitos hospitais psiquiátricos”, explicou Barusso.

 

A partir da adoção das diversas modalidades da Raps nas cidades da região, os pacientes podem ter acesso aos diversos tipos de atendimento nas proximidades.

 

“Está se organizando a estrutura inteira. Uma reunião será realizada com os gestores para discutir a implantação”, contou.

 

Os gestores das cidades da região de Itapetinga, também devem negociar os leitos em hospitais comuns.

 

“Na nossa região, seis municípios têm hospitais. Tem que ser negociado quantos leitos serão reservados em cada hospital”, afirmou Barusso.

 

Assim, quando forem identificados casos de surto, os pacientes são encaminhados a esses hospitais e, assim que tiverem alta, serão atendidos pelo Caps.

 

O atendimento na unidade em Tatuí busca abranger 60 pacientes, com funcionamento de segunda a sexta, das 7h às 19h. Serão dois turnos com 30 pacientes cada.

 

“O paciente passa o dia com medicação controlada, trabalhos manuais, orientações, trabalhos, e volta para casa. Com isso, se consegue ter um controle mais efetivo sem ter a necessidade de internar o paciente”.

 

A portaria 336, de 19 de fevereiro de 2002, do Ministério da Saúde, estabelece, para o Caps 2, quadro de profissionais com um médico psiquiatra, um enfermeiro especialista em saúde mental, seis profissionais – entre técnico de enfermagem, auxiliar de enfermagem, técnico administrativo, técnico educacional e artesão – e mais quatro profissionais: psicólogo, assistente social, enfermeiro, terapeuta ocupacional, pedagogo ou outro profissional que integre o tratamento terapêutico.

 

Para a instalação do Caps, após a aprovação do conselho gestor, de Itapetininga, a solicitação passa ao âmbito estadual, sendo avaliada pela Comissão Interventora Bipartite, que encaminha para a Comissão Interventora Tripartite, de âmbito federal. Sendo aprovada em todas essas fases, a montagem do Caps é liberada.

 

“Nós pleiteamos a construção de um Caps através de verba federal, mas isso vai demorar um pouco, porque depende de aprovação do projeto”, contou.

 

A princípio, uma casa deverá ser alugada para atender aos pacientes, com salas para consultórios de psicologia, psiquiatra e enfermagem, além de espaço para atividades terapêuticas. “Vem um recurso federal e estadual para montar e para a manutenção mensal”, explicou.