Solenidade plural marca história da PMR

Em discurso o coronel Josué Álvares Pintor um dos primeiros comandantes do policiamento rodoviário de Tatuí chamou a frente todos os oficiais qye serviram com ele de 1976 a 1979 presentes no evento (foto: Eduardo Domingues)

Evento múltiplo marcou comemorações históricas da 3ª Companhia da Polícia Militar Rodoviária de Tatuí na manhã de quinta-feira, 8. A solenidade aconteceu no quilômetro 129 da rodovia Presidente Castello Branco (SP-280), base da PMR no município, com homenagens pelo aniversário da companhia e em comemoração ao cinquentenário da rodovia.

Além disso, o evento contou com entrega do “Medalhão do Mérito Policial Rodoviário” aos veteranos e lançamento do livro “Capitulo 129 – A História da Companhia da Polícia Militar Rodoviária de Tatuí”.

A festa ainda contou com a presença do público civil e diversas autoridades e convidados, bem como o coronel residente Carlos Miranda, ator e militar de 85 anos. Ele é considerado o eterno “Vigilante Rodoviário” e compareceu ao evento com o “famoso” Simca Chambord 1959 (reportagem na próxima edição).

A cerimônia teve início às 10h, com a entrega do medalhão. Trata-se de um instrumento de valorização que, segundo a PMR, tem como objetivo homenagear personalidades civis, militares, instituições públicas e privadas.

Entre os condecorados, estiveram os primeiros oficiais do policiamento rodoviário de Tatuí e pessoas que contribuíram com a pesquisa e compilação de fotos e de histórias as quais originaram o livro “Capítulo 129”.

Receberam os medalhões: Iraceli Angelieri Borba, esposa do capitão Américo Borba; capitão José Carlos Motta, primeiro comandante da companhia; coronel Josué Alvares Pintor, um dos primeiros comandantes; 2º tenente Antônio Alcebíades Paes; subtenente Arlindo Miguel; subtenente Oswaldo Pighineli; 1º sargento João Jorge Mir; 1º sargento Roberto Dal Coleto Filho; 1º sargento Hermes Coelho; cabo Miguel Angelo Rossato; e cabo Onofre Miranda.

Segundo a PMR, as personalidades têm contribuído de modo relevante para a execução das metas e objetivos do policiamento na “missão de servir e proteger a sociedade na defesa da vida, da integridade física e da dignidade da pessoa humana”.

As medalhas foram entregues pelo coronel Luís Henrique Di Jacintho Santos, comandante do Policiamento Rodoviário do Estado de São Paulo, acompanhado do tenente-coronel Antonio Valdir, comandante do CPI-7, (Comando de Policiamento do Interior) e do tenente-coronel Dalton Augusto Infanti, comandante do 5a BPRV (Batalhão de Polícia Rodoviária).

Na sequência, os ex-comandantes e colaboradores da base operacional de Tatuí receberam uma placa em alusão ao cinquentenário. A distribuição das lembranças foi realizada pelos atuais comandantes, acompanhados da prefeita Maria José Vieira de Camargo e do promotor de Justiça de Tatuí, Carlos Eduardo Pozzi.

De acordo com o capitão Glauco César Costa de Oliveira, atual comandante da 3a Cia., ao todo, 24 oficiais estiveram no comando do policiamento rodoviário tatuiano desde a inauguração da sede. De 1968 a 1985, nove tenentes passaram pelo comando da base que ainda configurava como um pelotão.

De 1985, quando se transformou em companhia, até os dias atuais, foram 15 capitães.

Capítulo 129

A história dos 50 anos da base e da rodovia está contada no livro “Capítulo 129 – A História da Companhia da Polícia Militar Rodoviária de Tatuí”. A obra começou a ser escrita há, aproximadamente, cinco anos, por militares veteranos.

Capitão Glauco César Costa de Oliveira, atual comandante da 3ª Cia. de Polícia Rodoviária de Tatuí e tenente-coronel Dalton Augusto Infanti, comandante do 5º BPRV entregam homenagem ao coronel residente Carlos Miranda, ator e militar de 85 anos considerado o eterno “Vigilante Rodoviário” (foto: Eduardo Domingues)

Assinam a compilação o 2º tenente Antônio Alcebíades Paes e o subtenente Arlindo Miguel. Segundo Miguel, a obra nasceu da necessidade de preservar a história da unidade.

Além das atividades da base, o livro conta um pouco do surgimento concomitante da Castello Branco, e os principais fatos que aconteceram desde 1968 até a atualidade.

“O tenente Paes resolveu colocar em prática uma ideia, já um pouco antiga. Aí, ele convidou-me para registrarmos a história do policiamento rodoviário de Tatuí, e o desafio começou”, contou o subtenente.

De acordo com Miguel, foram anos buscando, pesquisando, entrevistando e descobrindo novas histórias. “Nós conhecíamos apenas uma parte e no decorrer das pesquisas fomos ampliando a abrangência nossa visão”, comentou.

Para o autor, a obra é acima de tudo, um registro “dos grandes feitos, que resultaram neste ambiente de trabalho, com qualidade de atender tanto o público externo, como o público interno”.

O levantamento histórico foi feito com a ajuda de militares da reserva e arquivo de familiares dos oficiais falecidos. “Nós apenas escrevemos, mas tivemos um grande apoio de policiais que colaboraram conosco. Temos que reconhecer isso”, frisou.

Miguel ainda acrescentou que a colaboração veio não somente para o lançamento do livro, mas que também é um dos motes da Polícia Militar Rodoviária. “Nosso trabalho não deixou dúvidas de que esta célula da PMR, cresceu por mãos arrojadas de seus componentes, que não mediram esforços, por amor a causa que eles abraçaram”, ressaltou.

Conforme o comandante da 3a Cia., o livro é “muito enriquecedor”. “Por ele, nós podemos ver como todo este trabalho começou, o que foi feito, e como está hoje. Isso, inclusive, me deixa uma responsabilidade maior ainda, sobre qual é o legado que eu vou deixar para quando esta base fizer cem anos em 2068”, comentou o capitão.

O promotor de Justiça de Tatuí enfatizou que o livro, assim como todo registro histórico, tem um significado muito importante. “É bom que a população conheça como era o policiamento anteriormente, e o processo pelo qual ele passou para chegar como ele é hoje, e a excelência do trabalho”.

“A Polícia Rodoviária presta um trabalho de excelência aqui na região. Nós acompanhamos as ocorrências em que eles trabalham, e eles se destacam pelo profissionalismo e conhecimento técnico profissional. Ter uma unidade como esta é um orgulho para os cidadãos e acredito que é motivo também de muito orgulho para os policiais da região”, acrescentou.