Será a Felicidade um Mistério?





“Se ages contra a justiça e eu te deixo agir, então a injustiça é minha”. (Mahatma Gandhi)

Será a Felicidade um Mistério?

Porque será que algumas pessoas enfrentam a vida com uma disposição alegre e positiva, enquanto que outras não são capazes de se livrar do pessimismo e da desconfiança?

Com o seu estilo habitualmente bem-humorado, acessível e claro, o Padre Lauro Trevisan aborda, ao longo destas páginas, as razões últimas da felicidade. Baseando-se na sua extensa formação em Ciências Humanas, o autor revela os diversos métodos, conscientes e inconscientes, que todos nós utilizamos para “sabotar” a felicidade que nos pertence por direito.

Porque É Que as Pessoas Felizes São Felizes demonstra, de forma irrefutável, que basta desfrutar abertamente do milagre da vida para se encontrar o caminho da verdadeira felicidade.

O ser humano nasceu com muitas velas acesas no coração. Quando era criança, a vela do amor brilhava tanto que as pessoas, ao seu redor, ficavam fascinadas e abraçavam-no e beijavam-no com um carinho inebriante.

Havia também a vela da felicidade, verdadeiro sol resplandecente. Toda a gente exclamava: – Como é belo ser criança! Um grande sábio, de origem extraplanetária, vendo aquela luz tão bela, proclamou: – É preciso ser como a criança!

Lá estava, ainda, a arder com uma luz irradiante, a vela da alegria. A luz desta vela celebrava a festa da vida e todos adoravam estar com a criança, que os fazia rir à vontade.

Uma outra vela ocupava um lugar de destaque no seu coração: – A vela da fé, que emanava uma luz intensa, quase ofuscante. Com a luz dessa vela, a criança confiava em tudo e em todos.

Não era possível deixar de prestar atenção a uma outra vela de luz aconchegante, que se consumia transmitindo algo transcendental: era a vela da espiritualidade. A sua luz mostrava Deus dentro do seu coração.

Mais para o outro lado do coração, ardia uma vela que recendia um perfume especial. Era a vela da paz, que fazia a criança dormir serenamente e ter o coração tranquilo.

A criança foi crescendo, crescendo mais ainda, com vontade de conquistar a vida e o mundo. Corria veloz pelas ruas, pelos estádios, pelos clubes, pelas escolas; amava sofregamente; trabalhava desmedidamente a fim de acumular bens que acenavam para um futuro abundante. E as velas foram sendo esquecidas.

A vela do amor ficou sufocada pelas desilusões e mágoas e apagou-se. A vela da felicidade não resistiu aos ventos impetuosos. A vela da alegria foi definhando e extinguiu-se.

A vela da fé perdeu a sua luz. A vela da espiritualidade foi apagada e substituída pela matéria opaca e rígida. A vela da paz ficou sozinha e não resistiu.

Já maduro, o homem, certa vez, contemplou a sua vida, o seu passado, e percebeu que a sua escuridão interior estava apenas vagamente iluminada por uma velinha abandonada no fundo do coração: a vela da esperança ainda permanecia acesa.

0 homem fixou o olhar naquela vela e a sua mente foi entrando na chama trémula. De repente, sentiu que a sua vida poderia ter significado.

Olhou ao seu redor e viu, com pena, as outras velas apagadas, minguadas, em resignado silêncio. Lembrou-se de como era tudo melhor quando elas iluminavam o seu coração.

Teve, então, uma inspiração. Pegou na vela acesa da esperança e, com ela, acendeu todas as outras. 0 seu coração passou a brilhar novamente. Desde aquele momento, o homem voltou a ser feliz.

Não importa quantas velas estejam apagadas dentro de si, também não se perturbe se o seu coração jaz na escuridão da vida, sem rumo, descrente de tudo e de todos. Pegue nessa vela e acenda novamente todas as outras. Você precisa apenas disso para ser feliz.

Imagine

Imagine um campo verdejante! Imagine uma linda lagoa azul! Imagine uma praia com um fantástico pôr-do-sol! Imagine mil crianças sorrindo e distribuindo mil gargalhadas!

Você conseguiu visualizar alguns destes pensamentos instantâneos? Se conseguiu, o mesmo vale para os seus sonhos de felicidade.

Pratique todos os dias o exercício da mentalização da felicidade, que tem como primeiro passo a criação dos pensamentos no seu eu interior.

O segundo passo vem da ação dos nossos pensamentos, fortalecidos pela crença de que tudo e possível para quem deseja com fé e determinação.

Depois de praticar bastante este exercício, pode-se afirmar: – Todos os seus sonhos e pensamentos serão uma grande verdade. Basta acreditar e aceitá-los. Que o seu final de semana seja ricamente iluminado pelos seus sonhos de felicidade.