Polí­cia Civil deve investigar se furto a banco tem relação com sequestro





AC Prefeitura

Bandidos abriram buraco em agência par acessar dinheiro de cofre

 

A Polícia Civil deve investigar se o furto a banco ocorrido na madrugada de sábado, 27, tem relação com o sequestro de duas crianças e uma babá na manhã de sexta-feira, 26. Nos dois casos, os bandidos tinham como alvo o dinheiro que estava no cofre de uma das agências do Banco do Brasil.

O furto, registrado às 5h10 do sábado, resultou na prisão de três pessoas. Duas delas, abordadas por guardas civis dentro de uma Fiat Palio Weekend, após perseguição. Uma terceira pessoa foi presa em flagrante por militares.

A GCM localizou o veículo e abordou os ocupantes depois de ter recebido a informação do furto. Os guardas encontraram os suspeitos na rotatória que liga a rua São Bento à avenida Coronel Firmo Vieira de Camargo.

Michael Douglas de Jesus Rodrigues, 19, e Marcos Vitor Benedicto Diniz, 33, teriam confessado a participação no furto. No assoalho do carro que eles ocupavam, os guardas encontraram, embaixo do banco traseiro, uma mochila com dinheiro (entre notas e moedas). Segundo a GCM, as moedas estavam guardadas em sacos plásticos identificados pelo banco.

Com os suspeitos, a equipe apreendeu R$ 39.083 em notas e R$ 3.100 em moedas, totalizando R$ 42.273. Após o flagrante, o valor foi devolvido ao representante da agência bancária e os suspeitos permaneceram detidos.

Os dois responderão por furto qualificado e formação de quadrilha. Segundo a GCM, a dupla possui “várias passagens pela polícia”, pelos mesmos crimes.

A PM deteve uma terceira pessoa. Júlio Cesar Leite Ferraz, 29, portava uma bolsa contendo ferramentas utilizadas para quebrar uma das paredes do banco e abrir o cofre. O suspeito foi contido a poucos metros do estacionamento da agência, a partir de acionamento do sistema de vigilância do banco.

Por volta das 5h, a PM recebeu comunicado de que quatro pessoas haviam entrado no banco. O grupo utilizou picaretas, marreta, furadeira, talhadeira, luvas, uma touca ninja e uma faca de cozinha para fazer um buraco na parede dos fundos, que fica no pátio do estacionamento interno dos funcionários.

Os militares localizaram Ferraz deixando o local, na companhia de outra pessoa, que fugiu. Na tentativa de fuga, o suspeito deixou um malote com as ferramentas.

A PC deve utilizar as informações para verificar se há relação entre os crimes. Nesta semana, os investigadores receberam novos dados sobre o sequestro envolvendo os filhos da gerente e da funcionária dela.

Em depoimento, a vítima afirmou que dois criminosos a renderam na frente da residência, no centro, por volta das 19h30.

Os bandidos tiveram a ajuda de mais sete comparsas, que entraram na propriedade por volta das 22h de quinta-feira, 25. A quadrilha manteve a gerente e os dois filhos dela – um menino e uma menina – reféns até as 7h30 do dia 26.

Com a chegada da babá, pela manhã, o bando levou os três (a funcionária e as crianças) para um local desconhecido. Em seguida, os criminosos ordenaram que a mulher fosse até a agência bancária sozinha, sacasse o dinheiro do resgate e os informasse, por meio do celular da filha dela.

Entretanto, os bandidos ordenaram que a mulher fizesse a ligação do estacionamento do banco. O pagamento do resgate era condição para a libertação da babá e das crianças e não se concretizou, conforme informou o banco à PC.

A segurança institucional acionou a Polícia Militar na manhã de sexta. A PM mobilizou boa parte de seu efetivo, com emprego de helicóptero, e repassou o alerta à Guarda Civil Municipal. As crianças e a funcionária foram localizadas perto das 11h15, no distrito de George Oetterer, em Iperó.

Durante as investigações iniciais, a PC obteve as características do veículo utilizado pelos dois criminosos que renderam a gerente. Conforme os investigadores, a dupla ocupava um Ford Fiesta, branco.

Também na casa da gerente, peritos de Itapetininga coletaram impressões digitais. As amostras foram encaminhadas ao IIRGD (Instituto de Identificação “Ricardo Gumbleton Daunt”) e aguardam resultado.

Para esclarecimento do caso e identificação dos suspeitos, a PC de Tatuí recebe apoio da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) e Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) da Delegacia Seccional de Itapetininga.