GCM inicia operação que visa retirar veí­culos abandonados de via pública





AC Prefeitura

Bairro Santa Rita de Cássia é o local com mais veículos abandonados em vias públicas

 

A GCM (Guarda Civil Municipal) começou, no início do mês, a operação “Veículos Abandonados”. A ação visa retirar todos os carros que estão parados há muito tempo em vias públicas.

De acordo com o comandante da GCM, Adriano Henrique Moreira, a retirada de carros abandonados das ruas começou no início do ano passado e estava sendo feita “constantemente”. Porém, houve necessidade de intensificação, após muitas reclamações de moradores.

“A operação é embasada na lei 4.461, de 17 de novembro de 2010, que fala sobre a retirada de veículos abandonados nas vias públicas. Como vimos que estava aumentando o índice desses veículos, decidimos fazer uma operação em si”, explicou o comandante.

Moreira afirmou que há um contingente trabalhando exclusiva e diariamente na fiscalização. Os guardas civis vão a bairros para fiscalizar e notificar proprietários de carros que estejam com características de abandono.

Conforme o comandante, o que caracteriza um veículo abandonado é ele estar sem placa de identificação, em estado de decomposição na carroceria, ter dois pneus “arreados”, murchos ou sem eles, estar em visível mau estado de conservação, ser evidente que seja objeto de vandalismo ou depreciação, ou estar com acúmulo de água – o que pode atrair o mosquito da dengue.

De acordo com Moreira, se um veículo for encontrado com acúmulo de água ou sinais de larvas do mosquito Aedes Aegypti, a Vigilância Sanitária deve ser acionada para tomar medidas de forma a minimizar os perigos que ele possa vir a causar aos moradores.

A localização de proprietários de veículos abandonados é feita por meio de pesquisas de placas, ou por “boca a boca” nas redondezas.

Segundo o comandante, fazer o levantamento por placas não dá o resultado desejado, porque, na maioria das vezes, o veículo não está no nome da pessoa que o comprou.

“Muitas vezes, não é o proprietário, são veículos até de outros municípios. Então, através do ‘boca a boca’, batendo de casa em casa, muitas vezes, achamos o proprietário com mais facilidade, porque ele sempre mora perto de onde está o carro”, afirmou o comandante.

Conforme Moreira, o proprietário do veículo, raras vezes, deixa-o longe do campo de visão dele. Ou seja, na maioria dos casos, os carros não estão abandonados de fato, estão com problemas de documentação, ou o dono não está em condições de efetuar consertos.

O comandante ressaltou que, após os guardas notificarem o proprietário de veículo abandonado, ele possui prazo de três dias para retirar o carro do local parado e encontrar outro espaço para estacionar, que não seja via pública.

Se não for retirado no prazo estipulado, o veículo é enviado a um pátio de recolhimento e permanecerá no local para regularização, a partir do proprietário, ou para que o município efetue leilão.

Moreira ressaltou que não é colocado nenhum adesivo de notificação em veículo abandonado. “Fazemos contato direto com o proprietário, ou com algum responsável pelo veículo, e estipulamos o prazo”.

De acordo com o comandante, se a GCM não consegue localizar os proprietários dos veículos, os carros serão guinchados e enviados ao pátio, onde os donos devem efetuar regularização para retirá-los.

Moreira salientou que não é possível saber quantos veículos ainda precisarão ser retirados das vias públicas, pois ainda há muitos bairros que os guardas precisam fiscalizar.

A GCM notificou mais de 50 veículos. Até às 15h30 de quarta-feira, 25, foi necessário chamar guincho para retirar dez carros estacionados em vias públicas e cujos proprietários não respeitaram o prazo para retirada.

Moreira afirmou que há mais carros abandonados no Jardim Santa Rita de Cássia. Ele acredita que isso ocorre por ser uma área grande e mais populosa. No bairro, já houve “muitas” notificações.

De acordo com o comandante, a maioria dos proprietários afirma que possui problemas com dívidas de multa ou licenciamento e não consegue espaço para estacionar os veículos, que não sejam as ruas.

“O morador pode deixar o veículo estacionado nas ruas, desde que o estado do carro não se enquadre nos itens de abandono. Quando isso ocorre, a gente pede para que ele busque outro lugar para guardar o carro”, salientou Moreira.

Segundo o comandante, a necessidade de retirar veículos abandonados das vias públicas é para que eles não atrapalhem o trânsito de carros e pedestres, para aumentar a segurança e melhorar “visualmente” os bairros.

Além disso, Moreira afirmou que muitos desses veículos abandonados estão – ou estavam – estacionados a menos de cinco metros da linha de construção, em desacordo com regulamento de trânsito. Outros, ainda, encontravam-se em cima de calçadas, interferindo o passeio público.

O comandante falou que, até o momento, a operação “Veículos Abandonados” está sendo um “sucesso”. Há alguns carros que aparecem novamente nas vias públicas após os donos terem sido notificados, mas os guardas voltam a notificar e os proprietários “acabam entendendo e retirando os carros”.

“Queremos divulgar essa campanha para a conscientização das pessoas. Quem ainda estiver com veículo que se enquadre em estado de abandono, que regularize a situação antes da chegada da GCM, deixando o bairro mais transitável e melhor visualmente”, salientou.

O comandante afirmou que não há data para que os guardas cessem a fiscalização intensiva. De acordo com ele, enquanto houver muitas reclamações e muitos veículos abandonados, os guardas continuarão com a operação.

Moreira ressaltou que, mesmo se eventualmente a ação parar, devido à diminuição de carros abandonados, os guardas continuarão a fiscalizar e notificar proprietários.

“Não vou dizer que cotidianamente, mas as notificações serão feitas, como eram anteriormente, ao início da operação. Como vimos que estava aumentando o número, começamos a operação”, disse Moreira.

A população pode fazer denúncias de veículos abandonados pelo telefone 199, central da GCM. De acordo com o comandante, é importante que as pessoas façam reclamações a respeito desse assunto, para sanar “completamente” o problema.