Estreia da Copa Rádio teve desfile de times, grandes defesas e empate





Cristiano Mota

Presidente da Central de Rádio, árbitros, organizador da competição e atletas participaram de desfile

 

A estreia da Copa Rádio Notícias de Futebol Máster reservou doses de emoção para o público e para os jogadores envolvidos na primeira partida. A abertura realizada na manhã de domingo, 26, reuniu espectadores cativos e representantes das equipes participantes e suas madrinhas em desfile, a partir das 10h.

O pontapé inicial foi dado pelo presidente da Central de Rádios, Luiz Gonzaga Vieira de Camargo, após o juramento da arbitragem e dos atletas e execução do Hino Nacional. Ele cumprimentou os atletas e dirigentes juntamente com Alexandre de Jesus Bossolan e Márcio Antonio de Camargo.

“A competição é uma iniciativa que, com o passar dos anos, foi virando uma tradição nas manhãs de domingo na nossa cidade. E a Rádio Notícias fica muito feliz de poder proporcionar esse encontro entre pessoas, jogadores e esportistas que, no passado, tiveram destaque”, iniciou Gonzaga.

Em mais um ano consecutivo, o jogo de estreia da competição aconteceu no Estádio “Lupércio Bernardes”, o “Itatibão”. Na ocasião, o time da casa empatou por 1 a 1 contra o Ressaquinha, num jogo marcado por lances diversificados.

As equipes fazem parte do grupo “C” da categoria veterana, uma das três em disputa. O evento desportivo reúne atletas a partir dos 35 anos de idade e é considerada uma oportunidade de reencontro para amigos, jogadores e pessoas ligadas ao esporte. “É uma manhã de domingo muito gostosa, muito esperada por todos que gostam de futebol”, disse o presidente da Central de Rádios.

Gonzaga ressaltou que o torneio também presta homenagens a personalidades esportivas. “A Rádio e sua equipe de esportes procuram perpetuar, de certa maneira, àqueles que contribuíram para com o esporte tatuiano. Aqueles que não só jogaram, mas participaram como dirigentes e árbitros”, argumentou.

Em 2015, a organização ampliou o cerimonial de abertura com objetivo de enfatizar a importância dos participantes. Para isso, incluiu o desfile das agremiações – com suas respectivas madrinhas e bandeiras – e uma queima de fogos.

“A cada ano, procuramos dar um tratamento mais pomposo, vamos dizer assim, à Copa. Até porque, é uma maneira de incentivar as agremiações que estão disputando a se envolverem e a se desenvolverem”, completou Gonzaga.

Realizado em três etapas, o torneio tem finais programadas para dezembro e agrega 24 equipes. São nove na veterana, disputada por atletas entre 35 e 42 anos de idade; seis na veteraníssima, que tem jogadores de 43 a 49 anos; e nove na superveteraníssima, categoria com atletas de 50 anos de idade ou mais.

Na veterana, disputam: Gert Sindmetal, Santa Rita e Laurindese (no grupo “A”); XI de Agosto, Ressaca e São Martinho (grupo “B”); e Santa Cruz, Clube de Campo e Ressaquinha (no grupo “C”).

Na veteraníssima, as equipes estão divididas nos grupos “A”, com Sexta Máster, Laurindense e São Cristóvão; e “B”, com o XI de Agosto, Associados do Clube de Campo e Clube de Campo/Áz de Ouro.

A superveteraníssima será disputada por Gepav, Jardins Futebol Clube e Clube de Campo (no grupo “A”); São Martinho, Santa Cruz e Associados do Clube de Campo (no grupo “B”); XI de Agosto, Sexta Master e Nova União (no “C”).

O empate

O Clube de Campo começou bem a partida, fazendo mais ameaças aos visitantes que recebendo. No início do jogo, perto dos dez primeiros minutos, o troco do Ressaquinha veio na forma de gol, marcado pelo jogador Rildo.

A equipe campestre, dona da casa, sentiu o “baque”, com o gol tendo efeito maior que a “inauguração” do placar. O tento tirou o ânimo do Clube de Campo, que permaneceu um pouco apático e sem coordenação para tentar uma reação.

Ainda no primeiro tempo, o time campestre voltou a dar sinais de vida. O time reagiu em diversos momentos, na forma de “bombas” disparadas da grande área, quase do meio de campo e das laterais, tabelinha e chutes arriscados.

Dos 30 minutos do primeiro tempo em diante, ambas as equipes mostraram sinais de cansaço em campo. O duelo seguiu sem “grandes lances”, ou que resultassem em ameaça. Até os 35 minutos, os times se revezaram no ataque. O último “ameaço” do primeiro tempo veio com o camisa 4 do Ressaquinha. Serginho bateu falta quase no final, mas o chute não resultou em gol.

No segundo tempo, o Clube começou tabelando mais, mas recuando para manter a posse de bola e evitar novas “surpresas desagradáveis”. Aos três minutos, Choquito chutou cruzado, “tiro que morreu” nas mãos do goleiro do Ressaquinha.

Nilton, aliás, fez várias defesas no segundo tempo, mas menos que Douglas. O goleiro campestre esteve mais ocupado que o colega do time adversário e precisou segurar pelo menos dois chutes precisos de Rildo. Num deles, teve de esticar os braços para espalmar “bala disparada pelo adversário”.

A resposta do Clube de Campo veio com Maquininha, num chute para fora do gol, e que ocasionou em lamento dos torcedores que acompanhavam a disputa. O time da casa deixou o placar igual aos 28 minutos do segundo tempo com gol de Anderson, que chutou na cara do gol sem chances para Nilton.

Para Galera, técnico do Ressaquinha, o empate representou um “resultado justo”. “Todo mundo sabe que estreia é jogo nervoso. Achei bom, porque no primeiro tempo, nosso time foi melhor e, no segundo, o deles foi um pouco acima que o nosso. Infelizmente, tomamos gol no final, mas vamos firme”, disse.

A equipe volta a jogar apenas em junho, quando enfrentará o Santa Cruz. Até lá, o técnico deve acompanhar a estreia do time adversário, prevista para o dia 24 de maio no “Menotti de Campos”, do Santa Cruz, contra o Clube de Campo.

“Vou ver como o Santa Cruz se comporta, porque eu não conheço os adversários. Vamos tentar observar primeiro para, depois, criarmos uma estratégia tática e, então, em cima disso trabalhar com os jogadores”, disse Galera.

Na estreia, o técnico do Ressaquinha disse que faltou fôlego para os atletas. Conforme ele, como a categoria reúne atletas com idades a partir de 35 anos, os jogadores sentem muito cansaço por fazer um esforço muito grande.

“O que aconteceu é que, nas alterações que fizemos, elas não responderam à altura. Mas isso é o futebol, porque os substitutos são bons. Só que não entraram no ritmo que o jogo demandava para que pudéssemos ganhar”, avaliou.

O árbitro da estreia, Marcos Cesar Generoso, destacou que a partida terminou “sem sobressaltos”. Conforme ele, as equipes apresentaram bom futebol e se apresentaram para a estreia com “intuito em comum”: o de jogar.

“Terminamos a partida sem problemas. Só com coisas normais de futebol, como faltas aqui e cartões ali, mas nada de mais brusco”, enfatizou. Para ele, esse resultado ocorreu, também, por conta da arbitragem que esteve mais atuante.

“Procuramos sempre não dar brecha. O jogador espera abrir uma oportunidade para que ele possa reclamar. Se ficamos distantes, cria-se essa brecha. Mas as estreias são sempre mais tranquilas. à medida que a competição avança, os jogos ficam mais tensos porque ninguém quer ser eliminado”, encerrou.