Casos de dengue em Tatuí são os ‘menores’ da região

Apesar da alta, registros locais estão abaixo de Boituva e Itapetininga

Nebulização portátil integra ações de combate ao mosquito (Foto: AI Prefeitura)
Da reportagem

No período entre os dias 21 e março e a quarta-feira desta semana, 17, Tatuí registrou alta repentina no número de casos confirmados de dengue. No entanto, eles estão abaixo ao das cidades de Itapetininga e Boituva, por exemplo.

No período, o Setor de Combate à Dengue notificou 138 casos na cidade, sendo 39 importados e 99 autóctones (contraídos no município). De acordo com os dados do painel estadual de monitoramento da dengue, Itapetininga soma 1.793 casos confirmados e Boituva, 1.704.

O município de Sorocaba, em cuja macrorregião encontra-se Tatuí, soma 8.450 casos prováveis, três óbitos confirmados e 11 em investigação.

Com esses novos dados, a cidade passa a somar, nos dois primeiros meses deste ano, 178 casos. Desses, 113 são autóctones e 65, importados. Os dados foram divulgados na quinta-feira, 18, durante a Sala de Situação da Dengue, realizada pela Secretaria da Saúde da prefeitura.

Conforme o setor responsável, para prevenir novas contaminações, a equipe municipal tem intensificado os trabalhos de prevenção em diversas regiões do município. Durante o período, houve 13.391 controles de criadouros, 8.053 nebulizações portáteis e 248 visitas à imóveis.

“Pedimos, mais uma vez, que a população faça a sua parte, especialmente cuidando do quintal para controlar os criadouros, que é a etapa mais importante e eficaz no combate ao mosquito Aedes aegypti”, salientou a coordenadora do setor, Juliana Aparecida de Camargo da Costa.

No período, também foi realizada a operação “Bairro Limpo, Cidade Limpa” e nebulizações, além da passagem de carro de som orientando a população sobre o serviço do “fumacê”. Ainda foram aprovados, na Câmara Municipal, recursos a serem utilizados no combate ao mosquito.

Durante a reunião, a interlocutora de arboviroses do Grupo de Vigilância Epidemiológica do estado de São Paulo (GVE XXXI-Sorocaba), Sandra Cardoso Sanches, apresentou os dados referentes ao mosquito nos 33 municípios que compõem o órgão regional. De acordo com ela, até o dia 17 de abril, na região, havia 26 mil casos confirmados, 6 óbitos confirmados e outros 16 em investigação.

O prefeito Miguel Lopes Cardoso Júnior declarou que Tatuí “está sendo referência no combate ao mosquito, se comparada aos municípios que integram a região metropolitana de Sorocaba”.

De acordo com ele, desde quando a cidade registrou, há três anos, o maior surto da doença já ocorrido no município, “a administração municipal tem agido de forma incisiva na prevenção”.

Ele apontou os trabalhos realizados no ribeirão do Manduca como um dos responsáveis pela diminuição de casos. De acordo com o prefeito Cardoso Júnior, a limpeza feita nas calhas do ribeirão contribuiu para a eliminação dos focos.

Cuidados

A prefeitura pede a colaboração de todos quanto à limpeza e à manutenção de terrenos e residências, as quais devem ser constantes. O descarte correto de entulhos e demais materiais deve ser feito nos diversos ecopontos (lista com dias, horários e locais de funcionamento em www2.tatui.sp.gov.br/servicos/ecopontos/.

O munícipe também pode denunciar os terrenos sujos e abandonados da cidade, ou as casas recém-construídas sem moradores e com piscinas, por meio da ouvidoria municipal, no link www.tatui.sp.gov.br/ouvidoria , pelos telefones 0800-770-0665 e (15) 3251-3576 ou, ainda, pelo telefone da Secretaria da Saúde (15) 3305-8855.

Além das denúncias, a administração reforçou a importância de cada morador como “um agente no combate à doença”. Neste sentido, orienta que deve deixar a caixa d’água bem fechada e limpa; descartar de forma adequada pneus usados; retirar do quintal objetos que acumulam água, como vasos de planta, potes e garrafas; manter materiais de reciclagem em saco fechado e em local aberto; e usar repelente diariamente.

Conforme o protocolo do Ministério da Saúde, todas as unidades básicas de saúde atendem as pessoas com suspeitas de dengue, realizando notificações, coleta de exames e todas as ações necessárias.

Portanto, quem apresentar febre, acompanhada de pelo menos dois sintomas – como náuseas, vômitos, manchas avermelhadas pelo corpo, dor nas articulações, dor de cabeça ou dor no fundo do olho – deve procurar a UBS mais próxima, de segunda-feira a sexta-feira. Aos fins de semana, é necessário procurar a unidade de pronto atendimento (UPA).

Estado

A cidade de São Paulo registrou 177.299 casos confirmados até a terça-feira, 16. De acordo com o painel de monitoramento, são 49 óbitos na região e outros 178 em investigação.

Segundo o último boletim de arboviroses da gestão municipal, publicado na segunda-feira, 15, 91 bairros da capital estão em epidemia – ou seja, registram mais de 300 casos a cada 100 mil habitantes.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, no estado de São Paulo, foram registrados, nos quatros meses deste ano, 814.456 casos prováveis da doença, causando 340 mortes confirmadas e 616 em investigação.

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