Medo do H1N1 faz o estoque esvaziar em mutirão de vacinação





A preocupação com a disseminação da gripe H1N1 fez com que as 9.600 vacinas recebidas do Ministério da Saúde se esgotassem no primeiro dia da Campanha de Vacinação, sábado, 30 de abril.

De acordo com a VE (Vigilância Epidemiológica), a partir desta quarta-feira, 4, a cidade receberá um segundo lote de doses. O número não foi divulgado, entretanto, até o final da campanha, deverão ser entregues 30 mil doses.

As vacinas são distribuídas pelo Ministério da Saúde às Secretarias Estaduais de Saúde, que fazem a destinação às cidades.

“A nossa meta é vacinar 20 mil pessoas, fora os doentes crônicos. Devem chegar mais vacinas na terça-feira, mas não sei ainda quantas”, afirmou a coordenadora da VE, Marilu Aparecida Rodrigues da Costa.

Em seis das 15 UBSs (unidades básicas de saúde), o estoque esgotou uma hora antes do término do mutirão, que estava previsto para as 16h. Enfermeiros da Secretaria Municipal da Saúde realizaram aplicações na Praça da Matriz, na manhã de sábado.

“Nas unidades em que acabaram as doses, nós fizemos o remanejamento, porém, até o final do sábado, tinha acabado em todas as unidades”, disse Marilu.

De acordo com a coordenadora da VE, a procura pelas vacinas foi grande devido “à exposição na mídia e à preocupação com a gripe H1N1”.

A Secretaria de Saúde havia disponibilizado, em abril, 6.000 doses extras de vacinas do ano passado, que foram aplicadas na população em geral, pessoas que não integram os grupos de riscos. O estoque da semana passada, que era de 2.000 unidades, esgotou no final de semana, disse Marilu.

A vacinação regular, do calendário do Ministério da Saúde, é destinada a crianças entre seis meses e cinco anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores da Saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (mulheres até 45 dias após o parto), população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e portadores de doenças crônicas não transmissíveis.

“Essas vacinas são para as pessoas que estão em situação de risco e servem para prevenir os casos mais graves da doença, que geram internação e óbito”, declarou a coordenadora.

 

Sintomas

Tanto a gripe comum quanto a H1N1 são causadas pelo vírus Influenza. A diferença de uma doença para a outra é a intensidade dos sintomas, que são: febre, tosse, dor de garganta e no corpo, irritação na garganta e indisposição.

Os pacientes com casos mais graves tendem a sofrer dispneia (falta de ar). A Vigilância Epidemiológica aconselha que, ao aparecimento de sintomas de gripe, o doente procure o médico, que fará o diagnóstico preciso.