Índice de mortes no trânsito diminui 16%

Diretor do DMU afirma que maioria dos acidentes é causado por imprudência (foto: Diléa Silva)

Dados do Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito no Estado de São Paulo (Infosiga) apontam queda de 16,6% nas mortes por acidente de trânsito entre janeiro e agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Nos oito primeiros meses de 2017, 21 pessoas perderam a vida no trânsito local. As mortes contabilizam vítimas que se envolveram em ocorrências tanto no perímetro urbano – dentro do município -, como nas rodovias, que estão fora da zona urbana, mas no limite territorial. Neste ano, o número de mortes diminuiu, totalizando 18.

De acordo com o diretor do Departamento de Mobilidade Urbana, Yustrich Azevedo Silva, diversas campanhas de prevenção estão sendo realizadas para conscientizar o motorista e, assim, minimizar o número de acidentes.

“Estamos trabalhando bastante na conscientização dos motoristas, oferecendo palestras para empresas, escolas e ações preventivas, com fiscalização e pontos de bloqueio, para distribuição de panfletos e orientações”, contou o diretor.

Conforme as estatísticas do sistema de informações, nos dois anos, morreram mais homens que mulheres vítimas do trânsito. Das 21 pessoas que faleceram em decorrência de acidentes envolvendo veículos leves, motocicletas, ônibus, caminhões e atropelamentos, três eram mulheres (14,28% dos óbitos). As outras 17 eram homens, o que corresponde a 85,71% do total de mortes no período.

Neste ano, o percentual ficou um pouco maior. Entre janeiro e agosto, 17 homens perderam a vida no trânsito, representando 94,4%. As mulheres responderam por 5,5%, com uma morte em 2018.

As vítimas do ano passado pertenciam a nove faixas etárias, com predominância de óbitos nas pessoas com idades entre 35 e 44 anos. Nos oito primeiros meses de 2017, o Infosiga registrou oito mortes de pessoas nessa faixa etária. A vítima mais jovem tinha idade entre zero e 17 anos.

Os demais acidentes nos oito primeiros meses de 2017 vitimaram pessoas com idades entre 18 e 24 anos (uma morte), 45 e 49 (três óbitos), 50 e 54 (um), 60 e 64 (dois) e 75 e 79 (um), 75 e 79 (um) e não identificado (um).

Em 2018, a maior incidência de óbitos aconteceu entre pessoas na faixa de 25 a 29 anos, com quatro falecimentos. O segundo maior índice pertence à faixa de 18 a 24 anos e 35 a 39, com três óbitos para cada.

Os demais óbitos contabilizados de janeiro a agosto deste ano ocorreram nos seguintes grupos etários: 0 a 17 anos (dois registros), 45 a 49 (dois), 50 a 54 (um), 55 a 59 (um), 65 a 69 (um) e não definido (um).

Ainda conforme o Infosiga, oito das 18 pessoas que perderam a vida neste ano envolveram-se em acidentes com motocicleta (44,4%). Cinco ocorrências vitimaram pedestres. Dois ocupavam caminhão, dois perderam a vida em ocorrência com bicicleta e um em acidente envolvendo automóvel.

Dados levantados pelo DMU em 2017 mostraram que os motociclistas participaram de 82% dos acidentes de trânsito (com vítimas e sem), ocorridos entre janeiro e setembro, no perímetro urbano.

Conforme o departamento, 57% dos acidentes aconteceram somente com o envolvimento das motocicletas e outros 25% tiveram a participação de carros e motos. Atualmente, 22,5 mil motos e 55 mil veículos, entre carros, caminhões e ônibus, estão licenciados no município.

“Os acidentes de trânsito que mais acontecem são as quedas de motos. O que leva a essa situação é o erro do condutor, excesso de velocidade, não prestar atenção no trânsito, pista molhada ou condução noturna”, relata o diretor.

No ano passado, os acidentes com automóveis fizeram maior número de vítimas fatais. Foram dez com carros. Outras quatro perderam a vida em acidentes com motocicleta, um com caminhão, uma de bicicleta e cinco estavam a pé.

As colisões vitimaram mais pessoas nos dois anos, com seis óbitos nos oito primeiros meses deste ano e oito no mesmo período do ano passado. O número de mortes por choque (ocasião na qual um dos veículos ou objeto atingido não está em movimento) registrou o mesmo número de acidentes: um para cada ano.

Já os óbitos provocados por “outros tipos” de acidentes tiveram queda. Foram seis mortes por capotamento, tombamento e quedas em 2017, e nenhuma em 2018.

Neste ano, uma pessoa morreu em acidente “não especificado”, aqueles nos quais não houve o registro do tipo de ocorrência. No ano passado, dois óbitos foram incluídos nesta causa.

Ainda conforme Silva, a maioria dos acidentes ocorre por imprudência e poderiam ser evitados.

“Na maioria dos casos, alguém deixou de fazer algo que poderia. Diminuir a velocidade; manter distanciamento do veículo que está à frente; quando for ultrapassar, verificar se (o outro motorista) está dando seta; não ultrapassar pela direita e outros pontos são essenciais para evitar acidentes”, ressaltou.

Os dados do Infosiga são atualizados mensalmente pela Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e Corpo de Bombeiros. As corporações encaminham informações do SioPM (Sistema de Informações Operacionais da PM), que reúne dados de acionamento de viaturas para atendimento.