Gijo partiu de madrugada

Raymundo Farias de Oliveira *

Abril chegou com suas madrugadas frias derramando mais tristeza na solidão imposta pelo distanciamento social a que fomos jogados em razão da crise sanitária.

Há muito tempo um poeta me disse que abril é o mês mais triste…devia ter seus motivos para tanto.

Tal como o poeta português tenho também minhas tristezas de abril; e agora, mais uma: o coração do Gijo – o Gijo Castellano de Rio Claro – parou de bater as duas horas da madrugada do dia 8 deste abril…

Todos nós sabemos que “a vida é uma sombra que passa”, mas a vida do Gijo marcou indelevelmente os espíritos que com ele conviveram na sua fulgurante passagem por aqui como amigo – cristão – poeta – filósofo – político dedicado à promoção social…

Sua vida “passou” mas não passou em vão e certamente será acolhido com flores no reino celestial.

Seu exemplo e sua obra na política e no Sesi se eternizaram em nossos corações e em nossa profunda saudade.

* Nascido em Missão Velha, no cariri cearense, é procurador aposentado do estado de São Paulo. Tem poemas e crônicas publicadas em Portugal e na Argentina. Autor de diversos livros e colunista do jornal O Progresso.