Coop programa para final do ano segunda unidade em ‘fábrica’





A Coop (Cooperativa de Consumo) programa para o final deste ano a inauguração de sua segunda unidade em Tatuí. Ela funcionará em parte da área que abrigou a antiga fábrica Santa Adélia, na rua Coronel Lúcio Seabra, 772, no centro.

A empresa confirmou a notícia em comunicado à imprensa. Informou, também, que a segunda unidade terá área de atendimento de 2.100 metros quadrados e 14 caixas. Ela incluirá drogaria, cem vagas de estacionamento e 125 funcionários trabalhando em áreas diversas. Entre elas: mercearia, bazar, açougue, padaria e eletrodomésticos. Também oferecerão serviços via lojas Coop.

O prédio que abrigará a estrutura é tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo). Ele está sendo submetido a restauro, a partir de projeto aprovado pelo órgão.

Segundo a empresa, as obras preservarão o “tradicionalismo da linha arquitetônica externa”. O restauro será completado com “a modernidade das instalações internas dos móveis e equipamentos que constituirão a nova loja”.

História

Fundada em 3 de novembro de 1890, a Santa Adélia é considerada a segunda geração de indústrias têxteis do Estado de São Paulo e a segunda implantada no município.

A fábrica começou a operar com a razão social de “Campos & Irmãos” – nome cravado no prédio que ainda resiste ao tempo. Tinha como atividades principais “a exploração do comércio de fazendas, armarinhos, modas e ferragens”.

O quadro societário da indústria era formado, inicialmente, por Alcebíades Campos e Juvenal de Campos. A composição, no entanto, mudou no ano de 1908. Na época, a indústria produzia somente fios de algodão e produtos de malha.

De 1911 em diante, a empresa registrou aumento da produção da fiação. Ganhou uma seção de tecelagem, que ficou batizada como “Fábrica de Fiação e Tecidos Santa Cruz”. O nome permaneceu até a transferência para a família Gasparian, em 1951, quando passou a se chamar Santa Adélia.

A empresa chegou a ter 1.200 funcionários. Terminou com 170, dispensados a partir de março de 1981, pelo Grupo Vimor Empreendimentos que a assumiu em 1974.