Caracterizações evidenciam a vida e obras de Frida Kahlo





Despertar o interesse do espectador para a vida e obra da artista mexicana Frida Kahlo, estimular a compreensão e valorizar cada vez mais a diversidade sexual por meio da arte. Esses são os objetivos do projeto “Todos Podem ser Frida”, criado pela artista plástica Camila Fontenele de Miranda e que entra em exibição em Tatuí no MHPS (Museu Histórico “Paulo Setúbal”).

A exposição tem abertura programada para as 16h, sendo aberta ao público. O museu fica na praça Manoel Guedes, 98, no centro, e mantém os trabalhos em foto até o 8 de maio.

A mostra é formada por uma coletânea de imagens das caracterizações realizadas com os visitantes do Museu da Diversidade Sexual. Equipamento da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, o museu fica na Estação República. A produção aconteceu durante os meses de novembro e dezembro de 2014.

Frida foi uma das principais pintoras do século 20 e marcou o mundo com trabalhos de arte, usos de cores e traços e a própria história. Ela é a precursora da discussão sobre identidade de gênero, tendo inclusive, retratado em algumas de suas obras uma inversão, apresentando-se com roupas e em papéis masculinos.

O projeto reúne 34 imagens de visitantes/personagens, captadas pela fotógrafa. Camila realizou os trabalhos em parceria com maquiadores, promoveu intervenções artísticas e caracterizou os participantes como a artista mexicana.

“Todos Podem Ser Frida” é fruto de pesquisas realizadas pela fotógrafa e está dividido em “cinco fragmentos fotográficos”. Eles retratam os fatos mais impactantes da vida da artista: “Frida por Inteiro”, “O Amor de Frida”, “A dor de Frida”, “As Cores de Frida” e “O Aborto de Frida”. O estudo e os ensaios oficiais tiveram inicio em junho de 2012 e finalização em julho de 2013.

A produção foi realizada por artistas plásticos convidados pela idealizadora do projeto e os modelos retratados são todos do sexo masculino. A inversão de papéis e gênero foi propositadamente escolhida para mostrar que a imagem da Frida está presente nas várias nuances do ser humano. Além disso, essa questão está totalmente ligada aos rumores de sua bixessualidade.

A artista responsável pelo projeto é publicitária graduada na Uniso (Universidade de Sorocaba) e pós-graduada em cinema, TV e vídeo, no Centro Universitário Belas Artes, de São Paulo. Interessou-se por fotografia após participar de workshop da Oficina Cultural “Grande Otelo”, em 2007. A carreira de fotógrafa profissional começou em 2012, depois de um período em que atuou como publicitária. Até então, a fotografia era um passatempo.

Com o projeto, a fotógrafa percorreu três estados do Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais). Ela também apresentou o trabalho em Caserta, na Itália.