Da reportagem
No quinto mês de 2024, a cidade somou estoque de 30.301 postos de trabalho, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados no dia 27 de junho. É a maior quantidade de empregos em Tatuí, conforme a série histórica efetivada pela entidade, que começou em janeiro de 2020.
Segundo o órgão do Ministério do Trabalho e Emprego, Tatuí também está entre as cidades que mais empregaram em 2024 no estado, a partir de 1.266 empresas abertas no período (incluindo as MEIs).
Outro dado relevante apurado na cidade é que, pelo quinto mês consecutivo, o saldo de empregos foi positivo. Em maio, foram 1.311 admissões e 1.281 demissões, totalizando saldo de 30 postos de trabalho.
No acumulado do ano, de janeiro a maio, o saldo foi de 1.157 empregos, resultado de 6.986 admissões e 5.829 desligamentos, o que representa ganho de 172% quando comparado com o mesmo período de 2023, quando o saldo era de 425 empregos, decorrente de 5.510 admissões e 5.085 desligamentos.
Sobre o estoque atual, o número é maior, em 0,1%, se comparado a abril deste ano, quando eram 30.271 pessoas empregadas. Já em maio de 2023, foram registrados 28.651 vínculos, 1.650 a menos do que o mais recente. Ou seja, ocorrendo alta de 5,75%.
Esta última porcentagem representa crescimento maior do que algumas cidades da região, entre elas, Boituva (3,25%), Cerquilho (4,99%), Iperó (- 8,75%), Itapetininga (4,02%), Itu (3,23%), Salto (4,34%), Sorocaba (3,81%) e Tietê (4,70%). Por sua vez, o aumento no Brasil foi de 3,73% e, no estado de São Paulo, de 3,41%.
De acordo com o diretor de desenvolvimento econômico da prefeitura de Tatuí, Hamilton Silva, os principais fatores que explicam o desempenho positivo na geração de empregos são os incentivos fiscais, a aproximação do poder público com empresários e o setor de construção civil.
“Vem ocorrendo uma verdadeira abertura econômica para atrair novas empresas, com incentivos fiscais. Temos aqui uma cartilha, que é a lei de incentivo fiscal, e mudamos a lei, no final de 2023, para flexibilizar, inclusive, para pequenas empresas”, avaliou Silva.
Os benefícios fiscais são compreendidos como fundamentais para colaborar com a geração de empregos, considerando que toda isenção de impostos tem uma contrapartida para os empresários realizarem novos investimentos na cidade.
“Vou te dar o incentivo fiscal desde que contrate e produza mais. Isso traz mais arrecadação e emprego. E, para o empresário também é bom: em vez de investir em outra cidade, eles investem aqui, por causa do benefício fiscal”, ressaltou o diretor.
Segundo ele, o objetivo principal do município é trabalhar como um facilitador. Por isso, diversas visitas estão sendo feitas nas empresas. “Também temos um grupo com mais de 50 empresários com os quais a gente conversa, semanalmente, sobre coisas relevantes”, acrescentou.
O terceiro aspecto relevante para a geração de empregos, de acordo com o diretor, são as obras realizadas na cidade, tanto públicas quanto privadas.
“A empresa que venceu a licitação de uma obra pública tem que contratar pedreiro, carpinteiro, azulejista, eletricista, encanador, enfim, todo o setor de construção civil”, avaliou Silva.
“E as obras particulares são a mesma coisa, só que com a diferença da contrapartida, que, na minha opinião, é um dos principais fatores que vem acelerando e aquecendo esse mercado”, concluiu.
Setores
Em maio, dos cinco grandes grupos de atividade econômica, três registraram saldo positivo: indústria (com 47 novas vagas), agropecuária (19) e construção (13). Já as áreas de serviços e comércio tiveram saldo negativo, com menos 5 e 44 vagas, respectivamente.
O setor que mais contratou, nesse mês, foi a indústria, com 396 admissões e estoque de 10.142, o que representa alta de 10,61% nas contratações em relação ao mês anterior, quando houve 358 admissões e estoque de 10.095 postos.
No quinto mês deste ano, todos os setores registraram saldo positivo: indústria (78), serviços (78), comércio (67), construção (20) e agropecuária (6). Destes, o que mais contratou foi o de serviços, com 438 admissões e um total de 10.486 empregos formais.
Já em maio de 2023, apenas dois setores tiveram saldo positivo: comércio (30) e serviços (3), enquanto a construção (com menos 10), agropecuária (menos 33) e indústria (menos 103) ficaram no negativo.
Por sua vez, no acumulado do ano, de janeiro a maio deste ano, o saldo positivo dos setores teve o comportamento: serviços (mais 562 vagas), indústria (418), construção (131), agropecuária (27) e comércio (19). Destes setores, o de serviços continua sendo o maior destaque, com 2.296 admissões e 10.481 trabalhadores com carteira assinada.
Enquanto no acumulado dos cinco primeiros meses do ano anterior, o saldo positivo foi: serviços (com mais 163), indústria (147), comércio (97), construção (23) e agropecuária (menos 5).
O desempenho dos setores depende, basicamente, do momento econômico das empresas e da sazonalidade do mercado. “Por exemplo, no fim do ano, aumentam as vendas, então, óbvio que vão contratar mais. Janeiro caem as vendas; logo, é óbvio que vão demitir. Vai chegando maio e junho, as festas aquecem. Depois, chega agosto, e cai”, exemplificou Silva.
Mercado brasileiro
O balanço do Caged apontou que o Brasil fechou o mês de maio com saldo positivo de 131.811 empregos com carteira assinada. O resultado decorreu de 2.116.326 admissões e 1.984.515 desligamentos.
No acumulado entre janeiro e maio, o saldo foi positivo em 1.088.955 empregos, resultado de 11.038.628 admissões e 9.949.673 desligamentos. Já nos últimos 12 meses, de junho de 2023 a maio de 2024, houve saldo de 1.674.775 empregos, decorrente de 24.292.000 admissões e 22.617.225 desligamentos.
O maior crescimento do emprego formal do mês de maio ocorreu no setor de serviços, com a criação de 69.309 postos. Na agropecuária, foram 19.836 novos empregos, seguida da construção civil, com 18.149, indústria, com 18.145, e comércio, com 6.375.
Todas as regiões do país tiveram saldo positivo na geração de emprego em maio. No Sudeste, foram 102.517 postos, com variação positiva de 0,45% em relação a abril; no Sul, 9.505 postos (0,11%); no Centro-Oeste, 13.899 (0,35%); o Nordeste somou 14.577 (0,20%); e o Norte, 13.275 (0,60%).
Oportunidades
O Posto de Atendimento ao Trabalhador de Tatuí (PAT) tem mais de 600 vagas de emprego disponíveis para diferentes áreas. A prefeitura municipal também disponibiliza diversos cursos gratuitos de qualificação, por meio de convênios.