Da reportagem
O número de mortes por causas naturais apresentou redução no mês de agosto em Tatuí. Os dados são apontados em levantamento do Portal da Transparência do Registro Civil, administrado pela Arpen-Brasil (Associação Nacional dos registrados de Pessoas Naturais).
O órgão aponta um total de 80 óbitos declarados em agosto de 2021, 19,19% a menos que os 99 registrados no oitavo mês de 2020. Em comparação ao oitavo mês de 2019 (75), o número de mortes representa aumento de 6,66%.
O Portal da Transparência é atualizado diariamente por todos os cartórios do país. As estatísticas se baseiam nas declarações (documentos preenchidos pelos médicos que constatam os falecimentos) que dão origem às certidões de óbitos, registradas nos cartórios para a liberação dos sepultamentos.
Desde o início da pandemia, a plataforma do Registro Civil passou a informar dados de óbitos por Covid-19 (suspeita ou confirmada), e, ao longo dos meses, novos módulos sobre óbitos por doenças respiratórias e cardíacas foram adicionados ao portal, com filtros por estado e município.
As mortes por causas naturais são resultado de doença ou mau funcionamento interno dos órgãos, e, nesta classificação, estão inclusos os óbitos por Covid-19, SRAG (síndrome respiratória aguda grave), pneumonia, insuficiência respiratória e septicemia, que é o choque séptico.
Até às 17h de quinta-feira, 2, o registro apontava que, no mês de agosto deste ano, cinco pessoas haviam perdido a vida por pneumonia, duas por insuficiência respiratória e cinco por septicemia. Não houve morte por causa indeterminada (ligada a doença respiratória, mas não conclusiva) e por SRAG.
Além disso, o levantamento mostra um total de 18 mortes por Covid-19 em agosto. Contudo, a assessoria de comunicação do portal explica que, quando na declaração de óbito há menção de Covid-19, coronavírus ou novo coronavírus, considera-se como causa a Covid-19 (suspeita ou confirmada).
Entre as causas cardiovasculares, o levantamento apontava oito mortes por AVC, seis por infarto e cinco por questões vasculares inespecíficas. Outros 31 óbitos estão relacionados a outros tipos de doenças.
No oitavo mês de 2020, oito pessoas perderam a vida por pneumonia, quatro por insuficiência respiratória, oito por septicemia e uma por causa indeterminada. Não houve morte por SRAG em agosto do ano passado.
Além disso, o levantamento mostra um total de 22 mortes por Covid-19 em agosto de 2020. Entre as causas cardiovasculares, o levantamento aponta oito mortes por AVC, dez por infarto e sete por causas vasculares inespecíficas. Outros 31 óbitos estão relacionados a outros tipos de doenças.
A base de dados é abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos (naturais e violentos) registrados nos Cartórios de Registro Civil do país. Os números ainda podem ser alterados, uma vez que o portal tem prazo legal de até 14 dias para lançar os óbitos.
A família tem até 24 horas após o falecimento para registrar o óbito em cartório, o qual, por sua vez, tem até cinco dias para formalizar o falecimento e, depois, até oito para enviar o ato à Central Nacional de Informações do Registro Civil, que atualiza a plataforma.
Oito meses
Os números levantados pelo portal mostram que os casos de mortes por causas naturais nos meses de janeiro a agosto tiveram aumento de 56,06% em comparação ao mesmo período do ano passado e de 71,95% em relação aos primeiros oito meses de 2019.
Conforme o relatório, de janeiro a agosto de 2021, 1.030 mortes por diversas causas ocorreram na cidade. Já no ano passado, foram 660 declarações de óbitos nos oito meses e, em 2019, 599 – antes da pandemia.
O registro dos primeiros oito meses deste ano aponta 2 mortes por SRAG, 82 por pneumonia, 44 por insuficiência respiratória, 54 por septicemia, 2 por causa indeterminada e 377 por Covid-19.
Entre as causas cardiovasculares, o levantamento apresenta 56 mortes por AVC, 61 por infarto, 81 por causas vasculares inespecíficas e outros 271 óbitos relacionados a outros tipos de doenças.
Nos mesmos oito meses de 2020, houve 3 registros de morte por síndrome respiratória aguda grave, 95 por pneumonia, 36 por insuficiência respiratória, 61 por septicemia e 2 por causas respiratórias indeterminadas.
Além disso, no mesmo período do ano passado, 65 pessoas faleceram por Covid-19, 58 por AVC, 55 por infarto e 75 por causas vasculares inespecíficas – outros 250 óbitos estão relacionados a outros tipos de doenças.