Incubadora de Empresas vai ganhar ambiente de ‘coworking’ em 2016





A Incubadora de Empresas de Tatuí, uma parceria entre a Prefeitura, a Fatec (Faculdade de Tecnologia) “Professor Wilson Roberto Ribeiro de Camargo” e o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), comemora o sexto aniversário com novidades para 2016.

A partir deste ano, a incubadora ganhará um espaço de “coworking”, uma sala onde duas empresas de tecnologia dividirão o mesmo espaço.

A iniciativa, segundo a gestora Therezinha Muhamed Jamoul, busca acompanhar a tendência de mercado em que as incubadoras assumem um perfil mais tecnológico e de inovação.

“A ideia é que essas empresas que não precisam de muito espaço compartilhem o local de trabalho. Então, eles trazem o notebook e trabalham aqui dentro, usando o telefone, a internet”, afirmou.

Outras incubadoras já seguem o modelo, no qual “startups” dividem o mesmo local de trabalho. Com o compartilhamento, a ideia é que os empreendedores façam trocas de experiência e se ajudem nos momentos de dificuldades.

Com a readequação de espaço, um edital abrindo duas vagas para a incubadora será aberto ainda no primeiro semestre. O processo de adesão ao coworking será o mesmo para as outras empresas. Só a sala de trabalho é diferenciada, disse a gestora.

“A partir da aprovação, a gente avalia o perfil de cada empresa para ver se elas podem trabalhar juntas. O local de trabalho é cada uma que cuida, de acordo com a necessidade”.

Nos seis anos de funcionamento, oito empresas já passaram pela incubadora e deixaram o local após ganharem maturidade para o mercado. O período de maturação de uma empresa dentro do projeto é de 24 meses, podendo ser estendido até 36 meses.

Enquanto estão dentro da incubadora, os empreendedores recebem apoio na gestão das microempresas. O planejamento e a administração financeira são as principais dificuldades dos empresários quando abrem os negócios.

“A principal dificuldade é a gestão da empresa. A função da incubadora é ajudar na gestão, pois a ‘expertise’ da prática eles já têm”, declarou.

A contratação de mão de obra, os empecilhos burocráticos e o gerenciamento de recursos funcionam como pequenas pedras na caminhada da consolidação de empresas.

Os seis primeiros meses são gastos na abertura e oficialização do negócio. Há casos de empresas já constituídas que procuram a incubadora para conseguirem a adesão, que é feita por meio de editais.

“As empresas não precisam ter CNPJ, podem estar em fase de abertura. O negócio tem que ter o perfil inovador. O mercado está buscando inovação e elas precisam de um suporte maior, para saber se é viável ou não”, afirmou.

Aquela ideia de que incubadoras abrigam pequenas fábricas está ficando no passado. De acordo com Therezinha, apesar de quatro das sete empresas que estão dentro do projeto serem do modelo “antigo”, o foco da incubadora nos próximos editais é buscar empresas tecnológicas e inovadoras.

“Nós vamos começar a bater mais no perfil de empresas de base tecnológica, especializar mais neste sentido”, afirmou.

Uma das vantagens das empresas tecnológicas é que o investimento inicial é menor, o que facilita no retorno financeiro, que é mais rápido. Na parceria tripartite, o Sebrae entra com a capacitação e a orientação na gestão do negócio.

A Fatec, além de ceder o local, disponibiliza os laboratórios e a biblioteca para os empreendedores. Professores orientam e dão suporte necessário para as empresas.

“Estamos dentro do campus da Fatec. Tem uma professora que capacita os empreendedores a montar o projeto no ‘Canvas Business Model’, que é um quadro de modelo de negócios”, afirmou.

No processo de seleção, os candidatos apresentam um plano de negócios, avaliado pela incubadora. Depois de aprovados, os novos empresários aprofundam o plano e montam o “Canvas”. As etapas são acompanhadas por uma professora e por profissionais do Sebrae.

De acordo com Therezinha, de 10 a 15 pessoas procuram a incubadora para receberem orientações sobre como aderir ao projeto. “Antigamente, o empresário esperava mais pelas informações. Creio que, hoje, eles correm mais atrás para serem orientados”.

Um exemplo da busca de informações é a Semana Global de Empreendedorismo. Realizada em novembro do ano passado, o evento atraiu média de 150 pessoas por palestra.

“Tivemos a presença de palestrantes, profissionais do Sebrae e as conferências dos próprios empreendedores da incubadora. Foram dez palestras”, explicou.

Para o futuro, a incubadora espera conseguir se tornar “independente”, com gestão financeira própria. Tudo isso depende dos trâmites burocráticos, que são cuidados pelos jurídicos da Prefeitura, Fatec e Sebrae.

“Depois da formalização, vamos ter uma gestão financeira própria aqui dentro. Vamos poder contratar serviços. Se uma empresa está com dificuldade em alguma coisa e dentro das parcerias não temos um profissional adequado, através disso, podemos oferecer esse serviço à empresa”.