Vigilância de Tatuí confirma mais de 200 casos de dengue a cada 24 horas

Equipe da prefeitura realiza nebulização nos bairros (Foto: AI Prefeitura)
Da redação

Em menos de 90 dias, Tatuí registrou mais de 6.000 casos positivos de dengue. Novo boletim da Vigilância Epidemiológica, órgão da Secretaria de Saúde, divulgado nesta sexta-feira, 19, apontou aumento de 28,94% nos casos da doença, com 1.433 novas confirmações em uma semana.

Até sexta-feira da semana passada, 12, a cidade havia somado 4.950 casos. Já nesta sexta-feira, a VE informou ter totalizado 6.383 moradores contaminados – média diária de 204,7 confirmações, ou seja, 8,5 casos de dengue por hora.

O número sobe diariamente. Somente na quinta-feira, 18, 317 casos foram confirmados na cidade. O índice soma todos os pacientes que receberam atendimento na UPA (unidade de pronto atendimento), no hospital da Unimed e na Unidade de Atendimento à Dengue, da Santa Casa de Misericórdia.

De acordo com a secretária Municipal da Saúde, Tirza Luiza de Melo Meira Martins, nos bairros onde houve registro dos autóctones, o Centro de Controle de Zoonoses realizou a nebulização (aplicação de inseticida) pelas ruas.

A maioria dos casos é autóctone (contraídos no município) e ocorre na região no Jardim Santa Rita de Cássia. Contudo, conforme a VE, já há registro de casos positivos em todos os bairros da cidade.

Os relatórios apontam que, somente nos últimos 30 dias, o índice de casos positivos da doença subiu 337,79% no município, já que, até 18 de fevereiro, o órgão somava 1.458 casos confirmados da doença.

Ainda conforme o órgão, entre os casos confirmados, os números que mais subiram nos últimos 30 dias são os dos casos contraídos no município. Na ocasião, a cidade somava 1.454 autóctones e quatro importados.

A secretária alerta que, mesmo enfrentando a pandemia, os moradores não podem deixar de se prevenir contra a dengue e orienta que aproveitem o isolamento social como oportunidade para cuidar da limpeza da casa e dos quintais.

“Evitar a reprodução do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da doença, é o foco do nosso trabalho. É preciso muito cuidado e atenção com os criadouros. Por isso, nós sempre reforçamos o pedido para que as pessoas não deixem água parada”, orienta Tirza.

A indicação é a mesma de sempre: não deixar água parada nos vasos de plantas, manter caixas d’água tampadas, lavar diariamente os bebedouros de animais e manter o quintal organizado.

A secretaria ainda orienta que, para saber se a pessoa contraiu a dengue, é preciso consultar médico e realizar exames. Os sintomas da doença podem ser confundidos com outras patologias.

Segundo o Ministério da Saúde, as ocorrências mais comuns são: febre alta, erupções cutâneas e dores musculares e articulares. Em casos mais graves, o paciente pode sofrer hemorragia intensa e choque hemorrágico (quando perde mais de 20% do sangue ou fluídos corporais), o que pode ser fatal.

“Se a pessoa sentir os sintomas relacionados à doença, é importante que não se automedique. Que ela procure o atendimento médico, nas unidades de saúde ou na Unidade de Atendimento à Dengue da Santa Casa”, aponta Tirza.

Os doentes podem também sofrer dores fortes nas articulações, nos músculos, atrás dos olhos, costas, abdômen e ossos. Os sintomas ainda incluem dor de cabeça, manchas avermelhadas pelo corpo e náuseas.

A enfermeira reiterou que todas as pessoas que apresentarem febre, acompanhada de, pelo menos, dois sintomas, como náuseas, vômitos, manchas avermelhadas pelo corpo, dor nas articulações, dor de cabeça ou dor no fundo dos olhos, devem procurar a Unidade de Atendimento à Dengue, de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 17h.

No período noturno e aos finais de semana, é necessário procurar a UPA (unidade de pronto atendimento). Conforme protocolo do Ministério da Saúde, todas as unidades básicas de saúde também atendem suspeitas de dengue, realizam as notificações, a coleta de exames e todas as ações necessárias.