Da redação
O acordeonista Toninho Ferragutti e o Quinteto de Cordas estarão juntos para apresentar o espetáculo “De Sol a Sol”, dia 17, às 20h, no Teatro “Procópio Ferreira, do Conservatório de Tatuí. A entrada é gratuita.
No repertório, composições do acordeonista paulista, natural de Socorro, criadas especialmente para uma formação pouco explorada no universo musical, com acordeon, violinos, viola, violoncelo e contrabaixo – a maioria delas registrada no disco “De Sol a Sol”, além de outras do álbum “Nem Sol Nem Lua”.
O músico, compositor e arranjador Toninho Ferragutti é conhecido e aclamado como um dos mais inventivos e talentosos acordeonistas da atualidade.
Em quase 40 anos de carreira, gravou inúmeros álbuns, teve três trabalhos indicados ao Grammy e tocou com importantes músicos nacionais e internacionais, além de orquestras.
“De Sol a Sol” foi gravado com o quinteto formado por Luiz Amato e Liliana Chiriac (violinos), Adriana Schincariol (viola), Adriana Holtz (violoncelo) e Zé Alexandre Carvalho (contrabaixo).
Todos têm carreiras sólidas na música erudita e passagens pelas principais orquestras brasileiras, como a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) e a Orquestra Sinfônica Municipal (OSM), “mas que trazem grande compreensão da música popular, de seus códigos e sua linguagem”, segundo a assessoria de comunicação do evento.
O projeto de circulação dos shows “De Sol a Sol” foi viabilizado pelo Programa de Ação Cultural (Proac), do estado de São Paulo, com a elaboração, gestão e coordenação geral do projeto de Gisella Gonçalves, da Borandá Produções.
Os músicos
Toninho Ferragutti é músico, compositor e arranjador. Nasceu em Socorro, no interior de São Paulo, onde foi incentivado pelo pai, Pedro Ferragutti, também músico saxofonista e compositor de valsas, choros, dobrados e marchas.
Fez a formação acadêmica no Conservatório Gomes Cardin, em Campinas, acrescentada de aulas particulares de acordeom, com Dante D´Alonzo, e harmonia, com Cláudio Leal Ferreira. Também credita sua formação às inúmeras rodas de choro, grupos de baile, de música gaúcha e gafieiras dos quais participou.
Em mais de 35 anos de carreira, participou de shows e álbuns de importantes artistas no Brasil e exterior, como Gilberto Gil, Edu Lobo, Antonio Nóbrega, Elba Ramalho, Mônica Salmaso, Geraldo Azevedo, Zé Ramalho, Chico Cesar, Sivuca, Dominguinhos, Oswaldinho do Acordeon, Lenine, Paulo Moura, Marisa Monte, Elza Soares, Dori Caymmi, Joyce, Nelson Ayres, Nico Assunção, Hermeto Paschoal, Lenine, Elza Soares, Grupo Corpo, Mario Adnet, Proveta, Maira João, Mario Lajinha (Portugal), Seigen Ono (Japão) e Antonio Placer (França).
Também já tocou, como solista, com diversas orquestras sinfônicas como a Osesp, Orquestras Jazz Sinfônica de São Paulo, Orquestra Petrobras Pró-Música, Orquestra de Câmara da Universidade da Paraíba, Orquestra Sinfônica do Recife, sob a regência de Cláudio Cruz, Ciro Pereira, Nelson Ayres, Wagner Tiso, Karabtchevsky, João Maurício Galindo, Carlos Anísio e Osman Gioia.
Tem 15 álbuns solo e em parceria, com indicações ao Grammy Latino, Prêmio Tim e Prêmio Governador do Estado de São Paulo, pelo trabalho apresentado no decorrer do ano de 2011.
Foi vencedor do 28º Prêmio da Música Brasileira (2017) na categoria música instrumental, como melhor solista, por sua atuação no álbum “A Gata Café”. Possui músicas gravadas pela Orquestra Jazz Sinfônica de São Paulo e pela Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.
Seu CD “Sanfonemas” foi indicado ao Grammy Latino no ano 2000 como melhor de música regional; “Nem Sol nem Lua”, disco de 2006, foi considerado um dos dez melhores trabalhos de música instrumental do ano.
Já “O Sorriso da Manu” integrou a lista dos dez melhores CDs de 2012, na opinião do crítico musical Carlos Calado. É professor, promove oficinas musicais em casa e é “devoto” de Dominguinhos, Hermeto Pascoal e Gilberto Gil.
Luiz Amato é natural de São Paulo, violinista e professor, com mestrado pelo New England Conservatory (Boston, EUA) e doutorado pela Universidade da Califórnia (EUA).
Foi diretor artístico da Orquestra de Câmara da Unesp e spalla da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo. Atualmente, é professor da Unesp.
Liliana Chiriac nasceu em Chishinau (Moldávia), e reside no Brasil desde 1998. Exerceu a função de concertino na Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto.
Desde 2002, integra o naipe de violinos da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal de São Paulo e da Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo. É professora da Emesp Tom Jobim, na capital paulista.
Adriana Schincariol é violista e professora, integra a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal de São Paulo e leciona viola e música de câmara no Conservatório de Tatuí, nas faculdades UNI-Fiam e Faam, no Instituto Baccarelli e na Emesp Tom Jobim.
Mariana Amaral é violoncelista. Iniciou os estudos de música aos sete anos, no Conservatório de Tatuí. Estudou na Folkwang Universität der Künste (Essen, Alemanha). Foi professora do Instituto Elga Marte e Instituto Baccarelli.
É concertino do naipe de violoncelos da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo e integra o São Paulo Piano Quartet. Atua como violoncelista convidada da Osesp desde 2008.
Zé Alexandre Carvalho, contrabaixista e arranjador, atua em diversos estilos e formações, tanto na área do popular como do erudito. Foi diretor pedagógico da Escola do Auditório Ibirapuera, em São Paulo, e é professor titular da Faculdade de Música da Unicamp, mesma instituição onde formou-se bacharel, mestre e doutor em música.