Tatuí tem queda de 15,3% nos registros de morte em 30 dias

Da reportagem

O número de mortes por causas naturais teve queda de 13,26%, entre o oitavo e nono mês de 2020. Em contrapartida, o município registrou aumento de 7,59% em setembro deste ano em comparação ao mesmo mês do ano passado.

Os dados são apontados por levantamento divulgado no Portal da Transparência do Registro Civil, órgão administrado pela Arpen-Brasil (Associação Nacional dos registrados de Pessoas Naturais).

Os dados, consultados na manhã de terça-feira, 6, apontavam um total de 85 óbitos declarados em setembro deste ano, enquanto em agosto 98 pessoas perderam a vida por causas naturais.

Apesar da redução entre um mês e outro, o índice representa o mês de setembro com maior número de declarações de óbitos desde 2015. Nesse mês de 2019, foram emitidas 79 declarações de óbito. Em comparação com setembro de 2018 (61), 2020 apresentou acréscimo de 39,34% nas mortes.

Já com relação a 2017 (75), foram 13,33% a mais, enquanto, na comparação com 2016 (78), o percentual de aumento em 2020 é de 8,97% e, em relação a 2015 (73), o crescimento somou 16,43%.

O Portal da Transparência é atualizado diariamente por todos os cartórios do país. As estatísticas se baseiam nas declarações (documentos preenchidos dos médicos com os falecimentos) que dão origem às certidões de óbito, registradas nos cartórios para a liberação dos sepultamentos.

Desde o início da pandemia, a plataforma do Registro Civil passou a informar dados de óbitos por Covid-19 (suspeitos ou confirmados) e, ao longo dos meses, novos módulos abrangendo mortes por doenças respiratórias e cardíacas foram adicionados ao portal, com filtros por estado e município.

Os números levantados pelo portal ainda mostram que os casos de mortes por causas naturais, nos meses de março a outubro – período da quarentena determinada pelo estado – deste ano, tiveram aumento de 11,44%, em comparação ao mesmo período do ano passado.

Conforme o relatório, entre os dias 16 de março e esta terça-feira, 6, 555 mortes por diversas causas foram registradas na cidade. Já no ano passado, foram emitidas 498 declarações de óbitos no mesmo período.

Segundo o levantamento, o crescimento foi de 57 óbitos no período de março a outubro. O maior crescimento, em percentual, foi contabilizado em março, com 15 mortes a mais que no mesmo mês do ano passado, passando de 26 para 41 (57,69%).

Ainda em comparação a 2019, os dados mostram aumento de 67 para 70 casos (4,47%) em abril, de 67 para 89 (32,83%) em maio, 78 para 93 (19,23%) em junho e de 75 para 98 (25,64%) em agosto.

O mês de julho aparece com 26,80% menos mortes, passando de 97 para 71, no período. Já nos seis dias de outubro, em relação ao mesmo período do ano passado, houve redução, passando de nove para oito casos.

As mortes por causas naturais são resultado de doença ou mau funcionamento interno dos órgãos, e, nesta classificação, estão inclusos os óbitos por Covid-19, a SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), pneumonia, insuficiência respiratória e septicemia (choque séptico).

Até às 8h de terça-feira, 6, o registro apontava três mortes por SRAG, 75 por pneumonia, 30 por insuficiência respiratória, 53 por septicemia e uma por causa indeterminada (ligada a doença respiratória, mas não conclusiva).

Além disso, o levantamento mostrava um total de 82 mortes por Covid-19 neste ano. Contudo, a assessoria de comunicação do portal explica que, quando na declaração de óbito há menção de Covid-19, coronavírus ou novo coronavírus, considera-se como causa a Covid-19 (suspeita ou confirmada).

Entre as causas cardiovasculares, o levantamento aponta 48 mortes por AVC, 49 por infarto e 40 por causas vasculares inespecíficas. Outros 198 óbitos estão relacionados a outros tipos de doenças.

Nos mesmos 204 dias de 2019, houve dois registros de morte por síndrome respiratória aguda grave, 105 por pneumonia, 25 por insuficiência respiratória, 68 por septicemia e quatro por causas respiratórias indeterminadas.

Além disso, 47 pessoas faleceram por AVC, 25 por infarto, 29 por outras causas cardiovasculares inespecíficas e 200 óbitos estão relacionados às demais doenças.

A atualização do Portal da Transparência pelos registros de óbitos lavrados pelos cartórios de registro civil obedece a prazos legais. A família tem até 24 horas após o falecimento para registrar o óbito em cartório, o qual, por sua vez, tem até cinco dias para efetuar o registro e, depois, até oito dias para enviar o ato à Central Nacional de Informações do Registro Civil, que atualiza a plataforma.