Da redação
A companhia de performances ST DNC reestreia neste sábado, 21, o espetáculo “Entre(laços) – Um Documentário Cênico”, peça que recebeu sete prêmios pelo V Festival Cena Teatral Taperá, realizado pela STCA Produção, na cidade de Salto (SP), em 2019.
A reapresentação acontece às 19h, no anfiteatro do Centro de Artes e Esportes Unificados “Fotógrafo Victor Hugo da Costa Pires”, o CEU das Artes, à rua Cândido José de Oliveira, 475, vila Santa Helena – seguindo todos os protocolos de prevenção à Covid-19.
Conforme a trupe, o espetáculo “é um projeto que se baseia nas doenças psicológicas e desenvolve, de maneira sustentável, a plástica do enredo, abrangendo o ‘plástico’ como opressor do meio ambiente e representando performaticamente a opressão das doenças”.
O processo de criação e montagem da cena durou cinco meses e, desta vez, mostra a realidade de artistas locais diagnosticados com depressão, síndrome do pânico, ansiedade, transtorno bipolar e transtorno obsessivo compulsivo, “com o objetivo de sensibilizar o laço afetivo entre familiares e amigos”.
Segundo a companhia, a proposta de encenação começou em fevereiro de 2019, por meio de uma enquete lançada nas redes sociais, que buscava descobrir artistas com doenças psicológicas.
“Foram solicitados fotos, depoimentos, relatos, desabafos e conselhos, que tornaram o espetáculo um documentário cênico em que os personagens são os próprios artistas, que compartilharam suas fragilidades para a criação”, relata o grupo.
No elenco, estão os atores e bailarinos: Camila Vieira, Kellen Faustinoni e Mat Kaytan; e Vitória Silva, na operação de luz e sonoplastia.
A reestreia marca o retorno da companhia, após dois anos e cinco meses sem contato com os palcos. Durante o período, o grupo continuou ativo, porém, com apresentações virtuais.
Segundo o diretor artístico Mat Kaytan, retornar com a obra “faz ainda mais sentido”. “A sociedade vive um holocausto com a pandemia, muitas famílias perderam parentes, amigos, e a situação fez aumentar o número de pessoas com problemas psicológicos”, argumenta.
O diretor acrescenta que, com o espetáculo, a companhia pretende “estabelecer as conexões e os laços afetivos entre o público, tal como gerar sensibilidade e empatia para com as pessoas”.