Da redação
Nos primeiros dias de janeiro, a prefeitura de Tatuí, por meio das Secretarias de Assistência e Desenvolvimento Social e da Segurança Pública e Mobilidade Urbana, junto com a Guarda Civil Municipal e o Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), realizou duas operações de abordagem, no centro da cidade, com o intuito de retirar pessoas em situação de rua e levá-las para casas de acolhimento.
As operações resultaram em 17 abordagens, nos dias 6 e 7. Na noite de quinta-feira, a operação percorreu a rua 11 de Agosto (arredores da loja Cybelar), a Praça da Matriz e o Mercado Municipal, abordando 15 pessoas, das quais quatro foram acolhidas e três, levadas para as residências – oito pessoas rejeitaram a ajuda.
Já na manhã de sexta-feira, foram abordadas duas pessoas em frente à antiga sede do Departamento Municipal de Trânsito. Uma delas alegou ser de São Paulo e que estaria no município havia algumas semanas em busca de tratamento para dependência química.
Conforme a prefeitura, a pessoa solicitou passagem de ônibus para Porto Feliz, dizendo que lá haveria uma comunidade terapêutica onde gostaria de se internar.
Já a outra pessoa apresentou “uma fala desconexa”, aparentando ter problemas psiquiátricos. Por isso, será atendida pelo Creas. Ambos foram qualificados pela Guarda Civil Municipal.
A ação também foi realizada em virtude do aumento do número de pessoas em situação de rua em Tatuí, principalmente na área central, o que ocasionou diversas reclamações de comerciantes.
“Entretanto, a prefeitura promove operações como estas constantemente: abordando, identificando e qualificando estas pessoas e lhes oferecendo os serviços de acolhimento na Casa de Apoio ao Irmão de Rua São José; de internação voluntária nas comunidades terapêuticas; de passagens para seguirem viagem; e de outros encaminhamentos necessários, como contato com a família, auxílio com a segunda via de documentação civil, entre outros”, conforme divulgado pela municipalidade.
A Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura realizou, no dia 7, uma limpeza nas margens do ribeirão Manduca, onde havia uma pequena barraca – em que, possivelmente, estariam pessoas em situação de rua -, que foi queimada, restando apenas cinzas no local.
A Casa de Apoio ao Irmão de Rua São José oferece acolhimento temporário, alimentação, higiene e guarda de pertences. Atualmente, cerca de 60 pessoas podem ser atendidas pela entidade, além de outras 20, que podem se alimentar no local, mesmo se não desejarem o acolhimento.
Além disso, a Casa de Apoio tem o serviço “Casa de Passagem”, que oferece abrigo para pessoas que estejam em trânsito (trecheiros). Segundo relatórios, sete pessoas, em média, usufruem do benefício. No entanto, no fim de 2021, esse número saltou para uma média de nove pessoas.