Prefeitura define imóvel a tatuianos que realizam tratamento em Jaú

Próxima etapa é arrecadar doações de equipamentos e do mobiliário

Camargo, prefeito e Rezende na futura casa de apoio, em Jaú (foto: AI Prefeitura)
Da reportagem

O prefeito Miguel Lopes Cardoso Júnior afirmou, na quarta-feira, 7, já ter assinado o contrato de locação, até 2024, de uma casa de apoio aos pacientes tatuianos que realizam tratamento de câncer no HAC (Hospital “Amaral Carvalho”), em Jaú (SP). O imóvel passará por reformas de estruturação, tendo previsão de entrega para o mês de agosto.

“Nossa meta era conseguir uma casa que fosse próxima ao HAC e que tivesse uma estrutura física adequada”, salientou o prefeito. O imóvel é térreo e possui duas salas amplas, cozinha, lavanderia, três banheiros, quatro quartos, sendo uma suíte destinada ao público feminino e outra aos motoristas que transportarão os tatuianos.

“Provavelmente, cada um deve conhecer pessoas que têm de viajar duas, três ou até quatro vezes na semana, com o corpo debilitado. Com essa iniciativa, permitiremos um conforto e um controle dos gastos com viagens maiores para a população”, comentou Cardoso Júnior.

O prefeito ressaltou que serão contratados alguns funcionários, como uma governanta, responsável pelo preparo da alimentação básica aos pacientes e acompanhantes.

Já uma nutricionista elaborará os cardápios destinados a cada paciente, de acordo com a dieta passada pelos médicos. “A prefeitura enviará os insumos duas vezes por semana, para que as refeições sejam feitas”, explicou o prefeito. Será também efetivado um vigia, para cuidar da residência.

O HAC está a 193 quilômetros de Tatuí. Desta forma, para irem ao hospital e, posteriormente, retornarem ao município, os pacientes tatuianos têm de percorrer, no mínimo, 390 quilômetros.

Cardoso Júnior argumentou que há pacientes que realizam quimioterapia ou passam por consultas no período da manhã e têm de aguardar os outros que realizam os procedimentos à tarde.

O prefeito exemplificou que os pacientes que realizam tratamento das 7h às 10h poderão permanecer na casa de apoio, descansando ou para tomar café e almoçar, até que possam voltar a Tatuí com os moradores que vierem a receber atendimentos mais tarde. “Vamos oferecer roupa de cama e banho”, antecipou.

“Pacientes que passam por quimioterapia poderão estar se recuperando na casa de apoio. A sessão de quimioterapia é muito agressiva ao organismo da pessoa. Ela acaba tendo náuseas, vômitos, ficando bastante debilitada”, enfatizou Cardoso Júnior. Os pacientes serão levados de acordo com o cronograma das consultas.

O secretário do Governo e Negócios Jurídicos, Renato Pereira de Camargo, destacou que a prefeitura está dialogando com a entidade Liga Tatuiana de Assistência a Cancerosos (Litac) para firmar uma futura parceria. “A princípio, a ideia é que a Litac administre a casa de apoio e toda a logística envolvida”, contou.

Segundo Camargo, no final de 2021, o Legislativo entrou em acordo e fez a devolução do duodécimo à prefeitura para a destinação da casa de apoio, com o intuito de custear o aluguel e as pessoas que trabalharão na casa. “Prontamente, o prefeito Cardoso Júnior se sensibilizou e destinou uma parcela deste recurso à casa de Jaú”, explicou.

De acordo com o secretário, está em estudo o lançamento de edital de doação, com uma lista completa de itens que a casa precisará para funcionar, como geladeira, camas, fogão, sofás, micro-ondas, TV, máquina de lavar roupas entre outros.

“A ideia é sensibilizar pessoas físicas e jurídicas para que possam contribuir”, complementou. Camargo afirmou que já há interessados e, com o edital, este processo será mais organizado.

O secretário também antecipou que, nos próximos dias, haverá reuniões para se alinhar os detalhes sobre a reforma completa da casa e a inauguração dela.

A reivindicação começou no ano passado, quando vereadores solicitaram, junto à prefeitura, a disponibilidade de uma casa de apoio em Jaú, para os pacientes que se tratam no HAC.

Na época, os pedidos foram assinados por Antonio Marcos de Abreu (PSDB), João Éder Alves Miguel (MDB), Paulo Sérgio de Almeida Martins (PRTB), Fábio Antônio Villa Nova (PP) e Márcio Antônio de Camargo (PSDB).

Na época, a Secretaria Municipal de Saúde informou que o assunto seria analisado sobre a possível viabilidade. Já nas respostas aos pedidos, a pasta afirmou que a situação inexistia nas diretrizes estabelecidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Contudo, segundo divulgado na época, Simone Marquetto, prefeita de Itapetininga, já alugara casas em Jaú e Barretos aos pacientes itapetininganos em tratamento de câncer.