TSE
Médico mora há 27 anos na cidade e é a primeira vez que concorre a cargo político
Anunciada na semana passada, a candidatura a deputado estadual do médico pediatra João de Oliveira Filho (PTB) já consta no registro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O candidato concorrerá, por Tatuí e região, a um cargo na Assembleia Legislativa.
Nascido em São Paulo, o médico disse que está a quase 27 anos morando na cidade e que, desde quando chegou, “corre atrás de recursos para melhorar a saúde”. Pensando nisso, decidiu lançar o nome em uma candidatura.
Conforme Oliveira Filho, a plataforma de trabalho, se for eleito deputado estadual, será, principalmente, saúde para Tatuí e região. O médico afirmou que, caso consiga, um lugar na Assembleia “será mais fácil lutar por melhorias”.
Essa é a primeira vez que o médico “está lançando-se” na política. “Na verdade, é aquele negócio, poderia tentar alguma coisa a nível municipal. Mas os recursos vêm de fora, você tem que brigar mais ‘lá em cima’. E quando você é do ramo, para conseguir as coisas lá fora é melhor”, afirmou.
Oliveira Filho possui consultório médico na cidade e atua, também, na parte administrativa da Santa Casa. Nas duas posições, ele afirmou que percebe que existem muitas dificuldades na área de saúde.
De acordo com ele, a maior delas e enfrentada pela classe médica é a falta de recursos. O médico declarou que faltam verbas para que os profissionais da saúde possam agir em função da população. Conforme ele, a contratação de mais funcionários não é considerada solução dos problemas que a saúde enfrenta.
“Não adianta você ficar trazendo médico de fora se não der a ferramenta que ele precisa. A medicina evoluiu muito, as coisas modificaram. Trinta anos atrás você agia de outra forma. Por essa visão, eu tenho condições de buscar coisas por causa do conhecimento na área de saúde”, argumentou Oliveira Filho.
Por saber das dificuldades enfrentadas pelos médicos e por trabalhar na Santa Casa, ele disse que “sempre tentou correr atrás de recursos para melhorias”. Atualmente, Oliveira Filho acredita que esta seja a “hora de buscar mais”.
O médico declarou que “chegou o momento em que ele acredita conseguir fazer mais alguma coisa pela área da saúde de Tatuí”. Na visão dele, com um deputado representando a cidade e com interesse na área médica, os recursos podem surgir mais rapidamente.
Oliveira Filho afirmou que tem como diferencial o trabalho como médico. Ele sustentou que a candidatura é uma tentativa de melhorar as condições da cidade. Apesar disso, o médico declarou que vai tentar recursos para outras áreas.
“Mas o foco principal é isso (saúde). Acho que, como médico, sempre lutando pelas melhorias, tenho mais condições. Ou, pelo menos, conhecimento maior”, considerou.
Oliveira Filho concorre com partido coligado ao do prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, que é o PMDB. Entretanto, o médico garante que a decisão pela candidatura aconteceu de forma conjunta, não sendo “ideia do prefeito”.
O médico acrescentou, ainda, que terá o apoio do prefeito, mas o convite pela candidatura surgiu há alguns anos. “Já era uma ideia do partido, mas eu, lá atrás, não quis. Agora, acho que chegou o momento de começar a vida um pouco nesse sentido”.
Em entrevista, ele frisou que decidiu ser candidato porque “se sente maduro para concorrer e exercer a função, caso seja eleito”. Segundo o pediatra, os anos de trabalho na área da saúde o habilitaram para a função, uma vez que ele “foi adquirindo conhecimento para saber quais pontos precisam de melhorias”.
O candidato também disse que pretende contar com apoio da classe médica local e regional. Ele espera obter 50 mil votos que seriam necessários para ser eleito.
Para isso, ele deverá usar o método “mais enxuto”. A principal maneira de correr atrás de votos na campanha eleitoral será por meio do “boca a boca”. O médico disse que muitas pessoas estão apoiando a candidatura dele e ajudando na divulgação.
Apesar do envolvimento na campanha política, o médico disse que não deixará de exercer a profissão. Ele garantiu que antes das eleições – que acontecem no dia 5 de outubro – e depois, caso for eleito, não deixará de clinicar.
“Não posso deixar minha profissão, porque somos um grupo pequeno de pediatras. Se um deixar, ou sair do esquema, a coisa fica mais vulnerável”, argumentou.
Por fim, o médico disse que não sabe como será o futuro se for eleito, mas reafirmou que não quer deixar o cargo que possui na Santa Casa e nem o consultório médico. Oliveira Filho destacou que tentará se organizar e fazer “adaptações” para conciliar as três agendas (de médico, diretor do hospital e futuro deputado).