Papilomavírus humano

(Artigo revisado em 28 de janeiro de 2019 e extraído do site do doutor Dráuzio Varella. Fotos da Internet).

O HPV (papiloma vírus humano), nome genérico de um grupo de vírus que engloba mais de cem tipos diferentes, pode provocar a formação de verrugas na pele e nas regiões oral (lábios, boca, cordas vocais etc.), anal, genital e da uretra.

As lesões genitais podem ser de alto risco, porque são precursoras de tumores malignos, especialmente do câncer de colo do útero e do pênis, e de baixo risco (não relacionadas ao aparecimento de câncer).

A transmissão do HPV se dá predominantemente por via sexual, mas existem outras possibilidades. As lesões podem ser precursoras de câncer.

A transmissão se dá predominantemente por via sexual, mas existe a possibilidade de transmissão vertical (mãe/feto), de autoinoculação e de inoculação através de objetos que alberguem o HPV.

Diagnóstico

As características anatômicas dos órgãos sexuais masculinos permitem que as lesões sejam mais facilmente reconhecíveis. Nas mulheres, porém, elas podem espalhar-se por todo o trato genital e alcançar o colo do útero, uma vez que, na maior parte dos casos, só são diagnosticáveis por exames especializados, como o de Papanicolau (teste de rotina para controle ginecológico), a colposcopia e outros mais sofisticados, como hibridização in situ, PCR (reação da cadeia de polimerase) e captura híbrida.

Sintomas 

A infecção causada pelo HPV pode ser assintomática ou provocar o aparecimento de verrugas com aspecto parecido ao de uma pequena couve-flor na pele e nas mucosas.

Se a alteração nos genitais for discreta, será percebida apenas através de exames específicos. Se forem mais graves, as células infectadas pelo vírus podem perder os controles naturais sobre o processo de multiplicação, invadir os tecidos vizinhos e formar um tumor maligno, como o câncer do colo do útero e do pênis.

O vírus do HPV pode ser eliminado espontaneamente, sem que a pessoa sequer saiba que estava infectada. Uma vez feito o diagnóstico, porém, o tratamento pode ser clínico (com medicamentos) ou cirúrgico: cauterização química, eletro cauterização, crioterapia, laser ou cirurgia convencional em casos de câncer instalado.

  • Lembre-se que o uso do preservativo é medida indispensável de saúde e higiene não só contra a infecção pelo HPV, mas como prevenção para todas as outras doenças sexualmente transmissíveis;
  • O HPV pode ser transmitido na prática de sexo oral;
  • Vida sexual mais livre e multiplicidade de parceiros implicam eventuais riscos que exigem maiores cuidados preventivos;
  • Informe seu parceiro/a se o resultado de seu exame para HPV for positivo. Ambos precisam de tratamento;
  • Parto normal não é indicado para gestantes portadoras do HPV com lesões genitais em atividade;
  • Consulte regularmente o ginecologista e faça os exames prescritos a partir do início da vida sexual. Não se descuide. Diagnóstico e tratamento precoce sempre contam pontos a favor do paciente.
  • Por isso, é muito importante tomar a vacina quádrupla (Gardasil), para meninos e meninas a partir de nove anos de idade (de preferência antes de iniciar a fase sexualmente ativa). A vacina contém quatro tipos de vírus do HPV (6, 11, 16 e 18). Ainda existe outra vacina (Cervarix) que beneficia somente as meninas, pois tem os dois vírus que causam o câncer do colo de útero. Tanto uma como a outra se recomenda três doses (0 – 1 mês – 6 meses).
  • Temos essas vacinas no Cevac (Centro de Vacinação – em promoção até o dia 8 de março – Dia da Mulher!).
Fotos de verrugas genitais causadas pelo HPV nos órgãos genitais de mulheres e homens, sendo que esse vírus ainda pode causar o caso mais grave, que é o câncer do colo do útero (fonte: Internet).

* Médico pediatra com título de especialista em pediatria pela AMB e SBP, diretor clínico da Clínica Alergoclin Cevac de Tatuí