Da reportagem
Além de ter sido construído para gerar autossustentabilidade, o novo prédio do Paço Municipal “Maria José Gonzaga” – inaugurado oficialmente em cerimônia na quinta-feira, 10 (reportagem nesta edição) – também traz acessibilidade.
De acordo com a assessoria de comunicação do Executivo, desde o início do mês, as pessoas com deficiência auditiva, surdas e surda-cegas que precisarem dos serviços públicos da prefeitura passaram a ter um atendimento específico com uma profissional de Libras.
Trata-se da CAS (Central de Atendimento ao Surdo), instituída pela lei municipal 5.181, de 26 de outubro de 2017, aprovada pela Câmara Municipal de Tatuí e sancionada e promulgada pela então prefeita Maria José Vieira de Camargo, por meio de projeto elaborado e defendido pelo então vereador e atual prefeito Miguel Lopes Cardoso Júnior.
A CAS funciona no paço municipal de segunda-feira a sexta-feira, das 9h às 17h, fornecendo todas as informações sobre assuntos relacionados à administração pública municipal por meio da Língua Brasileira de Sinais, a Libras, com uma profissional licenciada.
“A inauguração do paço municipal é um momento histórico e de muita alegria para nós, e ter a central aqui, para nós, também é motivo de alegria. É uma forma de mostrar que meu trabalho como vereador rendeu frutos, e para esta classe, que, muitas vezes, sofre por problemas de comunicação”, disse o prefeito.
Conforme Cardoso Júnior, a intenção do CAS é oferecer pessoas treinadas para a interlocução dos serviços do poder público com a população surda, “seja na ajuda de uma marcação de uma consulta no posto de saúde, em uma matrícula escolar ou outros serviços”.
“Este é um público que, muitas vezes, fica escondido dentro de casa, porque tem receio de sair e não ser compreendido. A questão é dar oportunidade para que a pessoa venha e possa ser atendida em sua necessidade, conseguindo se comunicar”, ressaltou o prefeito.
Segundo ele, a CAS está habilitada a auxiliar na comunicação da pessoa com deficiência auditiva em todos os serviços públicos e secretarias municipais. “Ele vem aqui, a CAS entra em contato e traduz a conversa em Libras, para que a pessoas possa conseguir o serviço que precisa”.
Ele ainda antecipou que a ideia é incentivar os empresários, comerciantes e lojistas do município para que disponibilizem funcionários treinados em Libras nos estabelecimentos.
“Precisamos incentivar uma expansão deste tipo de serviço como o da central, pois temos mais de 200 pessoas com deficiência auditiva no município e quase nenhum lugar especializado para o atendimento deste público”, concluiu o prefeito.