Nova fase de construções do Centro de Hemodiálise começou neste mês





O Residencial Guedes está movimentado desde o início desse mês. O motivo é que o Centro de Hemodiálise entrou na segunda fase de construções.

Desde o lançamento da pedra fundamental, em junho do ano passado, diversas etapas foram concluídas, incluindo todo o serviço de terraplanagem, execução de base, muro de arrimo, drenagem, perfuração de brocas e armação, construção de galerias pluviais e aplicação de vigas baldrame. A instalação da caixa d´água também foi concluída.

O trabalho, agora, é centrado no início do prédio em alvenaria, que funcionará como anexo à estrutura pré-fabricada, já quase pronta e que deverá ser instalada no mês de abril. A previsão para o final da obra, segundo o engenheiro responsável, Roberto Hajime Oba, é para o mês de outubro.

“Toda essa estrutura pré-moldada está sendo construída em Lençóis Paulista (São Paulo) e contempla alicerce, colunas de sustentação, cobertura e telhado, que serão implantadas em breve”, explicou.

A área do terreno é de 5.100 metros quadrados, com o total construído de 1.400 metros quadrados, localizado na rua Air Gonçalves da Rocha, 100.

O Centro de Hemodiálise contará com vestiário masculino e feminino, copa, sala conforto para funcionários, almoxarifado, sala multiuso para pacientes, cantina, cozinha, sala de espera, sala de consulta, sala de enfermagem, sala de assistente social, sala de emergência, sala de conforto para médicos, sala de esterilização, sala química, sala de hemodiálise branca e posto de enfermagem.

Ao todo serão instaladas 30 máquinas para hemodiálise, as quais, nos primeiros seis meses, devem atender 60 pacientes por dia. No final do primeiro ano de atividade, a previsão é de que a capacidade seja duplicada para 120 atendimentos diários.

A empresa responsável pela implantação do tratamento de água para hemodiálise no município é a Nefrotat Cuidados Renais, que atua há mais de 18 anos em Lins (São Paulo).  

A Nefrotat afirma que, com o tratamento denominado “osmose reversa de duplo passo”, garantirá a pureza extrema da água utilizada no processo de hemodiálise.

Segundo o proprietário do centro, o médico nefrologista Alcyr Ferrari, a unidade está sendo formatada para ser referência nacional em hemodiálise e diálise peritoneal.

Para tanto, contará com um centro de convivência e uma cozinha experimental, que servirá tanto para o paciente dialítico como para seus familiares.

“Estou muito otimista com o desenvolvimento da obra. Esta semana instalamos a caixa d’água central, que tem capacidade para 30 mil litros. Queremos ser referência na região e suprir as necessidades dos pacientes de Tatuí e região que precisam viajar horas para realizar o procedimento”, comentou Ferrari.

Atualmente, cerca de 70 pessoas do município utilizam esse serviço por meio do SUS (Sistema Único de Saúde). Com isso, precisam viajar para Itapetininga, Sorocaba, Itu e Osasco para se submeterem ao tratamento.

O prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, visitou as obras e recebeu o cronograma completo e atualizado do empreendimento. Segundo ele, o capital investido será privado e a Prefeitura entrou com a articulação do pré-credenciamento, credenciamento e custeio das etapas iniciais.

“Trata-se de uma grande conquista, que traz ainda uma novidade administrativa adotada pela primeira vez na história da cidade, que é uma parceria público-privada que diminuirá, significativamente, o investimento municipal e garantirá o atendimento gratuito esperado há anos pela população”, declarou.

A hemodiálise é o processo de filtragem e depuração de substâncias indesejáveis do sangue, como a creatinina e a ureia.

Quando os rins deixam de funcionar, a hemodiálise surge como opção de tratamento que permite remover as toxinas e o excesso de água do organismo.

Nessa técnica depurativa, uma membrana artificial é o elemento principal do dispositivo chamado dialisador, comumente conhecido por “rim artificial”.

Os produtos tóxicos e a água em excesso do organismo são filtrados pelo dialisador e o “sangue limpo” regressa novamente ao organismo do paciente, pois a máquina bombeia o sangue, através das linhas, até o “rim artificial”.

O tratamento é uma terapia de substituição renal realizada em pacientes portadores de insuficiência renal crônica ou aguda, já que, nesses casos, o organismo não consegue eliminar as substâncias devido à falência dos mecanismos excretores renais.