Trio é preso por receptação de aves em frigorífico clandestino na “VA”

Três homens foram presos, na madrugada de quarta-feira, 24, acusados de receptação de aves em uma casa que estaria funcionando como frigorífico clandestino na vila Angélica. Eles estariam desviando frangos da avícola Dacar, de Tietê.

Dois celulares e 300 frangos vivos que estavam com os suspeitos foram apreendidos. Um segurança, que prestava serviços para a avícola, havia identificado desvio de rota dos caminhões e furto de aves da empresa.

O funcionário da empresa de monitoramento teria acionado a Polícia Militar de Cesário Lange, por volta das 3h30min, relatando que teria percebido mais um desvio de rota. A caminhonete da avícola, uma Chevrolet S10, estaria na cidade vizinha.

Com as coordenadas passadas pela empresa de segurança, os militares saíram em busca do suspeito e acabaram encontrando a caminhonete em frente a uma casa na rua Sebastião de Oliveira Camargo, na vila Angélica, em Tatuí.

De acordo com a PM, a caminhonete estava estacionada em frente ao imóvel e três pessoas estavam descarregando os frangos: motorista Mario André Gonçalves, 42, o proprietário da casa, Abel dos Santos Bueno, 66, e o filho dele, Daniel Bueno, 37.

Questionado, o motorista teria dito que estava “repassando os frangos para o pessoal da casa”. O proprietário do imóvel, por sua vez, teria declarado que “iria abater 50 frangos” e que o resto não sabia “onde seria entregue”.

Em revista pelo imóvel, os agentes ainda teriam encontrado outras caixas com aves que já haviam sido descarregadas e diversas facas sobre uma mesa, na qual, segundo a PM, seria realizado o abate.

Além dos frangos, os policiais militares teriam encontrado um papagaio no imóvel. As aves, facas e caminhonete foram apresentadas na Delegacia Central, junto com os três acusados.

Na sequência, representantes da Polícia Civil e da Vigilância Sanitária estiveram na casa dos suspeitos e constataram que restos de animais mortos e sangue eram descartados diretamente na rede de esgoto municipal, o que é vedado por normas sanitárias e tipificado como crime ambiental.

Os três foram ouvidos e permaneceram à disposição da Justiça. Eles devem responder por receptação qualificada. Os proprietários do imóvel ainda foram autuados por venda de produtos sem licença e crime ambiental.