Tatuí tem queda de 56,2% no índice de mortes naturais no mês de maio

Número é calculado em comparação às declarações de óbitos de abril

Da reportagem

O número de declarações de mortes por causas naturais registrado no Cartório de Registro Civil de Tatu apresentou queda em maio deste. A redução é observada na comparação com o mês anterior, de abril, e em relação ao quinto mês do ano passado.

Os dados são apontados por levantamento divulgado no Portal da Transparência do Registro Civil, órgão administrado pela Arpen-Brasil (Associação Nacional dos registrados de Pessoas Naturais).

O levantamento, consultado na manhã de quinta-feira, 3, apontava 183 óbitos declarados em abril deste ano, enquanto, em maio, 80 pessoas perderam a vida por causas naturais – o que representa queda de 56,28%

Além da redução observada entre um mês e outro, o índice de declarações de óbitos em maio deste ano é 12,08% menor em relação ao do quinto mês do ano passado, quando o município registrou 91 óbitos.

Já em comparação a maio de 2019 – antes da pandemia do novo coronavírus –, o número de mortes de 2021 apresenta acréscimo de 19,04%. No quinto mês de 2019, 67 certidões de óbitos foram emitidas pelo cartório municipal.

O Portal da Transparência é atualizado diariamente por todos os cartórios do país. As estatísticas se baseiam nas declarações (documentos preenchidos pelos médicos com os falecimentos) que dão origem às certidões de óbito, registradas nos cartórios para a liberação dos sepultamentos.

Desde o início da pandemia, em março de 2020, a plataforma do Registro Civil passou a informar dados de óbitos por Covid-19 (suspeitos ou confirmados), e, ao longo dos meses, novos módulos abrangendo mortes por doenças respiratórias e cardíacas foram adicionados ao portal, com filtros por estado e município.

As mortes por causas naturais são resultado de doença ou mau funcionamento interno dos órgãos, e, nesta classificação, estão inclusos os óbitos por Covid-19, a SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), pneumonia, insuficiência respiratória e septicemia (choque séptico).

Até às 11h de quinta-feira, 3, o registro de maio deste ano apontava dez mortes por pneumonia, oito por insuficiência respiratória e uma por septicemia. Não houve mortes por causa indeterminada (ligada a doença respiratória, mas não conclusiva) ou SRAG, no período.

Além disso, o levantamento mostrava um total de 30 mortes por Covid-19. Contudo, a assessoria de comunicação do portal explica que, quando na declaração de óbito há menção de Covid-19, coronavírus ou novo coronavírus, considera-se como causa a Covid-19 (suspeita ou confirmada).

Entre as causas cardiovasculares, o levantamento aponta cinco mortes por AVC, quatro por infarto e quatro por causas vasculares inespecíficas. Outros 18 óbitos estão relacionados a outros tipos de doenças.

No quinto mês de 2020, houve 11 registros de morte por pneumonia, oito por insuficiência respiratória e sete por septicemia. Não houve registros de causas respiratórias indeterminada nem mortes por síndrome respiratória aguda grave.

Além disso, oito pessoas morreram por Covid-19, nove por AVC, 11 por infarto, cinco por outras causas cardiovasculares inespecíficas e 32 óbitos estão relacionados às demais doenças.

O número de óbitos ainda pode subir, já que a atualização do Portal da Transparência com os registros de óbitos lavrados pelos cartórios de registro civil obedece a prazos legais, permitindo que novas declarações sejam incluídas posteriormente.

A família tem até 24 horas após o falecimento para registrar o óbito em cartório, o qual, por sua vez, tem até cinco dias para efetuar o registro e, depois, até oito dias para enviar o ato à Central Nacional de Informações do Registro Civil, que atualiza a plataforma.