MEMÓRIA – Ivo Mendes (1937-2015) – O ‘ícone Humanitário da Região’





Nasceu em Porangaba em 26/04/1937 e faleceu em Tatuí, vitimado por câncer, em 03/09/2015, sendo sepultado no Cemitério Municipal de Porangaba. Seus pais: Mário Mendes e Angelina de Bonis Mendes, de tradicionais famílias porangabenses.

Teve uma infância muito feliz na pequena Porangaba, com o carinho e amor, onde praticou todas as peraltices e brincadeiras possíveis à época, contando sempre com a orientação dos familiares, principalmente do avô João Batista Mendes, fazendeiro, um homem de elevado caráter e que sempre cultivou as tradições tropeiras.

Muito jovem ainda, foi o neto escolhido pelo avô para ser o jóquei de suas montarias nas tradicionais “corridas de cavalos” que aconteciam em sua propriedade – na “raia” do Nhô Jango Mendes – e que fazem parte da história da cidade.

Ficou famoso muito cedo, pois era perspicaz e resoluto nas corridas que participava com o objetivo de sempre vencer. Foi o lema que o acompanhou por toda vida.

Fez o curso primário na terra natal e, depois, mudou-se para Tatuí, onde continuou os estudos e participou, ativamente, de movimentos estudantis: foi presidente da União Tatuíana dos Estudantes (1958); diretor do jornal “A Voz da UTE” e também um dos fundadores do PT (Partido dos Trabalhadores) desta cidade.

Formou-se advogado pela Faculdade de Direito de Bragança Paulista e exerceu a profissão por mais de 40 anos com grande sucesso profissional pelos seus conhecimentos jurídicos – (OAB 32561/SP).

É considerado o ícone humanitário da região, o advogado dos pobres. Por vários anos, respondeu pela área jurídica do jornal “O Progresso de Tatuí”. Foi vereador da Câmara Municipal de Porangaba.

Com vocação às artes, aprendeu música, ainda na terra natal, com o renomado maestro Cezarino Antunes Correa, destacando-se, logo cedo, como trompetista. Fez parte da Banda Santo Antônio. Tocou também nas orquestras Tro-lo-ló (Tatuí), Carlos Eli (capital) e na famosa orquestra Continental (Jaú); participou ainda dos Conjuntos de Mário Edson e os “Tatuís”. Deixou de tocar muito cedo, passando a exercer exclusivamente a advocacia.

Complementando os seus dotes artísticos, além da poesia, dedicou-se também à escultura, sendo os seus trabalhos em argila de extraordinária beleza. Fixou-se em Tatuí, onde participou ativamente de uma série de projetos socioculturais e programas filantrópicos.

A par de suas qualidades artísticas e humanitárias, era um místico, um espiritualista, sempre preocupado com o bem-estar de seus semelhantes, principalmente dos mais humildes. Durante toda sua vida, com base nos conhecimentos esotéricos, sempre apresentou uma atitude positiva que encantava a todos.

Adorava sua gente, sua terra, o seu povo. Deixa filhos e entes queridos em Tatuí e Porangaba. Cumpriu sua missão.

“Combateu o bom combate, acabou a carreira e guardou a fé”. (Timóteo).

Personagem de bons ofícios, advogado, escritor, esotérico, escultor, músico, poeta. Advogado de causas nobres perdidas, esquecidas. Imbuído no sentido de servir à Justiça, atento, desperto na verdade do ser humano em sua dignidade. Um homem arrojado, dinâmico, simpático, generoso, trabalhador e briguento. Pois é, um homem, um grande homem que mora em um loft, com simplicidade chic dos que vivem em paz”. Cristina Siqueira – poetisa – “O Progresso de Tatuí” – 1996

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