Maioria diz que concorda com a censura da arte pelo governo

A maioria dos participantes de enquete realizada por O Progresso mostrou-se favorável que o Estado imponha censura à arte. O levantamento foi realizado entre os dias 23 e 29 de setembro, no portal “O Progresso Digital”.

O posicionamento dos participantes acontece após moção de repúdio da Câmara Municipal ao banco Santander, por ter promovido a exposição “Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira”, na cidade de Porto Alegre. A mostra reuniu obras de 85 artistas, entre eles, Alfredo Volpi e Cândido Portinari.

De acordo com o levantamento, 57% dos participantes mostraram-se favoráveis à censura. O controle da liberdade de expressão, das manifestações artísticas e de informações veiculadas na imprensa vigorou no Brasil durante a ditadura militar (1964-1985).

Na época, desde músicas, peças teatrais e livros passavam pelo “crivo” de censores antes de tornarem-se públicas.

Outros 43% dos participantes responderam não concordar com a censura às artes. Em agosto de 1988, a Assembleia Nacional Constituinte decretou o fim da censura no país. Atualmente, ditaduras como as de Cuba, Irã e China mantêm o controle de manifestações artísticas e de informações.

Na sessão extraordinária de terça-feira, 26, a Câmara Municipal aprovou resolução que obriga os próximos assessores parlamentares a terem diploma de curso superior.

A proposta vai à segunda votação e é tema da nova enquete. Em Itapetininga, um projeto semelhante obriga a Prefeitura a contratar somente “diplomados”.

Diante dessa nova tendência na administração pública, “O Progresso Digital” faz o seguinte questionamento: “Você é favorável à exigência de curso superior aos funcionários comissionados da Câmara e da Prefeitura?”.

As respostas são “sim” e “não”, as quais podem ser selecionadas a partir deste sábado, 30 de setembro, em www.oprogressodetatui.com.br. A enquete fica no ar até sexta-feira, 6 de outubro. O resultado será divulgado na edição de domingo, 8.