Pessoas que entregaram ficha de inscrição do programa Minha Casa, Minha Vida para a Prefeitura no final do ano passado estão sendo convocadas para tentar financiar uma das 1.295 casas do Residencial Nova Tatuí.
O prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, informou que a municipalidade está utilizando o banco de dados do cadastrado feito com interessados em dezembro de 2014.
“As pessoas vão receber correspondência. Além disso, a Prefeitura vai fazer divulgação via televisão, jornais e panfletos a serem entregues na cidade”, antecipou.
Conforme o prefeito, a intenção é permitir que “todos, de forma geral, que se inscreveram para o financiamento”, tenham chance de conseguir adquirir uma moradia.
Manu afirmou que o terreno, de 176 metros quadrados, prevê área para expansão dos imóveis. Segundo ele, proprietários que desejarem ampliar o imóvel – de pouco mais de 45 metros quadrados – poderão fazê-lo.
“Já está provisionado para instalar uma churrasqueira ou uma piscina no fundo. Isso tudo para que a pessoa tenha, realmente, comodidade e a flexibilidade para poder morar num lugar em que esteja satisfeita”, argumentou.
O empreendimento contará com obras de urbanização (asfalto, implantação de guias e sarjetas), iluminação, água e esgoto. “Essa é uma conquista muito grande, e nós ficamos muito envaidecidos e orgulhosos”, completou.
De acordo com Manu, a segunda fase do empreendimento deve ser aprovada ainda no primeiro semestre do ano. Ele informou que a Prefeitura e a construtora já deram entrada no pedido de aprovação do residencial junto ao Graprohab. A expectativa é de que as obras dessa fase comecem no segundo semestre do ano.
“Estamos falando de 2.345 unidades. É uma nova cidade se contarmos que mais de quatro pessoas podem residir em cada uma. Estamos falando de quase dez mil pessoas. O Santa Rita, por exemplo, tem em torno de 15 mil, englobando o bairro Tanquinho. Só no Vida Nova, teremos quase isso”.
Na primeira fase, o empreendimento vai gerar 600 empregos diretos e 1.500 indiretos. O valor do investimento (R$ 128 milhões) é considerado um dos maiores da atualidade, superando o estimado pela Noma do Brasil. A empresa paranaense estima aplicar R$ 75 milhões na construção da planta local.
A fase de construção deve gerar impacto positivo na economia do município. O prefeito informou que uma das condições para a viabilização do empreendimento – que teve concessões como isenções fiscais previstas em lei – era de que a empresa adquirisse boa parte do material utilizado na construção a partir de indústrias do município.
“Com certeza, é um grande impulso na economia da cidade. A construtora vai adquirir material cerâmico das nossas cerâmicas, madeira, pedra, cimento e ferro, um grande benefício para fortalecer nosso mercado e da região”, alegou.
O prefeito também destacou o apoio que recebeu de vereadores da base. Na ocasião, falou publicamente, pela primeira vez, sobre a possibilidade de abertura de CEI (comissão especial de inquérito) pela Câmara Municipal. O Legislativo aprovou-a na noite da terça-feira (reportagem nesta edição).
Na ocasião, o prefeito disse que parte dos vereadores não estaria “interessada em trabalhar pelo município”. Afirmou que a intenção era “atrapalhar projetos da Educação e Saúde e investigar benfeitorias feitas para a população”.
Ao final, disse estar tranquilo e que recomendou aos vereadores da base que aprovassem o pedido de instalação da comissão. “Nós queremos ratificar a transparência, de como foi feita a compra dos imóveis e do monitoramento”.
