Exposições de Carnaval exibem memórias e culturas da cidade





O Centro Cultural Municipal abriu, na terça-feira, 2, a exposição “Tatuí Carnaval de Todos os Tempos”, com imagens, fantasias e itens relacionados. Imagens da atriz tatuiana Vera Holtz também estão exibidas na mostra.

A exposição relembra os bailes e desfiles desde 1923, somando mais de 300 fotos que fazem parte do acervo do Departamento de Cultura e Desenvolvimento Turístico.

Além das fotos, que mostram os carnavalescos nas festas de rua e de salão, a exposição exibe seis fantasias premiadas, da carnavalesca Cláudia Rebouças, com detalhes e adereços.

“São mais de 30 anos de folia, e eu guardo tudo em casa. Minha família toda sempre gostou da farra, mas eu peguei os melhores Carnavais”, comentou Cláudia.

O intuito, segundo o diretor de Cultura e Desenvolvimento Turístico, Jorge Rizek, é mostrar a história e a tradição carnavalesca do município.

“É importante para a geração mais jovem saber como eram os antigos Carnavais, e as pessoas com mais idade rever seus tempos de comemoração”.

Rizek lembra que organizava um baile com mais de 35 anos de existência, o tradicional “Vermelho e Preto”, e ressalta ser preciso resgatar a cultura carnavalesca. “Existe um peso de memória, um peso de história e um peso de cultura. Isso tudo é importante”, apontou.

O baile Vermelho e Preto surgiu na década de 70, para relembrar uma vitória histórica da equipe de futebol da Associação XI de Agosto, bicampeã paulista de futebol amador na mesma década.

A cidade ficou conhecida nas décadas de 60 e 70, em todo o Estado de São Paulo, pelos bailes de Carnaval. “O Carnaval faz parte da cultura de Tatuí. Ele não foi criado como um evento, ele vem de décadas e décadas”, concluiu o diretor.

Para os visitantes, a exposição é “empolgante e animadora”. As primas Fernanda Teles e Camila Lopes de Souza, moradoras da cidade, revelam que já festejaram muito no município.

“Adorei! A gente volta ao passado, né? Eu pulava as quatro noites e ainda vinha durante o dia, na matinê”, relembrou Camila.

“É muito gostoso ver essas fotos. Antes de morar em Tatuí, eu já participava das festas. Vinha passar as férias com as minhas primas, e nós íamos aos bailes e desfiles que aconteciam aqui. Era muito bom!”, afirmou Fernanda.

A exposição segue no Centro Cultural até o dia 29 de fevereiro, à praça Martinho Guedes, 12, desegunda-feira a sexta-feira, das 10h às 21h, e aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 14h. A entrada é gratuita.

O Museu Histórico “Paulo Setúbal” exibe também, desde terça-feira, 2, a exposição “Carnaval de Tatuí”.

A mostra soma fotos e objetos históricos dos Carnavais da cidade e do tradicional Cordão dos Bichos, que completa 88 anos. São exibidas diversas imagens que relembram os Carnavais anteriores no município e pinturas do artista plástico Flávio Machado.

Os itens fazem parte do acervo do museu, com fotos de Carnavais antigos, máscaras antigas, imagens do Cordão dos Bichos e um tambor que pertenceu a um dos integrantes do grupo “O Pelé”, além de peças confeccionadas em oficinas no próprio “PS”.

A mostra, segundo a diretora do museu, Raquel Fayad, foi organizada pela equipe educativa da instituição cultural, Emilene Vieira Fiúza, Leila Miranda, Pedro Heilborn, Rose Mary Falchi e Noemi Ferreira.

São exibidas sete máscaras, 29 imagens do Cordão dos Bichos, um tambor, dois quadros – emprestados pelo atual presidente do Cordão, Pedro da Silva -, sete bonecos de papietagem (técnica artesanal em que se utiliza papel recortado e cola para dar forma a uma escultura ou objeto), confeccionados em oficina no museu, um banner do primeiro presidente do Cordão, quatro foliões de papelão e dois rostos de colombinas.

Também estará disponível para registro de imagens, um painel de rei Momo, pintado por Machado.

O intuito é relembrar os antigos bailes de Carnaval, com o contexto e acervo da exposição. “É importante resgatar a cultura do Carnaval tatuiano, através da história do tradicional Cordão dos Bichos”, concluiu a equipe.

O museu está aberto para visitação de terça-feira a domingo, das 9h às 17h, à praça Manoel Guedes, 98, no centro. A entrada é gratuita.