Conservatório recebe Big Band da Jazz Sinfônica para concerto

 

Neste domingo, 4, o Conservatório de Tatuí recebe concerto da Big Band da Jazz Sinfônica. O evento tem início às 20h e será realizado no teatro “Procópio Ferreira”, com entrada franca. O endereço é a rua São Bento, 415, no centro.

Sob regência de João Maurício Galindo, o grupo apresentará obras, como: “Side Winder” (Lee Morgan, com arranjo de Gil Goldstein); “Moten Swing” (Buster Moten, com arranjo de Ernie Wilkins); “Don’t Get Much Around Anymore” (Duke Ellington, com arranjo de Sammy Nestico); “Basie Straight Ahead” (Sammy Nestico); e “Feeling Free” (Sammy Nestico).

Também executará no evento as composições “Souvenir” (Benny Carter, com arranjo de Eric Richards), “Big Dipper” (Thad Jones), “Three and one” (Thad Jones), “Dolphin Dance” (Herbie Hancock, com arranjo de Bob Mintzer), “La Fiesta” (Chick Corea, com arranjo de Tony Klotka) e “Estrepolia Elétrica” (Moraes Moreira, com arranjo de Luiz de Arruda Paes).

A Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo ou, simplesmente, Jazz Sinfônica, foi criada em 1990 pela Secretaria de Estado da Cultura. Ela tem como objetivos manter viva a tradição das orquestras da “Era de Ouro do Rádio” (décadas de 1940 a 1950) e de “vestir a música popular” com uma roupagem sinfônica.

Esse trabalho prioriza a MPB (música popular brasileira), mas inclui a execução de peças da música popular de todas as origens, passando pelo jazz norte-americano, pelo tango argentino, pelos ritmos caribenhos, o rock inglês, entre outros.

A Jazz Sinfônica é considerada um grupo único, pois, além de ser uma orquestra nos moldes tradicionais eruditos, tem em sua formação uma big band de jazz.

As big bands nasceram nos Estados Unidos, na década de 1920. Foram criadas, inicialmente, para animar os bailes da época, adquirindo, anos mais tarde, status de grupo artístico.

A Big Band da Jazz Sinfônica é formada por cinco saxofones, quatros trompetes, quatro trombones, tuba, piano, bateria, contrabaixo e guitarra.

Seu repertório passeia pela história do jazz, através de grandes compositores do gênero, como: Duke Ellington, Thad Jones, Miles Davis e Herbie Hancock.

O corpo musical tem como maestro João Maurício Galindo, um dos mais ativos diretores de orquestra brasileiros. Galindo está à frente da Jazz Sinfônica há 11 anos. O maestro foi convidado a assumir o posto pelos próprios músicos da orquestra.

Além do trabalho com a Jazz Sinfônica, Galindo acumula as funções de regente titular da Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí. Foi regente da Orquestra Amazonas Filarmônica, da Orquestra Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo, e atuou como convidado frente a muitas outras.

Dentre as corporações, regeu a Sinfônica de Campinas, Sinfônica do Paraná, Petrobrás Sinfônica do Rio de Janeiro, Filarmônica de Belgrado, Sinfônica de Bari (Itália) e Orquestra Sinfônica de Roma. Foi também regente da Orquestra de Alunos dos Festivais de Campos do Jordão em 1998, 2000 e 2002.

Mantém dois programas radiofônicos na Rádio Cultura de São Paulo, “Pergunte ao Maestro” e “Encontro com o Maestro”. Na TV Cultura apresenta “Pré-Estreia”.

Foi um dos criadores da série de concertos infantis beneficentes “O Aprendiz de Maestro”, realizada há dez anos na Sala São Paulo, produzida pela “TUCCA”, associação que cuida de crianças e adolescentes com câncer. Em 2009 publicou pela editora Melhoramentos o livro “Música, pare para ouvir”.

O trabalho com a atividade pedagógica rendeu ao maestro a condição de “um dos maiores especialistas brasileiros em ensino de instrumentos de cordas”. Tanto que ele tem trabalhado nessa atividade no Sesc (Serviço Social do Comércio) e no Projeto Guri.

Foi também professor do Instituto de Artes da Unesp (Universidade Estadual Paulista), de São Paulo. É bacharel em composição e regência pela mesma instituição, e mestre em musicologia pela USP (Universidade de São Paulo).