‘Biblioteca de bairro’ soma mais de 5.000 volumes oferecidos sem custo

 

Infantil, biografias, dicionários, literatura internacional e nacional são algumas das categorias de livros disponibilizados gratuitamente à população pelo CEU (Centro de Esportes Unificados) “Fotógrafo Victor Hugo da Costa Pires”. Os volumes constam do acervo da biblioteca do espaço.

Conforme a escriturária Marlene Fonseca, que trabalha no local desde a inauguração – em abril de 2015 –, os livros superam a marca de 5.000 exemplares. Eles podem ser lidos no espaço, à rua Ana Rosa Monteiro, 475, no Jardim Santa Helena, ou retirados por meio de empréstimos que dura uma semana.

Para quem gosta de folhear obras, a livraria conta com mesas e estofados. “Nós temos áreas apropriadas para leitura e que pode atender quem não cadastrou aqui”, explicou Marlene.

Segundo ela, as obras podem ser lidas por qualquer pessoa, independentemente da idade (criança, jovem ou adulto) e local de residência. Apesar de o espaço ser considerado uma “biblioteca de bairro”, por atrair em boa parte moradores da região do Boqueirão, Rosa Garcia e Jardim Santa Rita de Cássia, a unidade está aberta a pessoas de todas as localidades.

Desta forma, podem utilizar os livros – no próprio espaço – não só residentes em Tatuí, mas pessoas que estejam visitando a cidade. “Temos de tudo um pouco. De livros para crianças a poesia, e o nosso público é variado”, disse Marlene.

Quem preferir dispor de mais tempo para ler um livro tem a possibilidade de fazer o empréstimo. Para tanto, basta comparecer à unidade munida de documentos pessoais, como RG (carteira de identidade) e comprovante de endereço. “Com isso, a pessoa pode retirar o livro que quiser”, enfatizou a escriturária.

O prazo máximo de empréstimo é de uma semana. Depois disso, caso o leitor ainda queira continuar com a obra, deve fazer a renovação. Atualmente, a biblioteca instalada no CEU conta com quase 150 leitores registrados. Eles fazem uso regularmente do sistema de locação gerenciado pela escriturária.

Marlene também é responsável por receber novos livros, fruto de aquisições e doações. “Quem estiver disponível, pode nos ceder obras. Nós só não recolhemos enciclopédias, porque há várias informações na internet e porque muitos dos livros podem estar desatualizados, mas as doações são bem-vindas”, falou.

A biblioteca do CEU funciona em horário diferenciado: das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira. Aos sábados, domingos e feriados ela não atende ao público.

O espaço mantém, praticamente, um terço do total de livros que estão na Biblioteca Municipal “Brigadeiro Jordão”. Neste ano, a biblioteca completa 58 anos. Ela oferece, atualmente, mais de 15 mil títulos para consulta pública e empréstimo.

A “Brigadeiro Jordão” data de 25 de novembro de 1959. Ela havia sido criada por meio do decreto 476, pelo então prefeito do município, Olívio Junqueira. Desde então, funcionou em “inúmeros espaços”, como o paço municipal.

Na Prefeitura, os livros do acervo do município permaneceram na área em que funcionaram agências bancárias. Do paço, os livros foram transferidos para uma sala situada na rodoviária “Pedro de Campos Camargo”. O motivo da mudança era que o espaço cedido à biblioteca era usado pelas autoridades como sala de reuniões.

Outra mudança ocorreu na gestão do ex-prefeito Ademir Signori Borssato. Da rodoviária, a Prefeitura transferiu o acervo para uma casa situada no número 28 da rua 11 de Agosto. A propriedade, atualmente, abriga o DMMU (Departamento Municipal de Mobilidade Urbana) e a Junta Militar do Exército.

Ainda naquele prédio, a biblioteca ganhou o acervo do museu, com obras doadas pela família do jornalista tatuiano Raul de Pollilo. Os livros, porém, não puderam ser levados à consulta, uma vez que não havia espaço suficiente.

Em 2005, com a troca de administração, a “Brigadeiro Jordão” teve novo endereço. Passou a abrir ao público em um prédio alugado na praça Anita Costa. O imóvel era considerado bom em termos de espaço, mas precisou de reparos.

Apesar das modificações, o Executivo transferiu o espaço para o endereço atual, na praça Martinho Guedes (Santa), 12, no centro. No antigo “Alvorada Clube”, a biblioteca ganhou novas prateleiras e os funcionários uma cozinha. Parte desse espaço foi fechada para ser utilizada como área para o arquivo.

O acervo atual passa de 15 mil livros, nos mais variados estilos. As obras adquiridas ou doadas são catalogadas no “livro tombo”. Dali, os livros seguem, ou para as estantes, ou para o arquivo. Eles são requisitados por crianças, jovens e adultos.

A Biblioteca Municipal também mantém, em cadastro, aproximadamente 9.000 leitores usuários. O número muda diariamente, uma vez que o processo de inscrição é considerado rápido. Para se tornar usuário, o cidadão deve levar duas fotos 3×4, comprovante de endereço e um documento de identidade.

Ao final do cadastro, o usuário é liberado para fazer empréstimos. Cada pessoa pode levar até três livros por vez e ficar com eles pelo período máximo de oito dias.

No caso de não renovação, não há multa para o período de uma semana. Quem passar desse prazo pode ter o direito de empréstimo suspenso e quem perder o exemplar deve comprar outro e entregá-lo posteriormente à biblioteca.

Ela funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Outras informações pelo telefone 3259-5647.