A Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí apresentará cinco obras em concerto, nesta sexta-feira, 9. Haverá solo de saxofone do assessor artístico do Conservatório de Tatuí, Erik Heimann Pais, e do quarteto Junção Low. O evento acontecerá às 20h no teatro “Procópio Ferreira” e os ingressos custam R$ 12 (R$ 6 meia-entrada).
O maestro Dario Sotelo explica que as obras escolhidas para esta apresentação mantêm a temática da Banda Sinfônica para esta temporada: “música dançante”. A obra escolhida para abertura é “Metro Gnome”, do britânico Derek Bourgeois. De acordo com o regente, há na peça uma paródia musical com a palavra “metro”, envolvendo o ritmo da própria música.
Pais fará solo na obra “Choro para saxofone tenor e banda”, do brasileiro Claudio Santoro. Trata-se de uma composição feita em 1951, originalmente para orquestra, com o título “Choro concertante para saxofone tenor e orquestra”. A transcrição para a formação de banda sinfônica é um trabalho do próprio solista.
O choro seguirá no palco do teatro com a terceira obra do concerto: “Fantasia em três movimentos em forma de choros” (Andante/Allegretto scherzando/Molto allegro), de Heitor Villa-Lobos. “Esta é uma obra importantíssima, referência para a música brasileira, escrita pelo Villa-Lobos já no final da vida, atendendo a uma encomenda para a Orquestra de Sopros Americana”, explicou Sotelo.
A seriedade da obra de Villa-Lobos será quebrada com Mike Forbes e a divertida obra “Synergy para dois eufônios, duas tubas e banda”, tendo solo do quarteto de metais graves Junção Low.
O encerramento será com “Music of the Spheres”, composição em seis movimentos (T = 0, Big Bang, The Lonely Planet, Asteroids and Shooting Stars, Music of the Spheres, Harmonia and The Unknown) do doutor em tuba norte-americano Philip Sparke. De acordo com Sotelo, a obra toma como motivo principal a teoria grega dos sons emitidos pelos corpos esféricos do sistema solar.
O solista da noite aperfeiçoou-se sob a orientação de Dale Underwood (Estados Unidos) e recebeu em 2003 o título “Licentiate in Saxophone Performance” pelo “Trinity College London”. Atualmente, é mestrando na Universidade de Campinas, desenvolvendo pesquisa sobre “O Panorama Fonográfico do Saxofone no Brasil”.
Foi premiado em vários concursos nacionais, e atua como músico e solista em bandas sinfônicas desde 1997, quando teve oportunidade de trabalhar sob a regência de maestros nacionais e internacionais.
Como saxofonista da Orquestra de Sopros Brasileira gravou nove CD’s e um DVD – neste último, como solista. Organizou junto a Marcos Pedroso as seis edições do Encontro Internacional de Saxofonistas, que ocorrem desde 2004 no Conservatório de Tatuí, onde também foi docente do curso de saxofone erudito e coordenador da área de sopros.
Desde 2006, atua como consultor para a Yamaha Musical do Brasil, na qual atualmente integra o projeto “Sopro Novo Bandas”. Por este mesmo trabalho, já percorreu 11 Estados brasileiros, realizando workshops e recitais.
Em 2013 foi artista convidado do 1o “Congresso da Associação Latino-americana de Saxofonistas”, em San José, na Costa Rica, sendo eleito integrante do primeiro comitê da organização. Em 2014, recebeu o título de comendador da ordem do mérito cultural “Carlos Gomes”.
Atualmente, divulga o CD “Miniaturas, Serestas e outras Imagens do Brasil”, gravado em duo a esposa dele, Míriam Braga. O trabalho traz obras inéditas de câmara para saxofone e piano.
Pais também é “clinician” de saxofone da Yamaha Musical do Brasil e ocupa, desde março de 2008, o cargo de assessor artístico do Conservatório de Tatuí.
O quarteto Junção Low surgiu em 2013, sob a orientação do professor Luciano Vaz. O conjunto é formado por Andressa Luz (eufônio), Marco Antonio de Almeida Junior (eufônio), Daniel Satler (tuba) e Marcel Montini (tuba).
