Município terá primeira cancha de bocha na praça ‘Ayrton Senna’

Campo de malha (foto) será mantido; construção de nova cancha privilegia praticantes de esporte

Localizada na vila Dr. Laurindo, a praça “Ayrton Senna da Silva” abrigará a primeira cancha de bocha do município. O campo será construído com recurso de R$ 100 mil, obtidos a partir de ação do vereador Antonio Marcos de Abreu.

O parlamentar tatuiano teve o pedido de emenda parlamentar atendido pelo deputado estadual Ricardo Madalena (PR) no mês passado. A Câmara Municipal aprovou a “incorporação” do valor ao Orçamento do município. Por não constar na estimativa de receita e fixação de despesas votadas no ano passado e para ser aplicada neste ano, o valor entrou como crédito adicional.

Em primeira discussão do projeto, aprovado em primeiro e segundo turno, Abreu falou sobre a importância da construção. O parlamentar contou ter sido procurado por desportistas e pessoas ligadas à prática da bocha que apresentaram o pleito. Eles solicitaram a construção de espaço apropriado para o esporte.

“Um grupo veio até o meu gabinete, solicitando um recurso para que fosse construído um campo de bocha aqui em Tatuí. São pessoas que praticam a bocha”, citou.

A equipe explicou ao vereador que a cidade não dispõe, até o momento, de um campo oficial. Segundo ele, a maior parte dos esportistas tem de recorrer ao Clube de Campo para praticar a bocha. Este é o caso da equipe que disputa os Jogos Regionais e Abertos e demais competições que incluam a modalidade.

Buscando atender à solicitação, Abreu recorreu a Madalena. “Expliquei a situação a ele e, graças a Deus, veio esse recurso”, comentou o vereador na votação.

O crédito total é de R$ 104.979,71 a ser utilizado para a construção de um campo oficial. A cancha será instalada na praça ao lado do campo de malha, do espaço. “Teremos um local apropriado para a prática deste tipo de esporte e os nossos competidores não precisarão emprestar mais nenhum espaço”, disse.

O vereador Miguel Lopes Cardoso Júnior, ligado ao esporte, parabenizou o empenho de Abreu para a concretização da demanda. Ele comentou ter acompanhado “a luta” do companheiro de câmara e aproveitou a fala para esclarecimentos.

Direcionando a palavra para os vereadores, Miguel Lopes afirmou ter sido questionado, quando atuou como secretário municipal de Esporte, sobre a necessidade de um campo de bocha. Ele disse ter lido comentários irônicos, em redes sociais, relacionados ao espaço e a quem pratica bocha no município.

Segundo Miguel Lopes, alguns comentários criticavam a verba para construção de campo de bocha, uma vez que a praça dispõe de um campo similar. Entretanto, o dispositivo atual serve para a prática de outra modalidade: a malha.

“Quero aproveitar o momento para esclarecer algumas coisas: primeiro, que a bocha é um esporte praticado na sua grande maioria por pessoas mais idosas e que tem que ser respeitado. Independentemente de quantas pessoas jogam ou não, tem que ser respeitado. É um esporte como tantos outros”, iniciou.

De acordo com o vereador, todas as modalidades precisam ser respeitadas. “Já vi pessoas tirando sarro de quem joga dama ou xadrez. Acho que tem que ter respeito”, emendou.

Miguel Lopes ainda acrescentou que o recurso obtido pelo Executivo não pode ser utilizado para outra finalidade que não aquela para a qual foi prevista. “Não dá para usar na de malha porque ela não é de bocha. Então, às vezes, ouvimos barbaridades. As pessoas precisam informar-se direito”, concluiu.