Mortes naturais apresentam queda de 15% em Tatuí no 11º mês do ano

Registro Civil aponta redução em comparação a igual período de 2020

Da reportagem

O número de mortes por causas naturais apresentou nova redução em Tatuí, desta vez no mês de novembro. Os dados são apontados em levantamento do Portal da Transparência do Registro Civil, administrado pela Arpen-Brasil (Associação Nacional dos registrados de Pessoas Naturais).

O órgão aponta um total de 67 óbitos declarados em novembro de 2021, 15,18% a menos que os 79 do 11º mês de 2020. Em comparação a novembro de 2019 (67), o número de mortes representa estabilidade.

O Portal da Transparência é atualizado diariamente por todos os cartórios do país. As estatísticas se baseiam nas declarações (documentos preenchidos pelos médicos que constatam os falecimentos) que dão origem às certidões de óbitos, registradas nos cartórios para a liberação dos sepultamentos.

Desde o início da pandemia, a plataforma do Registro Civil passou a informar dados de óbitos por Covid-19 (suspeita ou confirmada), e, ao longo dos meses, novos módulos sobre óbitos por doenças respiratórias e cardíacas foram adicionados ao portal, com filtros por estado e município.

As mortes por causas naturais são resultado de doença ou mau funcionamento interno dos órgãos, e, nesta classificação, estão inclusos os óbitos por Covid-19, SRAG (síndrome respiratória aguda grave), pneumonia, insuficiência respiratória e septicemia, que é o choque séptico.

Até às 14h de segunda-feira, 6, o registro apontava que, no mês de novembro deste ano, seis pessoas haviam perdido a vida por pneumonia, cinco por insuficiência respiratória, nove por septicemia, duas por causa indeterminada (ligada a doença respiratória, mas não conclusiva) e uma por SRAG.

Além disso, o levantamento mostra um total de quatro mortes por Covid-19 em novembro. Contudo, a assessoria de comunicação do portal explica que, quando na declaração de óbito há menção de Covid-19, coronavírus ou novo coronavírus, considera-se como causa a Covid-19 (suspeita ou confirmada).

Entre as causas cardiovasculares, o levantamento apontava seis mortes por AVC, sete por infarto e seis por questões vasculares inespecíficas. Outros 21 óbitos estão relacionados a outros tipos de doenças.

No 11º mês de 2020, seis pessoas perderam a vida por pneumonia, três por insuficiência respiratória e dez por septicemia. Não houve morte por SRAG ou causa respiratória indeterminada em novembro do ano passado.

Além disso, o levantamento mostra um total de 11 mortes por Covid-19 em novembro desse ano. Entre as causas cardiovasculares, o levantamento aponta sete por AVC, sete por infarto e sete por causas vasculares inespecíficas. Outros 28 óbitos estão relacionados a outros tipos de doenças.

A base de dados é abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos (naturais e violentos) registrados nos Cartórios de Registro Civil do país. Os números ainda podem ser alterados, uma vez que o portal tem prazo legal de até 14 dias para lançar os óbitos.

A família tem até 24 horas após o falecimento para registrar o óbito em cartório, o qual, por sua vez, tem até cinco dias para formalizar o falecimento e, depois, até oito para enviar o ato à Central Nacional de Informações do Registro Civil, que atualiza a plataforma.

Onze meses

Mesmo com a queda no número de mortes em novembro, 2021 continua como o ano mais mortal. Os números levantados pelo portal mostram que os casos de mortes por causas naturais nos meses de janeiro a novembro tiveram aumento de 24,77% em comparação ao mesmo período do ano passado e de 42,9% em relação aos primeiros 11 meses de 2019.

Conforme o relatório, de janeiro a novembro de 2021, 1.239 mortes por diversas causas ocorreram na cidade. Já no ano passado, foram 993declarações de óbitos nos 11 meses e, em 2019, 867 – antes da pandemia.

O registro dos primeiros 11 meses deste ano aponta três mortes por SRAG, 101 por pneumonia, 53 por insuficiência respiratória, 75 por septicemia, quatro por causa indeterminada e 392 por Covid-19.

Entre as causas cardiovasculares, o levantamento apresenta 75 mortes por AVC, 75 por infarto, 100 por causas vasculares inespecíficas e outros 361 óbitos relacionados a outros tipos de doenças.

Nos mesmos 11 meses de 2020, houve 3 registros de morte por síndrome respiratória aguda grave, 136 por pneumonia, 50 por insuficiência respiratória, 103 por septicemia e 2 por causas respiratórias indeterminadas.

Além disso, no mesmo período do ano passado, 119 pessoas faleceram por Covid-19, 85 por AVC, 81 por infarto e 64 por causas vasculares inespecíficas – outros 350óbitos estão relacionados a outros tipos de doenças.