Da reportagem
Com um novo grupo de voluntárias, o Fusstat (Fundo Social de Solidariedade de Tatuí) deu andamento no trabalho em “home office” e confeccionou, em pouco mais de um mês, mais de 4.000 máscaras de proteção.
Conforme a presidente da entidade, Sônia Maria Ribeiro da Silva, as peças foram produzidas para serem doadas a entidades carentes, órgãos públicos e à população em geral com o objetivo de ajudar na prevenção e evitar a transmissão do novo coronavírus.
A confecção começou no dia 1º de abril, com dez voluntárias, e a intenção era entregar 2.000 peças. Contudo, Sônia conta que mais pessoas foram aderindo ao projeto, e a meta agora é continuar a produção por tempo indeterminado.
“Agora, temos mais de 50 voluntárias trabalhando na confecção das peças. São pessoas que têm outros empregos e entraram em contato com o Fusstat para ajudar nas horas de folga. Fiquei muito feliz por poder contar com tantas pessoas, e só tenho a agradecer pelo trabalho delas”, enfatiza Sônia.
Desde o dia 5 deste mês, o uso de máscara de proteção passou a ser obrigatório para todos os cidadãos dentro dos limites do município. A ação, segundo a prefeitura, é mais uma medida de enfrentamento à pandemia de Covid-19.
A prefeita Maria José Viera de Camargo assinou no dia 29 de abril o decreto que oficializa a medida e, no dia 4 de maio, editou um complemento, deixando o uso facultativo a pessoas com deficiência intelectual, autistas ou que apresentem dificuldades ou limitações de uso.
Conforme o decreto (20.600), fica considerado obrigatório, por tempo indeterminado, o uso de máscara de proteção respiratória durante o deslocamento de pessoas pelos locais públicos e para o atendimento em estabelecimento com atividade permitidas.
O uso vale para meios de transporte público coletivo, transporte privado de passageiros (aplicativos, táxis e particulares), veículos oficiais e viaturas.
Também é necessário usar o acessório de proteção individual no desempenho das atividades laborais em ambientes compartilhados, nos setores público e privado, assim como em áreas internas de prédios e condomínios.
Sônia destaca que a determinação do uso obrigatório da peça foi um dos pontos que fizeram com que o grupo de voluntárias decidisse continuar a produção. Até quinta-feira, 7, o novo projeto do Fusstat já tinha totalizado a confecção de 4.369 máscaras.
Parte das peças (2.800) foi confecciona com tecido branco, que a entidade já havia comprado para as aulas de corte e costura; o restante será costurado em TNT, material mais barato e que pode ser usado e descartado.
Entidades como Lar São Vicente de Paulo e Casa de Apoio ao Irmão de Rua São José já foram beneficiadas com as peças. Também foram doadas máscaras aos servidores públicos da Secretaria de Obras e Infraestrutura, da Secretaria da Educação e do paço municipal.
O projeto de confecção das peças é coordenado pela voluntária Viviane Campos, sob orientação da presidente da entidade. Sônia conta que a coordenadora faz a divisão das voluntárias em equipes.
“Um grupo corta o tecido já no formato das máscaras, separa o elástico, a linha e os materiais que serão usados, e coloca em pacotinhos que são entregues na casa das pessoas que vão costurar o material. Depois, uma equipe passa buscar”, detalha Sônia.
O Ministério da Saúde aponta que, além de eficiente, a máscara de tecido ou TNT é um equipamento simples, que não exige grande complexidade na produção e pode ser um “grande aliado” no combate à propagação do coronavírus, protegendo quem usa e as outras pessoas ao redor dela.
Além disso, com algumas adaptações e seguindo os decretos municipal e estadual que determinam a quarentena, o Fusstat continua em atividade também em outras áreas, reunindo as voluntárias, professoras e coordenadoras em novas atividades.
Mesmo com todos os centros de capacitação fechados desde meados de março, Sônia acentua que a entidade se mantém ativa, com as oficinas em “home office” e outras atividades diversas de forma online.
Sônia informou que os participantes do projeto Envelhecer com Qualidade de Vida contam com atividades diárias de forma online, feitas ao vivo pelas redes sociais e em grupos de mensagens por aplicativo, com exercícios físicos e oficinas de artesanato.
Já as professoras dos cursos de culinária estão gravando receitas a serem divulgadas, posteriormente, no canal “Receitas Fusstat”, plataforma oficial da entidade, lançada em maio do ano passado para oferecer as aulas de forma remota.
Ela ainda pontuou outra atividade liderada pelo Fusstat em andamento: a campanha “Unidos pela Solidariedade – #EuEscolhoAjudar”. A iniciativa foi criada por solicitação da prefeita Maria José e é inspirada no modelo dos projetos “Abrace a Santa Casa” e “Abrace Tatuí”.
A ação, desenvolvida em parceria com a prefeitura, por meio da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social, foi lançada no dia 31 de março e visa apoiar as famílias tatuianas afetadas economicamente pela pandemia do coronavírus.
De acordo com Sônia, a intenção é arrecadar cestas básicas, além de produtos de higiene e materiais de limpeza, para serem doados às famílias que podem ficar em situação de vulnerabilidade social.
A coordenação da nova campanha Unidos pela Solidariedade está a cargo da voluntária do Fusstat Alessandra Vieira de Camargo Teles – que já lidera o projeto Abrace a Santa Casa desde a criação da iniciativa.
A campanha e a arrecadação estão sendo promovidas por voluntários e pelo Fusstat, por meio da presidente e das conselheiras da entidade. Já a distribuição dos mantimentos é realizada por uma equipe técnica composta por assistentes sociais da secretaria.
Para participar do movimento solidário, basta entrar em contato com a equipe da campanha por meio do “Whats Solidário”: (15) 99604-0061.
A equipe agendará a retirada da doação e enviará as cestas para a STSC, para que, posteriormente, sejam distribuídas. As famílias interessadas em se cadastrar para receber os donativos devem entrar em contato pelo telefone da assistência social: (3259-6664).