Fila de espera para realização de exames tem queda de 30%





A Secretaria Municipal da Saúde divulgou, nesta semana, dados referentes a agendamentos e realização de exames em 2013. De acordo com a assessoria de comunicação da Prefeitura, “a central de vagas, que sempre foi alvo de muitas críticas por parte da população, vem revertendo esse quadro”.

Ainda conforme o órgão, somente nos últimos 12 meses, a redução foi de 30% na quantidade de exames “represados”.

Em janeiro de 2013, havia um acúmulo de 4.448 procedimentos não realizados e que haviam sido agendados em 2012. Alguns pacientes estariam aguardando desde 2011. Atualmente, a pasta informou que a fila de espera tem 3.410 nomes, 1.438 exames a menos, em comparação a 2012.

Segundo divulgou o secretário municipal da Saúde, Fábio Villa Nova, por meio da assessoria, a expectativa é de que esse número caia ainda mais durante o ano.

“Conseguimos recuperar parte da capacidade de investimento, e, este ano, teremos mais condições para realizar mutirões e ações para diminuir sensivelmente a espera dos pacientes que precisam ser atendidos”, declarou.

Na mesma nota, a assessoria afirma que uma das dificuldades enfrentadas pelo município é a defasagem da tabela SUS (Sistema Único de Saúde). O sistema repassa valores menores ao custo real dos procedimentos, e a diferença é custeada pela própria Prefeitura.

Como exemplo, o setor de comunicação divulgou defasagem sobre os custos com as ressonâncias magnéticas. Em 2013, o SUS custeou 52 delas, porém, 980 exames foram realizados, ou seja, 928 pagos pela Prefeitura de maneira direta.

“Mesmo quando o Sistema Único de Saúde paga, o valor repassado é inferior ao preço de mercado”, complementa a assessoria em material divulgado à imprensa.

Conforme dados do setor, cada ressonância magnética custa R$ 268,75 e o repasse federal é de R$ 213. Os R$ 55,75 que ainda faltam são pagos pelos cofres municipais.

Com relação à fila de exames, a Prefeitura informou que houve redução nos “mais procurados”. A espera para ultrassonografia diminuiu em mais da metade.

Em janeiro de 2013, eram 2.610 pessoas aguardando. No início deste ano, o número caiu para 1.020. A Prefeitura citou que paga mais de R$ 250 mil para realização de ultrassonografias ao longo do ano, tendo como suporte o repasse do SUS, de pouco mais de R$ 11 mil.

Além dos dados, o Executivo informou que houve a implantação de “novo sistema de agendamento para angioplastia e cateterismo”. Os procedimentos médicos, que até 2012 eram agendados pelos próprios pacientes nos hospitais da região, passam a ter o serviço na própria central de vagas.

“É um procedimento muito importante, realizado nos vasos sanguíneos e no interior do coração de pessoas que sofreram infarto ou têm suspeita de obstruções arteriais”, explicou o secretário da Saúde.

Outros exames

A espera por outros procedimentos também obteve redução no período entre 2012 e 2013, segundo o relatório. O eletroencefalograma passou de 160 pedidos para 37; a endoscopia, de 340 para 132; a mamografia, de 72 para 45; a cintilografia óssea, de 48 para 14; a tomografia, de 166, para 65; a nasofibroscopia, de 53 para 4; e a retosigmoidoscopia, de 64 para 18.