Feira do Doce cresce com 60 expositores

Lista de classificados encontra-se disponível; 8ª edição tem dez a mais que em 2019

Praça da Matriz volta a receber público em maior evento gastronômico entre os dias 7 e 10 de julho (foto: AI Prefeitura)
Da redação

A oitava edição da Feira do Doce de Tatuí será maior. Pelo menos em relação ao número de expositores. Em 2022, o evento, apontado como o “maior do interior paulista” no setor de doces, contará com 20% mais doceiros.

A informação consta na lista de classificados para o evento, divulgada pela Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, na tarde de quinta-feira, 12.

O documento está disponível no site oficial da prefeitura, contendo a pontuação dos doceiros. Para acessá-lo, basta clicar no link https://bit.ly/39iUt4Q.

De acordo com o documento, a feira será retomada com dez produtores a mais que no sétimo ano de realização. Em 2019, o evento contou com 50 expositores. Neste ano, quando será retomado após hiato de dois anos por conta da pandemia do novo coronavírus, a feira contará com 60 produtores.

Neste ano, a comissão julgadora da feira aprovou todos os inscritos. Os doceiros apresentaram propostas de participação entre os dias 13 de abril e 2 de maio. Os aprovados obtiveram notas a partir do cumprimento de requisitos.

Entre eles, participação em todas as edições do evento gastronômico ou em seis outros semelhantes, reconhecidos por lei estadual ou federal e relacionados a doces.

A comissão também pontuou inscritos com estabelecimentos comerciais abertos ao público no ramo; com classificação permitindo a atividade de fabricação de doces; que apresentaram atestado de atuação na área por mais de um ano, emitido por associação ou instituição relacionada à produção doceira; e os fabricantes dos tradicionais doces ABC, feitos com abóbora, batata-doce e cidra.

A prefeitura confirmou a realização do evento em reunião no paço municipal no dia 10 de março. Na ocasião, definiu as datas da feira, que terá duração de quatro dias e está programada para acontecer de 7 a 10 de julho, na Praça da Matriz.

O espaço público mais frequentado da cidade é utilizado desde a primeira edição, em 2013, quando o evento surgiu com o nome de “Festa do Doce”.

Na “estreia”, a festa trouxe 15 expositores, convidados para expor produtos em estandes, mais o Fusstat (Fundo Social de Solidariedade). No ano seguinte, em 2014, a prefeitura inovou no processo de inscrição. Abriu edital em que todo doceiro residente na cidade pudesse participar e reuniu 40 expositores. Em 2014, o Executivo também informou a passagem de 54 mil pessoas.

A terceira edição contou com 54 doceiros e público de 70 mil pessoas. Naquele ano, também teve a presença da atriz Vera Holtz, eleita madrinha do evento.

Os expositores comercializaram 200 variedades de doces, divididos em sete segmentos: doces finos; chocolates; bolos e tortas; churros, crepes e pastéis; doces de festas e sobremesa; doces tradicionais e artesanais; e bebidas.

Em 2016, o evento aumentou ainda mais o número de expositores. Subiu para 69, com público de aproximadamente 80 mil pessoas em três dias e venda de 168 mil unidades de doces.

No ano seguinte, com a troca de gestão municipal, a prefeitura reformulou a festa, transformando-a em feira. Para a quinta edição, no entanto, reduziu os expositores para 46 produtores, mais três estandes extras, mas sem prejuízo ao movimento. Passaram pelo evento, nos três dias de realização, 80 mil visitantes.

A sexta edição, em 2018, retomou o formato de quatro dias, contando com 51 expositores selecionados por edital de chamamento e 90 mil pessoas. O evento movimentou R$ 575 mil em vendas, totalizando 190.396 unidades de doces.

Já em 2019, a sétima Feira do Doce movimentou cerca de R$ 840 mil em vendas. O resultado, apontado em levantamento feito pelos 50 doceiros, representou aumento de 35,1% no total de negócios em comparação com o ano anterior.

O evento é considerado um dos mais importantes do calendário cultural e gastronômico do estado de São Paulo, por desenvolver o turismo e movimentar a economia local. A feira tem como objetivo principal valorizar os produtores de doce do município e promover a cidade turisticamente.

A estratégia é trabalhar a promoção de Tatuí como a “Terra dos Doces Caseiros”, título que está sendo pleiteado junto à Alesp (Assembleia Legislativa do estado de São Paulo).

A iniciativa é da deputada estadual Damaris Moura (PSDB). O município também é conhecido como “Cidade Ternura” e “Capital da Música”.

A produção de doces caseiros no município é considerada tradição, com registros a partir da década de 1950, sendo intensificada nos meses de junho e julho. É exatamente nessa época em que o Executivo realiza o evento gastronômico.

Há dois anos, a prefeitura não promove a festa, devido à Covid-19. Em 2020, no início das restrições de isolamento social, a comissão organizadora chegou a pensar em aumentar o programa para sete dias, valendo para o ano de 2021. Contudo, neste ano, decidiu mantê-lo em quatro dias.