Fatalidades no trânsito têm salto de 60%

Acidentes têm três vítimas a mais no 1º semestre de 2021 em comparação a 2020

Colisões são as maiores causas de acidentes fatais e sem vítimas no trânsito (foto: arquivo O Progresso)
Da reportagem

O índice de fatalidades no trânsito tatuiano apresentou aumento no primeiro semestre deste ano em comparação a igual período do ano passado. Os dados estão em relatório divulgado pelo Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito) na segunda-feira, 19.

De acordo com o sistema gerenciado pelo programa “Respeito à Vida”, do governo do estado de São Paulo, o registro de mortes por acidentes de trânsito saltou 60% entre janeiro e junho, passando de cinco para oito casos.

Neste ano, o primeiro acidente ocorreu na manhã do dia 28 de janeiro, vitimando um motociclista de 43 anos. A vítima colidiu a moto na traseira de um caminhão, no quilômetro 109 da rodovia Antônio Romano Schincariol (SP-127).

Em fevereiro, mais dois acidentes fatais aconteceram. As duas vítimas estavam na direção e eram do sexo masculino: um deles, de 21 anos, condutor de motocicleta, falecido em acidente na rua 11 de Agosto, na tarde do dia 7; e um motorista de automóvel de 66 anos, morto em acidente na rodovia SP-127, na noite do dia 27.

Em março, outras duas pessoas perderam a vida em acidentes. Na manhã do dia 10, um motociclista de 52 anos morreu ao colidir com um automóvel no quilômetro 21,3 da SP-141. Já no dia 12, um pedestre de 71 morreu atropelado por um carro no quilômetro 141 da SP-127.

Em abril, não aconteceram mortes no trânsito. No quinto mês, ocorreu a morte de um motociclista de 28 anos, na noite de 14 de maio, uma sexta-feira, no quilômetro 37,7 da SP-141.

No mês de junho, o trânsito vitimou mais dois homens, ambos condutores de carros, sendo um de 61 anos e um jovem de 29, falecido em colisão com um caminhão. As oito vítimas deste ano eram do sexo masculino.

Em 2020, não houve morte em janeiro. A primeira fatalidade foi registrada no dia 18 de fevereiro, com a morte de um motociclista de 22 anos. Segundo o Infosiga, o jovem morreu ao colidir a moto com um carro, na rua Rui Barbosa.

Em março, mais um motociclista perdeu a vida, no dia 8. O jovem de 19 anos morreu em uma colisão envolvendo a moto em que estava e um caminhão, no quilômetro 36 da SP-141.

No quarto mês de 2020, um idoso de 71 anos foi vítima fatal de um atropelamento, dia 21l. O acidente ocorreu na avenida Vice-Prefeito Pompeo Reali. Em maio, um acidente ocorrido no dia 14 vitimou outro pedestre (a idade não foi informada). O homem foi atropelado enquanto estava cruzando o quilômetro 105,95 da SP-127.

Já no mês de junho do ano passado, o condutor de um automóvel, de 28 anos, morreu em uma colisão traseira com outro carro. As cinco mortes de 2020 também foram de homens.

Nos dois anos, ocorreram mais mortes com motocicletas. Em 2020, os acidentes com motos representam 40% dos óbitos, e neste ano quatro das oito mortes (50%) foram com motociclistas.

As colisões também representaram a maior parte do número de registros nos dois anos. Somente nesta categoria, foram incluídos três dos cinco casos de 2020 – ou seja, 60% do total, e quatro dos oito registros de 2021 (50%)

Nos mesmos seis meses, o índice de acidentes não fatais no trânsito de Tatuí subiu 8,80%, em relação aos números de janeiro a junho do ano passado, passando de 318 para 346 casos neste semestre.

Junho

Somente em junho, mês incluído no relatório mais recente do Infosiga, o número de acidentes fatais dobrou, passando de um caso, no sexto mês de 2020, para dois registros no mesmo mês deste ano.

No ano passado, o condutor de um automóvel, de 28 anos, morreu em acidente envolvendo uma colisão traseira com outro carro, no quilômetro 112 da SP-127.

Neste ano, dois condutores de automóveis morreram em acidentes: um idoso de 61 anos, morto ao chocar o carro com um muro em uma estrada municipal (não informada), e um jovem de 29, falecido em colisão com um caminhão, no quilômetro 128 da SP-280.

Entre os casos de acidentes não fatais, houve aumento de 40,42% no mês de junho deste ano em comparação com o sexto mês do ano passado. Foram 66 ocorrências contra 47 em 2020.

Assim como nos meses anteriores, as colisões representaram a maior parte do número de registros não fatais em junho de 2021. Somente nesta categoria, foram incluídos 23 casos, somando 43,93% do total.

Em seguida, aparece o indicador de “outros tipos” de acidentes (capotamento, tombamento e quedas). A categoria representa 21,21% dos acidentes sem vítimas fatais no sexto mês do ano, com 14 registros.

Os choques (ocasião na qual um dos veículos ou objeto atingido não está em movimento) aparecem na terceira posição das causas de acidentes do sexto mês do ano, com cinco ocorrências (7,57%).

Na quarta posição das maiores causas de acidente de junho, aparecem os atropelamentos, com três ocorrências – o que representa 4,54% do total. Outros 15 acidentes não tiveram as causas definidas.

O Infosiga aponta que a maior parte (80,3%) das ocorrências não fatais ocorreu dentro do perímetro urbano. Nas rodovias, os registros de acidentes sem mortes representam 19,7% dos casos sem vítimas fatais.

Os casos não fatais foram registrados nas noites de sábado (oito), tardes de quinta-feira (sete), tardes de quarta-feira (seis), tardes de terça-feira (seis), manhãs de quinta-feira (cinco), noites de terça-feira (cinco), tardes de sexta-feira (cinco), noites de quarta-feira (três), tardes de domingo (três) e manhãs de quarta-feira (dois). Outros 16 óbitos não tiveram as datas especificadas pelo sistema.

Os dados do Infosiga são atualizados mensalmente pela Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e Corpo de Bombeiros. As corporações encaminham os registros das ocorrências ao SioPM (Sistema de Informações Operacionais da PM), que soma os acionamentos de viaturas para atendimentos.