Da redação
Tatuí tem 403 pacientes em espera por uma cirurgia de vesícula. A informação é do presidente da Câmara Municipal de Tatuí, Antonio Marcos de Abreu (PSDB), que tornou público nesta semana memorando enviado pela Central de Regulação da SMS (Secretaria Municipal de Saúde).
De acordo com o vereador, o número supera em 3.358% a capacidade de atendimento do município, que realiza média de 12 operações por mês. “No ritmo atual, levaria três anos só para Tatuí atender a demanda atual”, calcula.
Em razão disso, Abreu reuniu vereadores para atuarem em várias frentes, informa ele. A meta é, além de aumentar o número de atendimentos, zerar a fila de espera pelo procedimento.
Em junho, o ele levou o assunto ao Parlamento Regional Metropolitano de Sorocaba, Itapetininga e Tatuí. Entregou, junto com os vereadores Paulo Sérgio de Almeida Martins (PRTB) e Débora Cristina Machado de Camargo (PSDB), um ofício com pedido para zerar a fila.
No mesmo mês, Abreu enviou requerimento – aprovado pela Câmara – à Secretaria Municipal da Saúde, solicitando os dados relacionados às cirurgias de vesícula. Entre eles, o número de pessoas que estão na fila de espera e quantas operações são realizadas por mês no município.
De acordo com o vereador, além de ser “significantemente grande, o número de pacientes em sofrimento impacta na UPA” (unidade de pronto atendimento).
“A unidade não consegue atender à demanda e as pessoas precisam recorrer aos hospitais e outras unidades da região para serem atendidas. Cada cirurgia eletiva não realizada é motivo para urgência na UPA”, enfatiza Abreu.
A Central de Regulação respondeu aos questionamentos no começo deste mês. Com os dados, ele diz que vai oficiar outros órgãos e autoridades para solicitar a ampliação do número de cirurgias na cidade.
A operação, também chamada de colecistectomia, é indicada principalmente em caso de pedra na vesícula biliar. O objetivo principal é a retirada do órgão (que é parecido com uma pera), sendo necessária a anestesia geral.
O procedimento é classificado como cirurgia eletiva, por não ser considerado de urgência, nem de emergência, pois, em geral, não oferece risco imediato à vida do paciente. Nesse caso, o médico agenda o dia e o horário para a realização conforme mapa cirúrgico do hospital e a ocasião mais propícia.
Apesar disso, Abreu lembra que a operação também pode ser realizada em caráter de urgência, principalmente quando há sintomas associados, como cólica e dor intensa, que podem ser sinal de inflamação e/ou infecção, sendo necessária a realização da cirurgia para prevenir complicações.