Da redação
O Brasil foi bem representado na segunda edição do “Sarr” (South American Rally Race), realizada entre os dias 19 e 27 de fevereiro. A disputa foi encerrada no mesmo local da largada, no autódromo de La Rioja, na Argentina, e com dois títulos conquistados pela Território Motorsport, equipe tatuiana de rali.
A dupla Rodrigo Luppi e Maykel Justo foi campeã geral entre os UTVs e da categoria “T3.1”, enquanto Bruno Conti e Filipe Bianchini levaram o título na “T3.2”, na estreia. Já Edu Piano e Sólon Mendes finalizaram o evento na nona posição geral e na T3.1.
Conforme a assessoria de imprensa da equipe local, “o rali com a ‘cara do Dakar’ – pelo nível técnico e por passar por trechos por onde o maior rali do mundo passou quando era disputado na América do Sul – teve um roteiro de mais de 3.400 km, dividido em oito etapas e cruzou as províncias de La Rioja, Salta e Catamarca”.
Luppi e Justo estavam na vice-liderança há seis etapas, venceram quatro na geral – inclusive, no oitavo e último dia -, quando conquistaram o lugar mais alto do pódio. Os brasileiros levaram a melhor na disputa com os argentinos.
“Foi uma honra conquistar esse título, uma vitória muito difícil, nos superamos todos os dias e estamos muito felizes. Cheguei a achar que não íamos conseguir quando fui rebocado por Piano para largar na penúltima etapa. Mas mantive o foco e a fé e agradeço a Deus por isso”, afirmou Luppi.
“Essa última etapa foi muito dura e com navegação difícil, mas vencemos. Justo é um grande navegador e mecânico e fez um ótimo trabalho. Em 2022, estaremos de volta”, completou o piloto campeão.
Com dez participações no Dakar, Justo conquistou o primeiro título internacional com Luppi. “Foi uma prova muito dura, uma das mais exigentes que já participei, principalmente, na parte da navegação, mas viemos dia a dia administrando alguns problemas do UTV e deu certo”, destacou o navegador.
A comemoração foi em dose dupla, pois Conti é filho de Luppi e estreou em provas internacionais, ao lado de Bianchini. Segundo a assessoria, o jovem piloto “surpreendeu com uma pilotagem segura e constante”, liderando a T3.2 desde a terceira etapa.
“Foi um rali maravilhoso, mas muito difícil. Houve dias em que não acreditava de tão complicado que era. O Bianchini me ajudou demais, fez uma navegação excelente e optamos em fazer a nossa prova, sem compromisso com resultado, porque vim para aprender e no final fomos campeões!”, conta Conti, que começou nos ralis em 2019.
Bianchini estreou em uma prova internacional e se mostrou surpreso com o primeiro título fora do Brasil. O navegador destacou o trabalho feito pela equipe tatuiana para a prova.
“A Território é uma equipe sensacional, nosso UTV não teve absolutamente nada durante o rali, não é à toa o resultado: vencemos nas duas categorias dos UTVs!”, ressaltou.
A dupla mais experiente e com mais títulos da equipe, desta vez, não subiu ao pódio. Porém, Piano e Mendes, considerados os “multicampeões do rali brasileiro”, ficaram entre os dez mais rápidos. Eles se mantiveram entre os seis mais rápidos da geral em seis etapas, mas tiveram um incidente no quinto dia do evento.
“Uma pedra gigante nos tirou do quinto dia de prova. De qualquer forma, largamos todos os dias, completamos sete duríssimas etapas, não nos machucamos e estamos felizes de ter chegado ao final de um rali como esse, exigente do início ao fim, do jeito que a gente gosta”, comentou Mendes.
A segunda edição do Sarr reuniu competidores de 11 países e um total de 85 veículos. Os campeões da prova em 2021 foram: Ontiveros Alberto, nas motos; Andrés Frini, nos quadriciclos; Luppi e Justo, nos UTVs; e Juan Yacopini e Alejandro Yacopini, com os carros.