Emprego em Tatuí tem novo saldo positivo

Município cria 242 postos de trabalho formal no segundo mês do ano, aponta o Caged

Da reportagem

O saldo de emprego em Tatuí foi positivo pelo segundo mês consecutivo neste ano. Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) apontam a geração de 242 novos postos de trabalho formal em fevereiro.

O órgão do Ministério do Trabalho, do governo federal, divulgou o resultado na tarde desta quinta-feira, 30 de março. Os números referentes ao mês passado devem ser divulgados até 9 de maio.

O município somou 1.135 admissões e 893 demissões no segundo mês do ano. O resultado é 10,5% maior que o divulgado pelo órgão em fevereiro de 2022, quando Tatuí somou 219 novas vagas.

Conforme a diretora do PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador), Fabiana Grechi, o aumento das vagas de emprego era esperado. Mesmo assim, o número representou uma “surpresa positiva”. Segundo ela, o crescimento está cerca de 20% além do previsto para o mês.

Em fevereiro, quatro dos cinco setores analisados pelo Caged criaram vagas. Segundo o levantamento, a estatística do mês é liderada pelo setor de serviços, com a abertura de 161 novos postos. O saldo é resultado de 471 contratados para 310 desligados.

A atividade econômica é a maior empregadora do município, com o estoque de 9.897 trabalhadores formalizados. Até fevereiro, o Caged apontava 28.281 trabalhadores com carteira assinada – variação de 0,86% em relação ao mês anterior.

Entre os subsetores, o destaque do mês foi para os serviços de transporte, armazenagem e correio. A atividade de serviço registrou a geração de 120 novos postos, advindos de 155 admissões e 35 demissões.

Os serviços de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas aparecem, em seguida, com 22 novas vagas – resultado de 147 contratações para 125 desligamentos.

Também com saldo positivo, aparecem os serviços de alojamento e alimentação, com a abertura de 20 vagas, advindas de 69 contratações e 49 demissões; e “outros serviços”, com mais 17 postos de trabalho formalizados (33 admitidos para 16 demitidos).

Outros subsetores de serviços aparecem com saldo negativo: administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (menos 17); e serviços domésticos (menos um).

“Houve aumento significativo no setor de serviços para a construção civil, com aquecimento desse mercado. Tatuí tem um novo plano de mobilidade municipal que nos coloca em outro patamar de desenvolvimento econômico, industrial e imobiliário para os próximos anos”, argumentou Fabiana.

Segundo a diretora do PAT, outro setor que aumentou a contratação foi o da alimentação, tanto de bares e restaurantes, em virtude do Carnaval, quanto o de fornecimento de refeições para as indústrias.

No mês de fevereiro, novamente, o setor de indústria ficou entre as atividades econômicas que mais geraram emprego. A segunda maior empregadora do município tem estoque de 9.579 funcionários.

Na análise entre os subsetores, o melhor resultado é o da indústria de transformação, responsável pela abertura de 87 vagas, advindas de 283 contratações e 196 desligamentos em fevereiro.

Os outros setores registram queda no saldo. A indústria de extrativas perdeu cinco postos de trabalho (oito admissões para 13 demissões), a de eletricidade e gás fechou sete vagas, com nenhuma contratação no segundo mês), e na indústria de água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação, houve perda de um posto.

A indústria de Tatuí é o setor com maior disponibilidade de vagas e procura por trabalhadores no PAT. Fabiana afirmou que, “na contramão de muitos locais”, o setor vem apresentando crescimento, no munícipio, e pelo menos dez empresas já apresentam projetos de ampliação em andamento, com conclusão e execução prevista para os próximos dois anos.

“A exemplo, temos a Blue Beverages, da BRF. Eles estão planejando a expansão das linhas de produtos e já realizaram aquisição de área”, apontou.

“Também tem a Santista Indústria Têxtil, que está em fase de ampliação, inclusive, já tendo adquirido novos teares, já iniciou a contratação de tecelões e ainda cerca de novos 50 postos de trabalho serão criados neste semestre”, acrescentou a diretora.

No segundo mês do ano, a atividade agropecuária despontou como o terceiro setor que mais abriu vagas. Conforme o Caged, gerou 16 vagas, advindas da contratação de 68 trabalhadores para a demissão de 52, resultando em variação de mais 1,06% na comparação com o mês anterior.

A atividade econômica, que abrange agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, é a quarta maior contratadora do município, com 1.530 funcionários.

O setor de comércio – terceiro maior empregador do município, com o estoque de 6.568 funcionários formalizados – ficou com saldo negativo no mês de janeiro, mas reverteu a situação e saiu do vermelho em fevereiro. Com 252 admissões para 251 demissões, a atividade obteve saldo positivo de um novo posto.

Para Fabiana, a tendência é de que a atividade de comércio comece a “reagir” a partir de maio, devido às comemorações de Dia das Mães e possíveis contratações temporárias para atender à demanda.

“Acreditamos que, para a Páscoa, ainda não haverá aumento significativo nas vendas, dado o aumento no preço do chocolate. Porém, para o Dia das Mães, como o leque de possibilidades de presentes se abre mais, haverá maior movimentação no comércio e consequente maior número de contratações”, avaliou Fabiana.

O único setor com saldo negativo em fevereiro é o da construção civil. A atividade econômica perdeu dez postos, com 53 contratações e 63 desligamentos (variação de menos 1,39% em relação ao mês anterior).

O setor concentra 2,49% da mão de obra no município, com 707 trabalhadores formalizados nas áreas de obras de infraestrutura, construção de edifícios e serviços especializados para a construção.

Na análise do saldo dos subsetores, o melhor resultado é o de serviços especializados para a construção. A atividade fechou com saldo positivo de quatro postos, entretanto, o resultado foi baixo frente as demissões ocorridas nos outros setores.

O setor de construção de edifícios perdeu 11 postos – resultado de 30 demissões para 19 contratações. Já em obras de infraestrutura, houve a perda de três vagas (oito contratações e 11 desligamentos).

“O ano de 2023 tem sido positivo para nossa cidade, aumentando progressivamente o número de pessoas empregadas e vagas disponibilizadas pelo PAT. Importante ressaltar que, a partir do último trimestre de 2022, também houve significativo aumento de contratações, via PAT, de pessoas com deficiência e jovens aprendizes”, destacou Fabiana.

Para os próximos meses, a estimativa é continuar com saldo positivo. “Esperamos e temos trabalhado incansavelmente, através de visitas às empresas, acolhimento aos candidatos, digitalização dos sistemas e interlocução com governos federal e estadual para que consigamos reduzir o número de desemprego em nosso município, que hoje encontra-se no mesmo patamar da média estadual”, completou Fabiana.